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Uma enorme fenda que começa surgir em uma cidade fantasma em uma área deserta

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 18/07/2025 às 18:34
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Foto: Reprodução
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No interior do estado de Utah, um antigo centro minerador virou ruína após décadas de atividade intensa. A cidade fantasma de Dragon guarda uma história marcada por fogo, perdas humanas e o colapso da economia local.

Em uma área remota e quase inabitada, uma imensa fenda escura começa a se abrir no solo, cortando o silêncio de uma antiga cidade fantasma esquecida pelo tempo.

Entre ruínas desmoronadas e um deserto silencioso, o cenário chama atenção não apenas pela paisagem desolada, mas também pelas cicatrizes deixadas por décadas de mineração intensa e tragédias esquecidas.

No extremo leste do Condado de Uintah, no estado americano de Utah, quase na divisa com o Colorado, fica o que sobrou da cidade de Dragon.

A localidade nasceu da mineração de gilsonita, um recurso valioso na época, extraído a partir de 1888 na chamada Mina Black Dragon.

A chegada da ferrovia em 1904 impulsionou o crescimento da cidade, que se tornou terminal da Ferrovia Uintah e centro de transporte regional.

Explosões, mortes e decadência

O início do fim veio logo em 1908. Uma explosão em um veio de gilsonita deu início a um incêndio subterrâneo que, segundo registros, permaneceu ativo por anos.

No mesmo ano, um acidente fatal tirou a vida de dois trabalhadores.

Já em 1911, novas jazidas foram descobertas mais ao norte, o que reduziu ainda mais a relevância da mina original.

A construção da ferrovia prosseguiu, e Dragon perdeu sua função como estação terminal.

Desocupação completa em poucas décadas

Em 1920, a cidade tinha 487 moradores. Menos de vinte anos depois, em 1939, restavam apenas 72, a maioria ligada à ferrovia.

No ano seguinte, com o encerramento da Ferrovia Uintah e o avanço da Segunda Guerra Mundial, apenas 10 pessoas ainda viviam na cidade.

Pouco tempo depois, Dragon foi completamente abandonada e se tornou uma cidade fantasma, como tantas outras que tiveram o mesmo destino em regiões mineradoras dos Estados Unidos.

As marcas que ainda estão no solo

Hoje, o que resta de Dragon são ruínas, uma enorme fenda escura e sinais solitários de quem viveu ali.

A rachadura no solo é o traço visível da antiga mineração.

Em 2000, a Sociedade Histórica do Condado de Uintah colocou uma placa no local das ruínas. No antigo cemitério, quase tudo desapareceu.

Três túmulos seguem identificados. Um deles é o de Juan B. Trujillo, o último sepultado ali. A lápide tem um rosário, lembrança de que alguém ainda se recorda do passado.

A história de Dragon foi recentemente relembrada em vídeo pelo canal Outer Range, que explorou o local e mostrou as marcas do tempo e da mineração que ainda atravessam o solo de Utah.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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