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Um marinheiro de um navio de guerra dos Estados Unidos relatou ter visto misteriosos objetos voadores saindo do oceano

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 19/04/2025 às 12:22
Um marinheiro de um navio de guerra dos Estados Unidos relatou ter visto misteriosos objetos voadores saindo do oceano
IMAGEM ILUSTRATIVA

Um novo relato vindo da Marinha dos Estados Unidos reacende o debate sobre objetos voadores não identificados. Segundo um marinheiro a bordo de um navio de guerra, estranhas naves teriam sido vistas emergindo do oceano e voando em alta velocidade

Um novo relato sobre objetos voadores não identificados volta a chamar a atenção para os céus — e agora também para o mar. Em fevereiro de 2023, um incidente incomum foi registrado pela tripulação do navio USS Jackson, da Marinha dos Estados Unidos, enquanto realizava operações rotineiras ao sul da Califórnia.

O episódio envolveu quatro objetos misteriosos que teriam emergido do oceano e realizado manobras consideradas anômalas.

Encontro direto com o inesperado

O marinheiro Alexandro Wiggins, especialista sênior em operações e com 23 anos de experiência na Marinha, foi o responsável por relatar o ocorrido.

Durante sua vigilância no Centro de Informações de Combate (CIC), Wiggins identificou retornos de radar considerados irregulares. Para investigar melhor, ele se deslocou até a parte superior do USS Jackson.

Foi então que observou algo incomum: um objeto luminoso saindo da água e ascendendo sem sinais de propulsão convencional.

Ao retornar ao CIC, ele usou o sistema térmico SAFIRE do navio, projetado para vigilância marítima, para seguir o alvo.

O que parecia ser um único objeto acabou se revelando uma formação com quatro unidades cilíndricas, semelhantes ao famoso formato “tic-tac” observado por pilotos da Marinha em 2004.

Objetos sem rastro térmico

Segundo Wiggins, nenhum dos quatro objetos exibia qualquer exaustão visível ou sinal de calor, o que os diferencia de aeronaves tradicionais.

Em poucos segundos, os quatro teriam acelerado juntos, rumo ao nordeste, em alta velocidade e de maneira sincronizada.

Apesar da surpresa, não houve relatório formal do incidente. Como os objetos estavam longe e não demonstraram comportamento hostil, não foi considerado necessário, de acordo com as normas da Marinha.

Mesmo assim, o relato reforça o acúmulo de casos parecidos na chamada Área de Operação do Sul da Califórnia (SCOA), que tem registrado atividades aéreas estranhas nos últimos anos.

Histórico de encontros

Não foi a primeira vez que Wiggins vivenciou algo semelhante. Ele também serviu a bordo do USS Omaha, um dos navios que, em 2019, relatou ter sido cercado por objetos aéreos não identificados.

Na ocasião, houve registro por radar e imagens térmicas mostrando esferas voadoras próximas à embarcação por mais de uma hora. Um dos objetos teria, inclusive, submergido no mar.

Apesar de dizer que não se considera um denunciante, Wiggins afirmou que a maneira como os UAPs são tratados pelas autoridades acaba atrapalhando a transparência e a segurança. “Não estou tentando causar problemas. Servi com orgulho. Mas isso aconteceu, e é operacionalmente significativo”

Ceticismo e desconfiança

A análise de relatos como o de Wiggins é responsabilidade do All-domain Anomaly Resolution Office (AARO), órgão criado pelo Departamento de Defesa para investigar esses eventos.

Contudo, o próprio Wiggins, junto com outros militares da ativa e veteranos, expressou desconfiança sobre a eficácia da entidade.

A falta de retorno prático das investigações gera um sentimento de abandono entre os que presenciam os fenômenos diretamente.

Para reforçar a veracidade do relato, o analista Marik von Rennenkampff — que já trabalhou para o Departamento de Defesa e o Departamento de Estado dos EUA — revisou os registros de voo da região durante o período do incidente. Segundo ele, não havia nenhuma aeronave comercial, civil ou militar nas proximidades do USS Jackson naquele momento.

“Talvez um dia…”

Wiggins encerra seu depoimento com uma reflexão sobre o futuro desses relatos. Ele compara a situação atual com a forma como tecnologias secretas do passado, como os caças furtivos e até a Área 51, foram ocultadas por décadas antes de se tornarem aceitas.

“Talvez um dia isso seja como o caça furtivo ou a Área 51, secreto por décadas e depois simplesmente aceito. Mas, até lá, terei 80 ou 90 anos, e será tarde demais para fazer diferença.

O caso se junta a uma longa lista de avistamentos ainda sem explicação e reforça a complexidade dos desafios enfrentados por aqueles que monitoram os céus — e agora, também os oceanos.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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