Relato envolve fuga arriscada, vigilância militar e supostas estruturas escondidas na base mais secreta dos EUA
Em 1996, o antropólogo Jerry Freeman realizou uma jornada que, segundo ele, o levou a cruzar os limites da área militar mais secreta dos Estados Unidos: a Área 51.
O motivo inicial da expedição era histórico, mas o que ele testemunhou no meio do deserto de Nevada alimenta até hoje teorias sobre atividades ocultas e tecnologia não identificada.
A jornada histórica que virou aventura clandestina
Freeman partiu com o objetivo de seguir os passos de um grupo de garimpeiros de 1849. Esses pioneiros se desviaram da trilha tradicional que levava à Califórnia e tentaram cruzar o deserto em busca de ouro.
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Acabaram desaparecendo, e tudo o que restou foram diários com referências a sete inscrições deixadas no caminho.
Esses registros indicavam que alguns dos pontos históricos agora estavam dentro da área restrita controlada pela Força Aérea dos EUA, o que inclui a infame Área 51.
Apesar de receber apoio de órgãos como o Serviço de Parques Nacionais, Freeman teve o acesso negado pelo comando militar. Mesmo assim, decidiu seguir viagem.
Entrando na base mais vigiada dos EUA
Sem autorização, o antropólogo optou por cruzar o território à noite para evitar patrulhas.
Ele descreveu que via claramente luzes de segurança ao redor do perímetro e dentro do leito seco do Lago Papoose, onde diz ter ocorrido o momento mais impressionante da viagem.
Freeman relatou que viu, no meio do nada, uma porta se abrir no ar. Uma luz azul intensa brilhou por instantes e, em seguida, tudo desapareceu como se nunca tivesse existido. Ao mesmo tempo, ele sentiu vibrações no solo, parecidas com tremores de terra.
“É algo que eles estão testando diretamente no subsolo ou eu estava sentindo vibrações diretamente do Lago Groom, não sei“, disse Freeman à época. Ele também revelou temer ter sido descoberto: “Se eles tivessem me pegado lá dentro, teriam me incendiado como uma vela romana.“
O mistério do local chamado S-4
O local onde Freeman presenciou o fenômeno, próximo ao Lago Papoose, é apontado por alguns como a localização do “S-4“.
Segundo teorias populares, trata-se de um hangar secreto usado para testes com espaçonaves de origem alienígena.
Essa teoria ganhou força após declarações de Bob Lazar.
Ele afirmou, em 1989, ter trabalhado no S-4 realizando engenharia reversa em naves extraterrestres. Lazar disse que o governo dos EUA usava tecnologia alienígena para criar aeronaves.
O nome de Lazar tornou-se conhecido após aparições na televisão e entrevistas com Knapp. Mesmo sem provas concretas, ele ajudou a transformar a Área 51 em um símbolo de mistério global.
A oficialização tardia da Área 51
Embora os relatos de Lazar e Freeman tenham ocorrido nos anos 1990, foi só em 2013 que o governo dos EUA reconheceu oficialmente a existência da Área 51.
Até então, todos os documentos oficiais evitavam o nome, referindo-se ao local como Groom Lake.
Em 1996, o mesmo ano da jornada de Freeman, um grupo de trabalhadores entrou com uma ação judicial alegando que havia sido exposto a produtos químicos tóxicos na base.
O processo foi arquivado por razões de segurança nacional, e o presidente Bill Clinton assinou uma ordem isentando a base das leis ambientais.
A curiosa coincidência com o prazo de 2025
Durante uma entrevista nos anos 1990, o jornalista de aviação Jim Goodall mencionou uma conversa com um ex-funcionário de programas secretos. Ao ser questionado sobre o que acontecia na base, ele respondeu: “Há muitas coisas acontecendo lá que não poderei lhe contar até o ano de 2025.”
O ano citado pode não ser por acaso. Clinton assinou uma ordem executiva estabelecendo que certos documentos secretos poderiam ser desclassificados após 25 anos. Assim, muitos relatórios ocultos podem vir à tona ainda este ano.
O reforço da pressão por transparência
A discussão sobre segredos governamentais continua atual. Recentemente, o presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, James Comer, nomeou a deputada Anna Paulina Luna para liderar uma força-tarefa dedicada à desclassificação de documentos confidenciais.
Segundo Comer, a congressista está empenhada em encerrar a era do sigilo e trazer a verdade à luz. Isso inclui arquivos ligados a fenômenos aéreos não identificados e à própria Área 51.
Área 51 e cultura popular
O caso de Freeman se somou a diversos relatos que ajudaram a alimentar o fascínio popular pela Área 51. Com aproximadamente 97 km quadrados, a base está localizada entre os lagos secos Groom e Papoose, cercada por montanhas e vigiada de forma rigorosa.
Mesmo com pouca informação oficial disponível, as teorias se espalharam por livros, documentários e até filmes de Hollywood. A presença de luzes estranhas, relatos de objetos voadores e estruturas não identificadas contribui para o mito.
Nova imagem reforça as suspeitas
Recentemente, uma estrutura triangular misteriosa apareceu no Google Maps dentro da Área 51. A descoberta gerou novas especulações sobre a existência de instalações relacionadas ao contato com vida extraterrestre.
Embora o governo não tenha se pronunciado sobre a torre, a imagem reacendeu o debate sobre o que ocorre nos limites da base e quais tecnologias são testadas por lá.
O que Freeman viu continua sem explicação
O antropólogo Jerry Freeman morreu em 2001, mas seu relato ainda circula entre interessados no tema. O que ele presenciou naquela noite de 1996 continua sem explicação oficial.
A porta de luz azul, as vibrações no solo e o ambiente altamente vigiado são elementos que permanecem sem resposta.
Com os prazos de desclassificação se aproximando e a pressão por transparência crescendo, há expectativa de que os arquivos do governo finalmente revelem o que se passa no deserto de Nevada.
Mais de duas décadas se passaram desde a jornada de Jerry Freeman, e a Área 51 ainda é um mistério. O ano de 2025 pode marcar um ponto de virada. Documentos secretos estão prestes a serem revisados, e o mundo aguarda por respostas.