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Trump diz ter liberado submarino nuclear para Coreia do Sul e promete construção nos estaleiros da Filadélfia

Publicado em 29/10/2025 às 22:03
Trump afirma ter liberado submarino nuclear para a Coreia do Sul, citando construção nos estaleiros da Filadélfia e impacto econômico nos EUA.
Trump afirma ter liberado submarino nuclear para a Coreia do Sul, citando construção nos estaleiros da Filadélfia e impacto econômico nos EUA.
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Em publicação nas redes, o presidente americano afirmou ter dado aval a um submarino nuclear para a Coreia do Sul, citou construção nos estaleiros da Filadélfia e condicionou entendimentos tarifários a pagamentos e compras de energia, recolocando o tema submarino nuclear no centro da agenda bilateral

De acordo com o portal da CNN Brasil, o anúncio sobre submarino nuclear partiu de uma postagem em rede social nesta quarta-feira, quando Donald Trump declarou ter dado “aprovação” à Coreia do Sul para avançar com um projeto de propulsão nuclear. Na mesma mensagem, ele disse que a construção ocorreria nos estaleiros da Filadélfia, vinculando o gesto à narrativa de que a aliança militar está no “ponto mais forte”.

Segundo o que foi divulgado, Seul teria concordado em pagar US$ 350 bilhões para reduzir tarifas impostas por Washington e comprar petróleo e gás americanos em grandes volumes. A fala reapresenta a discussão sobre submarino nuclear sul-coreano, tema historicamente sensível por envolver tecnologia, combustível e salvaguardas de proliferação.

O que foi dito, por quem e onde

Na publicação, Trump afirmou que a “aprovação” contempla um submarino de propulsão nuclear para substituir unidades a diesel consideradas menos ágeis.

O texto cita explicitamente que a construção ocorreria “aqui mesmo nos bons e velhos Estados Unidos”, nos estaleiros da Filadélfia, dando um endereço industrial à proposta e sinalizando impactos econômicos locais caso a promessa se materialize.

A mensagem também reforça a linha de que “nossa aliança militar está mais forte do que nunca”, buscando enquadrar o submarino nuclear como consequência de cooperação estratégica.

O enquadramento político e simbólico é central, já que envolve capacidade de projeção e cadeias industriais sensíveis.

Condições econômicas e contrapartidas alegadas

O anúncio foi acompanhado da alegação de que a Coreia do Sul pagaria US$ 350 bilhões para aliviar tarifas e passaria a adquirir energia dos EUA em escala.

Colocadas lado a lado, essas condições apresentam um pacote econômico de alto impacto, atrelado à movimentação em torno de um submarino nuclear.

Do ponto de vista de formulação de política, pagamentos, tarifas e compras de energia funcionam como instrumentos de barganha, enquanto o canteiro de obras na Filadélfia seria o componente industrial visível.

A costura entre economia e defesa sustenta o discurso, ainda que valores e prazos precisem de detalhamento formal para mensurar amplitude e cronograma.

O que busca Seul e por que isso importa

Antes do encontro bilateral, o presidente sul-coreano Lee Jae Myung indicou que pressionaria por autorização de combustível nuclear para propulsão, passo considerado essencial para viabilizar programas desse tipo.

O pedido foi descrito como uma necessidade para competir com capacidades norte-coreanas e chinesas, recolocando o submarino nuclear na lógica de dissuasão regional.

Historicamente, governos em Seul já demonstraram interesse em plataformas de propulsão nuclear, enquanto Washington manifestou preocupações de proliferação.

Essa tensão entre necessidade operacional e regras de não proliferação compõe o pano de fundo técnico-político de qualquer avanço no tema.

Implicações militares e técnicas do submarino nuclear

Um submarino nuclear oferece maior autonomia submersa, velocidade de cruzeiro sustentada e janela de operação prolongada sem necessidade de reabastecimento frequente, elementos que ampliam cobertura de patrulha e persistência em áreas disputadas.

Na prática, discrição acústica e alcance podem alterar o equilíbrio local, especialmente no entorno da Península Coreana.

A menção a um estaleiro específico sinaliza preocupação com proteção de tecnologia sensível e cadeia de suprimentos sob controle doméstico.

Em paralelo, o fornecimento e o ciclo do combustível são variáveis técnicas e diplomáticas decisivas, pois determinam regimes de inspeção, modalidades de transferência e garantias de uso estritamente naval.

Contexto regional e percepção de ameaça

O tema ganha tração em meio à narrativa de que a Coreia do Norte exibiu um submarino de propulsão nuclear em construção, apresentada como ameaça relevante para Seul e Washington.

Nesse ambiente, o submarino nuclear sul-coreano seria apresentado como resposta simétrica, elevando o patamar de dissuasão e capacidade de reação.

Ainda assim, qualquer avanço real depende de decisões formais, memorandos técnicos e arranjos de salvaguardas que traduzam anúncio político em programa de aquisições.

Sem cronograma, contrato e especificações, o efeito imediato é político e sinalizador, com impacto na percepção de risco e em cálculos de adversários.

O anúncio recoloca o submarino nuclear no eixo das relações EUA–Coreia do Sul e vincula o discurso a tarifas, energia e emprego industrial nos EUA, com a Filadélfia como vitrine de execução.

A viabilidade prática dependerá de combustível, salvaguardas, desenho do casco, integração de sistemas e acordos formais, etapas que transformam declaração em capacidade naval concreta.

Diante desse quadro, você considera que o custo político, técnico e econômico de um submarino nuclear sul-coreano traria mais segurança à região ou abriria uma nova rodada de escalada e contraposições?

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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