Com aportes de gigantes como Google, Meta e Blackstone, a iniciativa busca garantir a liderança americana na corrida tecnológica contra a China, com foco em energia para alimentar os supercomputadores do futuro.
Em um movimento estratégico para consolidar a hegemonia americana na corrida tecnológica, Trump anuncia investimento de mais de US$ 90 bi em IA. O aporte, vindo de um consórcio de gigantes dos setores de tecnologia, energia e finanças, tem como objetivo transformar o estado da Pensilvânia em um polo global de Inteligência Artificial, garantindo que os Estados Unidos não apenas desenvolvam a tecnologia, mas também tenham a energia necessária para alimentá-la.
O anúncio, feito durante a Cúpula de Energia e Inovação da Pensilvânia, em Pittsburgh, deixa clara a visão do governo: para vencer a disputa contra a China, é preciso dominar toda a cadeia produtiva, desde os chips até a geração de eletricidade. A iniciativa une empresas como Google, Meta, Anthropic e Blackstone em um esforço para garantir que o futuro da IA seja construído e energizado dentro das fronteiras americanas.
A corrida pela energia da Inteligência Artificial
O grande gargalo para o avanço da IA não é apenas o poder de processamento, mas a energia para sustentá-lo. Os data centers que rodam os modelos de linguagem mais avançados consomem uma quantidade colossal de eletricidade. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), a demanda por eletricidade de data centers em todo o mundo deve dobrar até 2030.
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Ciente disso, o plano anunciado por Trump tem um foco claro na infraestrutura energética. Os investimentos privados incluem:
Blackstone: US$ 25 bilhões em data centers e infraestrutura de energia na Pensilvânia.
Google: um contrato de 20 anos com a Brookfield para apoiar duas usinas hidrelétricas no estado.
Meta: US$ 2,5 milhões em parceria com a Universidade Carnegie Mellon para apoiar startups rurais.
Anthropic: US$ 2 milhões para programas de educação em cibersegurança e pesquisa em energia na Carnegie Mellon.
Uma nova Guerra Fria tecnológica contra a China
A iniciativa Trump anuncia investimento de mais de US$ 90 bi em IA como uma resposta direta ao avanço da China, que também tem investido pesadamente em energias renováveis e no desenvolvimento de seus próprios modelos de IA, como o da startup DeepSeek.
Líderes do setor, como o CEO da Anthropic, Dario Amodei, alertaram durante o evento que é crucial para a segurança nacional americana “controlar todas as partes da cadeia de suprimentos, desde os chips até a energia”. A visão é de que, em poucos anos, os modelos de IA serão como ter um “país de gênios em um data center”, e quem controlar a energia que os alimenta terá a vantagem estratégica.
O impacto para a Pensilvânia e a visão “America First”
O investimento massivo visa transformar a Pensilvânia, um estado historicamente industrial, em um centro de tecnologia de ponta. “Estamos construindo um futuro em que os trabalhadores americanos forjarão o aço, produzirão a energia, construirão as fábricas e realmente administrarão um país como nunca foi administrado antes”, declarou Trump.
A estratégia se alinha com a política “America First” e com outras ações do governo, como o projeto de infraestrutura de IA de US$ 500 bilhões chamado Stargate, anunciado em parceria com a OpenAI, SoftBank e Oracle. O objetivo final é claro: garantir que os Estados Unidos não apenas liderem a inovação, mas também se beneficiem economicamente dela, gerando empregos e fortalecendo sua indústria.
O que você acha dessa iniciativa em que Trump anuncia investimento de mais de US$ 90 bi em IA? Acredita que o foco em energia é o caminho para os EUA vencerem a corrida tecnológica? Deixe sua opinião nos comentários.