Rótulos revelam: há suco em pó com menos açúcar que refrigerante e outros com MAIS; entenda como ler a embalagem e fazer escolhas melhores.
O debate “suco em pó vs. refrigerante” ganhou novos capítulos com uma análise detalhada do canal Olá, Ciência!, que desmonta mitos e expõe o que realmente vai no copo. A comparação mostra que, dependendo da marca e da diluição, o suco em pó pode ter muito menos açúcar que uma lata tradicional mas também pode ser pior quando traz alta carga de açúcar somada a aditivos.
Antes de decidir o que entra na sua despensa, vale olhar para números e categorias previstos em rótulos: uma lata de 350 ml de refrigerante comum tem cerca de 37 g de açúcar (≈149 kcal), enquanto um preparado sólido diluído pode ir de 0,9 g a 11 g por 100 ml, variando brutalmente entre marcas, como destacou o Olá, Ciência!. A leitura do rótulo é o divisor de águas.
O que está no seu copo: categorias que o rótulo não deixa ver de primeira
Mesmo quando a embalagem está tomada por frutas e promessas “naturais”, nem tudo é suco. Por padrão, “suco” precisa ser 100% fruta (integral ou reconstituído) e, quando há adição, não pode ultrapassar 10% de açúcar, nem levar aromas/corantes artificiais. “Néctar” já admite diluição e adição de açúcar/adoçante e aditivos. “Refresco/bebida sabor fruta” é o nível mais diluído.
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A explicação sistematizada no Olá, Ciência! ajuda a não cair em pegadinha de prateleira.
Um detalhe que confunde: há “preparado sólido para refresco” que, após diluído, vira bebida com traços mínimos de fruta o canal cita caso com 0,056% de suco.
Resultado: você compra “laranja” no rótulo e leva água aromatizada com açúcar e aditivos. Atenção à lista de ingredientes (ordem decrescente) e a percentuais de suco quando declarados.
Açúcar: quando o suco em pó perde (ou ganha) do refrigerante
O Olá, Ciência! parte de um comparativo direto:
- Refrigerante tradicional (ex.: cola): 37 g de açúcar em 350 ml (≈9,45 g/100 ml), além de acidulantes, corantes e aromatizantes.
- Suco em pó (marca mais conhecida): o pó é quase 100% açúcar, mas depois de diluído fica em ≈0,9 g/100 ml — quase uma água saborizada com corantes/conservantes.
- Suco em pó (marca barata): 11 g/100 ml quando pronto — mais açúcar que o refrigerante — e com selo de “alto em açúcar adicionado” no rótulo.
Conclusão técnica: não existe resposta única. “Suco em pó” não é uma categoria nutricional; é um guarda-chuva com variações extremas. Quem manda é o rótulo, reforça o Olá, Ciência!.
Risco real: por que a frequência pesa mais que a “troca inteligente”
Mesmo quando o número de açúcar “ajuda”, suco em pó e refrigerante são ultraprocessados. O problema não é o consumo eventual; é colocá-los na rotina diária.
A soma de açúcar livre + aditivos + baixa saciedade (líquidos não enganam a fome) aumenta o risco cardiometabólico com o tempo alerta repetido no Olá, Ciência!.
Além do açúcar, entram acidulantes (ex.: fosfórico) e corantes (como caramelo IV, alvo de debates). Bebidas com fruta “só no nome” não entregam fibras, não mastigamos (menor sinal de saciedade) e o pico glicêmico costuma ser maior. Trocar latinha por “pózinho” sem ler rótulo pode ser trocar seis por meia dúzia — ou pior.
Guia de bolso: como escolher (do melhor ao pior)
1) Melhor cenário — fruta in natura ou suco 100%
Se não for possível mastigar a fruta, prefira “100% suco” (integral ou reconstituído). Ainda é açúcar da fruta, mas sem aditivos. Moderação importa.
2) Meio-termo — néctar sem açúcar adicionado
Se optar por néctar, busque versões zero açúcar. Ainda assim, é diluído e pode trazer aromas/conservantes.
3) Último recurso — suco em pó
- Cheque açúcar/100 ml já diluído. Se ficar abaixo de 1–2 g/100 ml, nutricionalmente se aproxima de água saborizada (ainda ultraprocessada, use eventualmente).
- Evite fórmulas com >9–10 g/100 ml (na prática, piores que refrigerante).
- Procure selos (ex.: “alto em açúcar adicionado”). Se apareceu, pule.
4) Atalhos práticos
- Faça “água + fruta”: esprema ½ limão e adicione gelo + folhas (hortelã). Zero aditivo.
- Infusões geladas (hibisco, camomila): aroma sem açúcar.
- Prepare “concentrado” em casa (laranja/uva) e complete com água — você controla a doçura.
5) Leitura esperta de rótulo
- Ingredientes em ordem: se água e açúcar abrem a lista, não é suco.
- % de suco: quanto maior, melhor. 0,056% é marketing, não fruta.
- Açúcar por 100 ml: compare marcas na mesma base.
E o bolso? Economia que cobra na saúde
O apelo do suco em pó é o preço e a praticidade. Mas o Olá, Ciência! lembra: economia real vem de substitutos simples água gelada aromatizada, fruta batida com muita água, infusão fria que custam menos e entregam mais saciedade e qualidade. É possível beber melhor gastando pouco.
Veredito
“Suco em pó” não salva sua saúde por definição. Pode ser menos açucarado que a latinha ou pior que ela vai do rótulo. Nenhum dos dois é saudável para consumo diário.
Fruta inteira ganha sempre; 100% suco vem atrás; néctar zero é um meio-termo; pó fica por último e eventual exatamente como ressaltou o Olá, Ciência! em sua análise.
Na sua casa, qual foi a maior pegadinha de rótulo que você já caiu? Você já comparou açúcar por 100 ml entre marcas de suco em pó? Qual troca real você faria hoje (ex.: água com limão, infusão gelada, suco 100%) para reduzir impacto nos preços globais da sua saúde ops, do seu próprio metabolismo?
Conte nos comentários o que funciona no seu dia a dia e marque aquela pessoa que ainda acha que todo suco em pó é “suco de fruta”.