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Troca a cada 240 mil km? – Esses carros escondem a correia dentada mais durável do Brasil

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 04/06/2025 às 21:15
Troca a cada 240 mil km? – Esses carros escondem a correia dentada mais durável do Brasil
Foto: IA + CANVA
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Correia dentada banhada a óleo vem ganhando destaque em modelos no Brasil devido à sua baixa manutenção. Conheça a durabilidade da correia dentada e carros com correia banhada a óleo que duram até 240 mil km rodados.

A durabilidade da correia dentada sempre foi uma preocupação entre motoristas e mecânicos. Tradicionalmente, a substituição dessa peça vital ocorre entre 60 mil e 100 mil quilômetros. No entanto, alguns modelos modernos surpreendem com uma tecnologia mais eficiente: a correia dentada banhada a óleo, que pode durar até 240 mil km.

Este artigo explora os carros brasileiros que utilizam esse sistema avançado, as vantagens da tecnologia e os cuidados essenciais para prolongar sua vida útil, oferecendo informações confiáveis para quem valoriza manutenção automotiva de qualidade e economia no longo prazo.

O que é a correia dentada banhada a óleo?

A correia dentada banhada a óleo, também conhecida como correia imersa ou “belt-in-oil”, é uma evolução do sistema tradicional. Diferente das correias secas, esse tipo é instalado dentro do motor, funcionando submerso em óleo lubrificante.

Isso reduz drasticamente o desgaste por atrito e aumenta a durabilidade da correia dentada. Em alguns casos, a vida útil pode chegar a 240 mil quilômetros ou 10 anos, conforme os padrões estipulados pelas montadoras.

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A Ford foi uma das primeiras a adotar essa tecnologia em larga escala, seguida pela GM (Chevrolet), Peugeot e Citroën. O objetivo é oferecer mais confiabilidade e menores custos com manutenção preventiva.

Carros correia banhada a óleo no Brasil

A seguir, veja os principais carros com correia banhada a óleo que circulam nas ruas brasileiras:

Ford

Ford Ka 1.0 (a partir de 2015) – Equipado com o motor 1.0 Ti-VCT, esse modelo utiliza a correia banhada a óleo, com intervalos de troca recomendados aos 240 mil km.

Ford Ka 1.5 (a partir de 2019) – Versão com motor 1.5 Dragon, que também adota essa tecnologia.

Ford EcoSport 1.5 – Utiliza o mesmo motor Dragon da linha Ka.

Ford Fiesta EcoBoost – Com motor 1.0 turbo de injeção direta, esse modelo é um dos destaques da marca, combinando performance e eficiência.

Ford Ranger 2.0 Turbo Diesel – A picape média utiliza sistema moderno e robusto, que inclui a correia imersa.

Ford Transit 2.2 Turbo Diesel – Voltada ao transporte comercial, a Transit também emprega esse tipo de correia para reduzir custos operacionais.

Chevrolet

Chevrolet Onix (a partir de 2020) – Com o motor 1.0 turbo, o Onix aderiu à correia banhada a óleo, alinhando-se às tendências globais.

Chevrolet Montana (a partir de 2023) – Nova geração da picape compacta compartilha a motorização com o Onix.

Chevrolet Tracker (a partir de 2020) – SUV compacto que utiliza o motor 1.0 turbo com a mesma tecnologia.

Grupo Stellantis

Citroën C3 1.2 – Equipado com o motor 1.2 PureTech, esse modelo já traz a correia banhada a óleo de fábrica.

Peugeot 208 1.2 – Compartilha o mesmo motor do C3, com foco em baixo consumo e manutenção otimizada.

Vantagens da correia dentada banhada a óleo

Adotar a correia dentada banhada a óleo traz diversos benefícios, tanto para o fabricante quanto para o consumidor. Veja os principais:

Maior durabilidade

Com menor exposição a agentes externos, a correia submersa sofre menos desgaste e ressecamento. Estudos apontam que sua vida útil pode ser 2,5 vezes superior à das correias convencionais. Em condições ideais, ela pode durar até 240 mil km, sem apresentar sinais de falha.

Menor custo de manutenção a longo prazo

Apesar do custo inicial mais alto, a economia é evidente no médio e longo prazo. Reduz-se a frequência de substituições e o risco de falhas que podem danificar o motor.

Menos ruído e melhor eficiência

O sistema banhado a óleo também oferece uma operação mais silenciosa e eficiente, contribuindo para o conforto acústico e a performance do motor.

Cuidados essenciais com a correia dentada banhada a óleo

Apesar de mais resistente, a manutenção automotiva ainda é essencial. A negligência com o óleo do motor, por exemplo, pode comprometer diretamente a durabilidade da correia dentada. Veja as principais recomendações:

Troca de óleo em dia

Utilizar o óleo correto e fazer as trocas nos prazos indicados é fundamental. O óleo contaminado pode acelerar o desgaste da correia e causar rachaduras.

Verificações periódicas

Mesmo com alta durabilidade, o ideal é revisar o sistema a cada 60 mil km. Em algumas situações, como uso severo ou combustível de baixa qualidade, a correia pode exigir substituição antes do previsto.

Uso de peças originais

A substituição da correia deve ser feita com componentes originais ou homologados pela montadora. Correias paralelas podem não resistir ao ambiente interno do motor e provocar falhas catastróficas.

Problemas comuns e falhas registradas

Embora ofereça diversas vantagens, o sistema de correia banhada a óleo não é isento de problemas. Algumas falhas relatadas no Brasil e no exterior envolvem o uso de óleo inadequado ou vencido, além da deterioração precoce em casos de descuido com a manutenção.

Em modelos da Ford equipados com motor 1.0 EcoBoost na Europa, houve registros de falhas na correia após 150 mil km, por contaminação do óleo. A própria fabricante atualizou as recomendações de troca para 160 mil km nesses casos, demonstrando a importância da manutenção preventiva.

Vale a pena apostar na correia banhada a óleo?

A resposta é sim — desde que o proprietário siga os cuidados básicos de manutenção automotiva, como a troca de óleo nos prazos corretos, uso do lubrificante recomendado pela montadora e revisões periódicas. Os modelos que utilizam correia dentada banhada a óleo no Brasil representam uma tendência global em eficiência, durabilidade e economia de manutenção, garantindo motores mais confiáveis, silenciosos e com menor custo operacional ao longo do tempo.

Para quem busca um veículo com menos dores de cabeça a longo prazo, menor risco de falhas mecânicas e menos visitas à oficina, vale considerar os modelos listados neste artigo. Afinal, rodar até 240 mil km sem trocar a correia dentada é uma promessa ousada — e até poucos anos atrás, impensável — mas agora totalmente viável graças à evolução dessa tecnologia. É uma excelente notícia para o bolso, para a tranquilidade do motorista e para quem valoriza um carro moderno, prático e de fácil manutenção no dia a dia.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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