Acidente fatal em navio da Transpetro levanta questões sobre segurança no setor
Um acidente fatal ocorreu nesta quarta-feira (19) a bordo do navio Dragão do Mar, operado pela Transpetro, subsidiária da Petrobras.
O trabalhador Edilson Sergio da Silva sofreu uma queda de aproximadamente seis metros de altura enquanto atuava na área de armazenamento de tambores acima do convés principal.
O incidente aconteceu por volta das 9h50, no horário local, a cerca de duas milhas náuticas da Ilha Campbell, no Estreito de Malaca.
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Apesar de receber os primeiros socorros a bordo, Edilson não resistiu aos ferimentos e sofreu uma parada cardíaca 30 minutos após o acidente. As informações são do Sindipetro-RJ.
A embarcação imediatamente iniciou uma manobra de retorno para Singapura, o porto mais próximo, para tentar um atendimento médico mais avançado, mas o trabalhador infelizmente faleceu.
Acidentes marítimos e preocupações com segurança
O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) tem levantado preocupações sobre as condições de segurança em operações offshore, destacando a necessidade de efetivo adequado e treinamentos eficazes para prevenir acidentes.
Embora o ocorrido tenha sido em uma embarcação da Transpetro, a discussão sobre segurança no setor marítimo continua em pauta.
Em outro caso, no dia 27 de novembro do ano passado, os trabalhadores Herbert Martins e Diego Nazareth faleceram durante o trabalho no Terminal da Baía de Guanabara (TEBIG).
Esses eventos reforçam a importância de revisões constantes nos protocolos de segurança.
Na próxima sexta-feira (21), o Sindipetro-RJ realizará um ato simbólico em homenagem a Rodrigo Antônio, trabalhador que faleceu em 22 de fevereiro de 2015 após um acidente na Usina Termoelétrica Baixada Fluminense.
Transpetro anuncia Parada de Segurança
Diante do acidente, a Transpetro anunciou que realizará uma Parada de Segurança em toda a frota, terminais e sede da empresa. O objetivo será revisar protocolos e reforçar medidas preventivas.
Além disso, o Sindipetro-RJ, em conjunto com a FNP e FUP, determinou a interrupção da reunião do Grupo de Trabalho de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (GT de SMS) relativa aos terceirizados, que estava agendada para o mesmo dia do acidente.
O sindicato também criticou a ausência da Transpetro nesse grupo, destacando que a empresa não possui assento permanente nessas discussões.
A segurança dos trabalhadores deve ser prioridade
A Transpetro tem investido em programas de segurança, mas eventos como este reforçam a necessidade de aprimorar protocolos e garantir um ambiente mais seguro para os trabalhadores.
A tragédia com Edilson Sergio da Silva levanta questões sobre os desafios na prevenção de acidentes em operações marítimas.
Já existem bastante procedimentos de segurança a bordo dos navios. Porém, a redução no número de tripulantes vem causando preocupação há algum tempo, reduz o número de tripulantes mas não é reduzida a quantidade de trabalho a bordo, isso causa fadiga, stress cansaço físico e mental. E, consequentemente, a tripulação fica mais exposta quanto a possibilidade de acidentes.