Com uma proposta que promete reinventar os motores de combustão, a Toyota desenvolve tecnologia movida a hidrogênio extraído da água e mira transformar o setor automotivo sem depender exclusivamente de baterias ou eletricidade convencional.
A Toyota vem investindo pesado em tecnologias de propulsão alternativas que podem transformar o futuro da mobilidade, e uma das apostas mais ousadas da fabricante japonesa está no uso do hidrogênio extraído da água para alimentar motores de combustão interna.
A ideia central por trás dessa inovação é simples, mas revolucionária: a água, fonte abundante e acessível, pode ser dividida em hidrogênio e oxigênio por meio de um processo chamado eletrólise.
Esse hidrogênio, quando utilizado como combustível, pode movimentar veículos sem emitir gases poluentes tradicionais, emitindo apenas vapor d’água como resíduo principal, o que faz com que essa tecnologia seja vista como um caminho promissor para descarbonizar o transporte.
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Diferente dos carros elétricos que dependem exclusivamente de baterias e eletricidade, a Toyota está desenvolvendo motores a combustão convencionais adaptados para rodar com hidrogênio líquido extraído da água, um combustível que oferece alta densidade energética e promete superar limitações atuais dos veículos elétricos, como o tempo de recarga e a autonomia.
O motor movido a hidrogênio líquido
Conforme explica a Toyota, seu motor 1.6 turbo a hidrogênio é uma adaptação do mesmo propulsor utilizado em modelos esportivos como o GR Yaris e o GR Corolla, porém modificado para funcionar com hidrogênio líquido em vez de gasolina ou etanol.
O hidrogênio líquido é armazenado em tanques criogênicos sob temperaturas muito baixas, inferiores a -250ºC, o que permite armazenar até 50% mais energia no mesmo volume em comparação ao hidrogênio gasoso.
Essa tecnologia apresenta vantagens interessantes: o motor gera como subproduto apenas água pelo escapamento, além de emitir quantidades insignificantes de óxidos de nitrogênio, considerados praticamente neutros em termos ambientais se comparados aos motores tradicionais.
Desafios e adaptações mecânicas
Para viabilizar o uso do hidrogênio, a Toyota precisou modificar componentes essenciais do motor, como sistemas de injeção com pressões mais elevadas, juntas reforçadas e anéis de vedação mais resistentes, tudo para garantir a segurança no manuseio de um combustível altamente inflamável.
Apesar de sua inflamabilidade, o hidrogênio possui grande potencial energético e pode oferecer desempenho semelhante ou superior aos combustíveis fósseis em veículos adaptados.
Testes e aplicações no automobilismo
O desempenho do motor a hidrogênio líquido já foi testado em pistas, incluindo competições do Campeonato Mundial de Ralis com o GR Yaris e corridas de endurance com o GR Corolla.
Em 2022, a Toyota iniciou testes em condições reais nas ruas com um Corolla Cross movido a hidrogênio, reforçando o compromisso da marca com essa tecnologia.
O protótipo GR H2 Racing Concept, voltado para a famosa corrida de Le Mans, também demonstra o potencial competitivo desse tipo de propulsão.
Preços, infraestrutura e os desafios para popularização
Apesar dos avanços, o preço do hidrogênio ainda é um dos maiores obstáculos para sua popularização, sendo significativamente mais caro que a gasolina e a eletricidade.
Segundo dados da consultoria Hydrogen Insight, abastecer um Toyota Mirai na Califórnia pode custar até 14 vezes mais do que carregar um Tesla, um fator que freia a adesão em larga escala.
Além disso, a infraestrutura de postos de abastecimento de hidrogênio é escassa e restrita a poucas regiões, o que limita a viabilidade dos veículos a hidrogênio para o consumidor comum.
A visão para o futuro
Para superar essas barreiras, a Toyota está trabalhando em parceria com outras empresas para reduzir os custos de produção e distribuição do hidrogênio, além de desenvolver equipamentos compactos para produção local do combustível por eletrólise da água, o que pode descentralizar e facilitar o abastecimento.
Outra aposta da montadora é o desenvolvimento de um motor V8 5.0 movido a hidrogênio líquido, fruto de uma parceria com a Yamaha, que promete entregar até 450 cv de potência, reforçando o potencial de desempenho da tecnologia em veículos de alta performance e até mesmo em motocicletas.
A aposta que pode mudar o mercado automotivo
Apesar de ainda não existirem números oficiais de potência e torque do motor 1.6 turbo a hidrogênio, a Toyota já mostrou ganhos significativos nas versões de corrida do GR Corolla H2, com aumento de 24% na potência e 33% no torque, além de ampliar o alcance em 30% e reduzir o tempo de reabastecimento de cinco para menos de dois minutos.
Segundo a empresa, a nova geração dos sistemas a hidrogênio poderá ter um custo até 37% menor, podendo chegar a 50% de redução se a produção atingir cerca de 200 mil unidades até 2030, graças à escala de fabricação e aplicação em diversos tipos de veículos e equipamentos.
Para especialistas, ainda há muitos desafios a superar, como a redução dos custos do hidrogênio, a ampliação da rede de abastecimento e o desenvolvimento de tecnologias mais compactas e acessíveis para a produção do combustível.
No entanto, a estratégia da Toyota deixa claro que a marca não aposta em uma única solução, mas em um futuro diversificado, onde o hidrogênio à base de água pode ser o combustível capaz de tornar os carros elétricos tradicionais obsoletos.
E você, acha que o hidrogênio extraído da água tem potencial para substituir de vez os carros elétricos no Brasil? Deixe sua opinião!
Essa ideia é muito antiga e foi desenvolvida por um Brasileiro, porém na época a indústria do automóvel fez de tudo para abafar o caso, agora a Toyota aparece com isso.
Toda nova ideia para reduzir impactos ambientais e contribuir com o progresso é sempre bem vinda.
Desisti de ler a matéria de tanta propaganda.