Iniciativa gratuita do governo amplia vagas em cibersegurança e oferece bolsa de R$ 3 mil mensais para participantes em fase prática; programa combina formação técnica, aulas online e desafios reais.
O Hackers do Bem, iniciativa gratuita do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) executada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), abriu 25 mil novas vagas para formação em cibersegurança.
O programa inclui trilhas que vão do nivelamento ao básico e oferece, na etapa final, bolsa de R$ 3 mil mensais durante a Residência Tecnológica, realizada de forma remota.
Desde 2024, mais de 36 mil participantes já obtiveram certificação em todo o país.
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Formação em cibersegurança do básico ao avançado
O objetivo da iniciativa é ampliar a formação de profissionais qualificados em segurança digital, uma área que, segundo o MCTI, apresenta déficit de mão de obra no país.
O conteúdo é estruturado em cinco etapas: nivelamento, básico, fundamental, especialização e residência.
As aulas são on-line, ministradas pela Escola Superior de Redes (ESR), e incluem atividades práticas e exercícios interativos.
O modelo de ensino combina fundamentos técnicos com práticas supervisionadas, permitindo que o aluno avance gradualmente até os níveis mais especializados.
Crescimento da demanda por profissionais de cibersegurança
De acordo com o Relatório Global de Cibersegurança de 2024 da Fortinet, o mercado mundial apresenta carência de cerca de 4 milhões de profissionais qualificados na área.
Essa falta de especialistas, segundo o estudo, impulsiona a criação de programas públicos e privados voltados à formação acelerada em segurança digital.
Para o MCTI, a expansão de cursos gratuitos e certificados é uma das estratégias para reduzir o déficit e aumentar a segurança de sistemas públicos e corporativos no Brasil.
Estrutura das trilhas de aprendizado
O percurso de formação começa com conteúdos introdutórios sobre hardware, redes e lógica de programação, seguido de disciplinas sobre criptografia, computação em nuvem, boas práticas de desenvolvimento e detecção de ameaças.
A cada etapa concluída, o participante recebe certificação oficial, reconhecida pela RNP.
Segundo o MCTI, esse processo facilita a inserção profissional de novos talentos no mercado de tecnologia e segurança digital.
Residência Tecnológica com bolsa-auxílio de R$ 3 mil
A última fase, chamada de Residência Tecnológica, coloca os participantes diante de desafios reais de cibersegurança nos Pontos de Presença da RNP em todo o país.
Os alunos selecionados recebem bolsa mensal de R$ 3 mil durante seis meses, com supervisão de especialistas e acompanhamento de desempenho.
De acordo com a coordenação do programa, essa etapa busca oferecer uma experiência prática próxima à rotina profissional de analistas e técnicos de segurança.
Parcerias e suporte aos participantes
O Hackers do Bem é financiado pelo MCTI, dentro do Programa Prioritário em Informática (PPI) da Softex, e executado em parceria com o SENAI-SP.
O projeto também mantém o Hub Hackers do Bem, ambiente digital que conecta estudantes, professores e organizações públicas e privadas interessadas em recrutar profissionais da área.
Segundo a RNP, o espaço serve para troca de conhecimento e divulgação de oportunidades, contribuindo para a empregabilidade dos formados.
Público-alvo e critérios de participação
Os cursos são gratuitos e abertos a pessoas de qualquer formação.
As etapas iniciais, de nivelamento e básico, não exigem conhecimento prévio em tecnologia.
A progressão para módulos avançados depende do desempenho nas avaliações internas.
Para ingressar na Residência Tecnológica, os candidatos passam por processo seletivo, que considera certificações obtidas, envolvimento em desafios e aderência às necessidades técnicas dos projetos da RNP.
Situação do mercado e perspectivas para o setor
Dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) apontam que o Brasil deve demandar mais de 530 mil novos profissionais de tecnologia até 2025, número que inclui funções ligadas à segurança da informação.
Especialistas do setor afirmam que programas de capacitação gratuitos e de rápida execução, como o Hackers do Bem, ajudam a reduzir a defasagem e ampliar o acesso à carreira tecnológica em regiões fora dos grandes centros.
Rotina de estudos e desafios práticos online
As atividades on-line incluem videoaulas, simulados e exercícios práticos que reproduzem incidentes de segurança.
Segundo a ESR, os estudantes são orientados por instrutores e podem participar de desafios que simulam situações reais, como análise de vulnerabilidades e resposta a incidentes.
Os certificados obtidos ao longo das trilhas são cumulativos e podem ser apresentados em processos seletivos para cargos como analista júnior de segurança, técnico de suporte com foco em segurança e assistente de governança digital.
Resultados e impacto do programa Hackers do Bem
Desde o lançamento, o Hackers do Bem registra mais de 36 mil certificados emitidos e expansão contínua do número de vagas.
O MCTI destaca que a iniciativa pretende democratizar o acesso à formação em segurança digital e criar uma base nacional de talentos para atuar em projetos estratégicos.
Segundo a RNP, as novas 25 mil vagas devem atender à demanda crescente de 2025, especialmente em empresas que passaram a adotar políticas mais rígidas de proteção de dados.
Como se inscrever no curso gratuito de cibersegurança
As inscrições estão abertas e são gratuitas. Os interessados devem preencher o formulário disponível no site oficial do Hackers do Bem, selecionar a trilha desejada e acompanhar o cronograma de aulas.
A recomendação da coordenação é iniciar pelo curso de nivelamento e avançar conforme o desempenho nas etapas seguintes.
Quem alcançar a Residência Tecnológica pode receber bolsa-auxílio de R$ 3 mil por mês durante o semestre prático.



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