Mergulhadores fizeram uma descoberta extraordinária ao encontrarem dezenas de caixas de champanhe fechadas em um naufrágio de 170 anos. Saiba como esse tesouro submerso foi encontrado e seu valor histórico!
Uma equipe de mergulhadores poloneses fez uma descoberta fascinante nas profundezas do Mar Báltico, ao sul da ilha de Öland, na Suécia. Usando sonar, a equipe identificou o que parecia ser um barco de pesca comum, mas o que encontraram foi um tesouro inesperado. O naufrágio, datado de meados do século XIX, continha mais de 100 garrafas de champanhe, algumas ainda com bolhas visíveis, além de caixas de vinho, água mineral e porcelana.
Os mergulhadores da equipe Baltitech, Marek Cacaj e Pawel Truszynski, inicialmente esperavam fazer uma inspeção rápida no local. Porém, a breve viagem logo se transformou em uma missão de quase duas horas, quando perceberam que haviam encontrado algo extraordinário.
Ao invés de um simples barco de pesca, o que eles descobriram foi um veleiro com uma carga valiosa e muito bem preservada.
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De acordo com Tomasz Stachura, líder da equipe, essa descoberta foi única em seus 40 anos de experiência como mergulhador.
Embora seja comum encontrar garrafas isoladas em naufrágios, a quantidade de garrafas intactas e a qualidade da carga foram uma surpresa para todos.
Um verdadeiro tesouro
Entre os itens encontrados, destacam-se as garrafas de champanhe que, curiosamente, ainda exibem bolhas, sugerindo que a bebida pode estar em condições razoáveis após todos esses anos. Além do champanhe, foram encontradas garrafas de água mineral de uma marca alemã chamada “Selters”, que ainda existe nos dias de hoje.
Especialistas datam essas garrafas entre 1850 e 1876, o que ajuda a situar o naufrágio no tempo. Na época, a água mineral era um item de luxo, principalmente consumido pela realeza e tão valioso que os transportes da bebida costumavam ser escoltados pela polícia.
A presença de porcelanas também sugere que o navio transportava uma carga destinada a clientes de alto poder aquisitivo, possivelmente viajando em direção à Rússia. Há especulações de que o navio poderia pertencer a Nicholas I, imperador russo, que perdeu um navio na região em 1852.
Outras grandes descobertas
Embora a descoberta desse naufrágio seja notável, não é a primeira vez que bebidas alcoólicas são encontradas em naufrágios. Em 2010, arqueólogos subaquáticos descobriram uma escuna na costa da Finlândia carregada de champanhe. Anos mais tarde, um bioquímico experimentou o champanhe preservado para fins científicos.
Outro exemplo ocorreu em 2021, quando mergulhadores encontraram um naufrágio romano na costa da Itália, cheio de ânforas de vinho, que eram recipientes cerâmicos usados para transportar a bebida fermentada.
As garrafas do naufrágio descoberto recentemente no Mar Báltico podem estar em condições surpreendentemente boas. A qualidade do vinho, porém, depende de uma série de fatores, como o selamento das garrafas e se a água do mar penetrou nelas.
Alguns especialistas em enologia afirmam que, dependendo dessas variáveis, o champanhe e o vinho poderiam ter mantido seu sabor original ou se degradado completamente.
Envelhecimento subaquático
Curiosamente, algumas empresas modernas têm realizado experimentos com o envelhecimento proposital de vinhos debaixo d’água. Em 2022, a linha de cruzeiros norueguesa Hurtigruten submergiu 1.700 garrafas de vinho espumante a 111 pés de profundidade no Mar da Noruega.
Após recuperar as garrafas, em julho de 2023, o vinho foi servido aos passageiros, que o descreveram como uma experiência única. Esse sucesso levou a empresa a submergir mais 4.500 garrafas no final do mesmo ano.
Essa técnica de envelhecimento em águas profundas visa explorar as condições de temperatura estável e escuridão dos oceanos, que podem resultar em um processo de maturação diferente dos métodos tradicionais. Assim como esses experimentos modernos, o naufrágio no Mar Báltico oferece um vislumbre intrigante de como a preservação subaquática pode afetar a qualidade das bebidas.
Embora a equipe de mergulhadores tenha alertado as autoridades suecas sobre o naufrágio, a carga ainda está passando por um processo administrativo antes de ser trazida à superfície para uma análise mais detalhada. Além da curiosidade em torno da condição do champanhe, os arqueólogos marinhos estão interessados em estudar o contexto histórico do naufrágio, o que pode revelar detalhes sobre o comércio marítimo do século XIX na região.