Descoberta feita pelo Pan-STARRS, no Havaí, confirma que o corpo celeste acompanha a Terra há mais de seis décadas em uma órbita sincronizada com o Sol
Uma descoberta astronômica inédita revelou um fenômeno que intriga a comunidade científica. Em 2 de agosto de 2025, astrônomos confirmaram que a Terra ganhou uma nova quase-lua, um corpo celeste que viaja junto ao planeta sem estar preso pela sua gravidade. A confirmação veio do observatório Pan-STARRS, no Havaí, referência mundial na detecção de objetos próximos da Terra (NEOs).
Os pesquisadores observaram que essa quase-lua acompanha o planeta há cerca de 60 anos e continuará próxima até 2083. Com aproximadamente 20 metros de comprimento, o corpo celeste mantém uma órbita sincronizada com a da Terra. De acordo com a astrônoma Jenifer Millard, do Fifth Star Labs, no País de Gales, “as quase-luas não orbitam os planetas, mas o Sol, seguindo trajetórias semelhantes e temporárias”. Ela explica que o fenômeno mostra a interação gravitacional delicada entre a Terra e o espaço ao seu redor.
Investigação astronômica revela fenômeno orbital raro
Os cientistas detectaram a nova quase-lua durante observações rotineiras em agosto de 2025. Após analisarem imagens antigas, descobriram que o corpo viaja próximo à Terra desde os anos 1960. Essa confirmação foi possível graças aos avanços tecnológicos dos telescópios modernos e a sistemas de rastreamento que permitem calcular órbitas com alta precisão.
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Dados do Astrophysics Data System e da NASA indicam que todas as quase-luas conhecidas têm caráter temporário. Elas permanecem em órbitas semelhantes por décadas ou séculos, antes de seguirem seu curso no espaço. A gravidade da Terra atua como um leve puxão, mantendo-as próximas, mas sem criar uma ligação permanente.
Outras companheiras espaciais da Terra
Atualmente, a Terra conta com oito quase-luas conhecidas, além de miniluas e possíveis luas-fantasma. As miniluas são pequenos asteroides capturados temporariamente pela gravidade terrestre, e o caso mais recente foi o do 2024 PT5, observado em agosto de 2024. Ele orbitou o planeta por alguns meses antes de retornar ao cinturão de asteroides. Segundo a Revista Astronomy & Astrophysics, análises químicas sugerem que esse corpo pode ter se originado de um fragmento da própria Lua, ejetado após o impacto de outro asteroide.
As chamadas luas-fantasma intrigam ainda mais. Elas seriam nuvens de poeira interplanetária que compartilham a órbita da Terra em pontos gravitacionais estáveis. Embora os cientistas ainda debatam sua existência, Millard considera a hipótese plausível. Segundo ela, “há muita poeira no espaço capaz de formar estruturas transitórias, especialmente próximas aos pontos gravitacionais da Terra”.
Estudo descarta riscos de colisão com a Terra
Mesmo com a proximidade astronômica, essa nova quase-lua não oferece risco. Ela se mantém muitas vezes mais distante do que a Lua e segue uma trajetória estável e previsível. A NASA e o Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra monitoram constantemente esses corpos e garantem que qualquer mudança de rota seria detectada com antecedência.
A astrônoma Jenifer Millard reforça que, mesmo que o corpo se aproximasse, o movimento seria extremamente lento, o que permitiria reação e estudo detalhado. Por isso, o fenômeno representa uma oportunidade científica, pois amplia o entendimento sobre a influência gravitacional da Terra e do Sol.
O sistema solar em constante transformação
Estudos recentes da Agência Espacial Europeia (ESA) mostram que outros planetas também possuem quase-luas. Pesquisadores já registraram fenômenos semelhantes em torno de Júpiter, Vênus, Saturno, Netuno e Plutão. Essas descobertas reforçam que o sistema solar continua dinâmico e em constante mudança, revelando novos corpos orbitais conforme a tecnologia avança.
Para a astrônoma Millard, a nova companheira “é mais um lembrete de que o espaço está sempre em movimento e de que a Terra nunca viaja sozinha em sua trajetória ao redor do Sol”.
Diante dessa revelação, uma pergunta se impõe: quantas outras quase-luas silenciosas ainda orbitam ao nosso lado sem que as tenhamos notado?



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