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Telescópio gigante do Chile com espelho de 39 metros promete superar dados do James Webb — ele pode identificar sinais de vida em poucas horas mesmo fora do sistema solar

Publicado em 26/03/2025 às 07:27
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Swinburne Astronomy Productions/ESO
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Em construção no deserto do Atacama, no Chile, o Telescópio Extremamente Grande está prestes a mudar a astronomia. Com o maior espelho já instalado em um observatório, ele poderá identificar sinais de vida encontrados em exoplanetas com somente uma noite de observação

Novo telescópio gigante do Chile pode mudar tudo o que sabemos sobre o universo. Chamado de Telescópio Extremamente Grande (ELT), ele está programado para começar a funcionar em 2028.

E logo na sua primeira noite, já poderá detectar sinais de vida em planetas ao redor das estrelas próximas, segundo novas simulações.

O ELT está sendo construído no norte do Chile e terá uma estrutura impressionante. Seu espelho primário terá um diâmetro específico de 39 metros.

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Isso significa que o telescópio gigante do Chile poderá captar muito mais luz do que qualquer outro telescópio terrestre já feito. As imagens serão 16 vezes mais nítidas do que as do famoso Telescópio Espacial Hubble.

Esse ganho na capacidade de observação é essencial para os cientistas. Com ele, será possível obter detalhes que antes eram impossíveis de ver. Segundo um estudo recente, os primeiros resultados podem chegar rapidamente, talvez logo após o início das operações.

Telescópio pode analisar atmosferas de exoplanetas sem foco

Uma das ferramentas mais importantes do telescópio gigante do Chile será a análise das atmosferas dos planetas fora do nosso sistema solar, os chamados exoplanetas. Isso é feito observando quando um planeta passa na frente de sua estrela, do nosso ponto de vista.

A luz da estrela atravessa a atmosfera do planeta antes de chegar até nós. Ao estudar essa luz, os cientistas conseguem identificar moléculas como água, dióxido de carbono e oxigênio.

O Telescópio Espacial James Webb (JWST) já faz esse tipo de análise. Ele obteve dados de várias atmosferas de exoplanetas. No entanto, nem sempre os resultados são claros. Um exemplo são os planetas bec do sistema TRAPPIST-1.

O JWST não conseguiu detectar com precisão se eles têm atmosfera. Os dados sugerem que não podem ter ar, mas isso ainda não é preciso o suficiente.

Uma sensibilidade maior do ELT pode resolver esse tipo de dúvida. Com ele, será possível observar atmosferas muito tênues, que o JWST não consegue detectar. Isso pode levar a descobertas importantes.

Além dos trânsitos planetários: luz refletida

E tem mais. O ELT não depende somente de trânsitos planetários, ou seja, quando o planeta passa na frente da estrela. Ele também poderá estudar planetas que não fazem esse movimento, usando a luz refletida da estrela. Isso aumenta significativamente o número de exoplanetas que podem ser estudados.

Para testar o potencial do telescópio, os pesquisadores fizeram simulações com vários tipos de planetas. Eles escolheram mundos que orbitam estrelas próximas. Esses planetas são os mais comuns e prováveis ​​de serem estudados no futuro.

Telescópio pode achar vida alienígena em 10 horas

Foram observados quatro tipos de planetas semelhantes à Terra: um com muita água e vegetação, um com vida primitiva, um com oceanos evaporados como Marte ou Vênus, e um sem vida, mas com potencial para tê-la. Também foram simulados planetas do tamanho de Netuno, que têm atmosferas mais espessas.

A ideia era ver se o ELT conseguiria diferenciar cada tipo de planeta. E mais importante: evitar erros. Ou seja, não confundir um planeta sem vida com um que tem vida, e vice-versa.

Os resultados foram positivos. Segundo o estudo, o ELT poderá fazer distinções claras, pelo menos para estrelas próximas.

No caso da estrela mais próxima da Terra, Proxima Centauri, bastariam dez horas de observação para detectar vida em um planeta semelhante à Terra. Já para planetas do tamanho de Netuno, bastaria uma hora para captar dados suficientes.

Com isso, o Telescópio gigante do Chile poderá ajudar a responder uma das maiores perguntas da humanidade: estamos sozinhos no universo? E a resposta pode vir em somente alguns anos.

Com informações de Live Science.

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Romário Pereira de Carvalho

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