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Tarifaço dos EUA atinge indústria e força Brasil a buscar novos mercados para alimentos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 22/08/2025 às 09:55
Tarifaço dos EUA
Foto: Reprodução
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Três semanas depois do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, o governo brasileiro identifica cenários diferentes para os principais setores da economia. Enquanto o agronegócio consegue redirecionar parte da produção e reduzir prejuízos, a indústria nacional sente o peso da sobretaxa de 50% e teme novas perdas.

Três semanas após o início do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos, o governo avalia que o impacto sobre o agronegócio é menor que o esperado.

Segundo informações do G1, isso porque muitos exportadores de alimentos conseguiram redirecionar sua produção para outros países.

Em alguns casos, mantiveram contratos com norte-americanos mesmo diante da sobretaxa, como ocorreu nas vendas de mangas.

Outros produtos, como carnes, café e açúcar, também conseguiram espaço em novos mercados.

Além disso, o governo observa que há capacidade de reorganização para enfrentar as barreiras impostas por Donald Trump.

Indústria sob pressão

O cenário é bem diferente para a indústria. Setores como têxteis, calçados, máquinas, equipamentos e autopeças estão no centro da preocupação.

O setor industrial tem uma dificuldade maior, porque existem especificações técnicas desses produtos que são fabricados para o mercado especificamente norte-americano”, afirmou Uallace Moreira, secretário do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Segundo ele, produtos alimentícios usados em compras públicas têm mais facilidade de redirecionamento. Já os industriais enfrentam obstáculos para encontrar alternativas rápidas.

Ações do governo

O Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário confirmam essa leitura. “O que nós identificamos é que, ao contrário do que imaginávamos no início, boa parte desses produtos [alimentícios] já está sendo redirecionada”, disse Fernanda Machiavelli, secretária-executiva da pasta.

Esse plano busca oferecer apoio às empresas afetadas, com medidas de proteção e incentivo.

Risco para a indústria de transformação

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforça que os Estados Unidos são o maior comprador de bens da indústria de transformação brasileira, enquanto a China foca em commodities.

Portanto, o impacto do tarifaço pode ser mais severo justamente no setor que já vinha sofrendo com juros altos e concorrência de importados.

Para a entidade, a medida pode aprofundar a perda de fôlego da indústria nacional em 2025.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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