Proposta aprovada na Câmara prevê descontos de até 75% para salários de até R$ 5.500; entenda como a nova tabela do IR pode impactar seu bolso.
Um novo projeto de lei que altera a tabela do IR foi aprovado na Câmara dos Deputados e promete mudar significativamente a forma como o Imposto de Renda é cobrado no Brasil. Segundo informações destacadas pela CNN, a proposta eleva a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5.000 por mês e cria um sistema de descontos progressivos para salários mais altos, podendo gerar uma economia anual de mais de R$ 4.300 para milhões de contribuintes.
A medida, que agora segue para análise do Senado Federal, representa um alívio tributário aguardado, principalmente para a classe média. A justificativa do governo federal é que a mudança busca corrigir a defasagem da tabela atual e garantir maior justiça fiscal, permitindo que trabalhadores com rendas mais modestas tenham mais dinheiro disponível. O texto votado na noite de quarta-feira (1º) estabelece um escalonamento claro, beneficiando uma ampla parcela da população.
Como funciona a nova isenção e os descontos progressivos?
A principal alteração proposta no projeto é a isenção total do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 mensais. Essa medida, se aprovada em definitivo, representa um salto significativo em relação à faixa de isenção atual. Na prática, um trabalhador que se enquadra nesse teto deixará de ter o imposto retido na fonte, resultando em uma economia anual estimada em R$ 4.356,89, conforme apurado pela CNN.
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Além da isenção completa, o projeto cria um mecanismo de descontos escalonados para quem ganha acima desse valor. Para rendimentos de até R$ 5.500, o desconto será de 75%. Já para quem ganha até R$ 6.000, o desconto aplicado será de 50%, gerando uma economia de R$ 2.350,79 ao ano. A proposta ainda prevê um desconto de 25% para salários de até R$ 6.500. Essa estrutura gradativa visa a tornar a transição entre as faixas mais suave, evitando que um pequeno aumento salarial resulte em uma carga tributária desproporcional.
| Faixa de renda | O que vai ser aplicado | Economia anual estimada |
|---|
| Até R$ 5.000 | Isenção total | R$ 4.356,89 |
| Até R$ 5.500 | Desconto de 75% | R$ 3.367,68 |
| Até R$ 6.000 | Desconto de 50% | R$ 2.350,79 |
| Até R$ 6.500 | Desconto de 25% | R$ 1.333,90 |
| A partir de R$ 7.350 | Alíquota de 27,5% | — |
Qual o impacto da mudança na tabela do IR para o contribuinte?
O impacto mais direto da nova tabela do IR é o aumento da renda líquida disponível para uma grande fatia de trabalhadores. Ao isentar completamente quem ganha até R$ 5.000, o projeto injeta mais dinheiro na economia, pois esses valores tendem a ser convertidos em consumo, movimentando o comércio e os serviços. A lógica dos descontos progressivos também é crucial: ela evita que um trabalhador que recebe um pouco acima da faixa de isenção seja penalizado com a alíquota cheia, tornando o sistema mais justo e equilibrado.
A proposta legislativa, amplamente coberta pela CNN, também estabelece que a alíquota máxima de 27,5% será aplicada de forma mais consistente para rendas a partir de R$ 7.350. Segundo o governo, a reestruturação da tabela do IR foi desenhada para beneficiar principalmente a classe trabalhadora, sem comprometer a arrecadação de forma drástica. Para compensar a perda de receita com a ampliação da isenção, o projeto aponta para outras medidas focadas em rendas mais altas, embora esses detalhes ainda precisem de maior aprofundamento nas discussões no Senado.
Por que a tabela do imposto de renda está sendo alterada?
A correção da tabela do IR é uma demanda antiga da sociedade, pois a falta de atualização ao longo dos anos fez com que cada vez mais pessoas com salários modestos fossem obrigadas a pagar o imposto. A inflação corrói o poder de compra, mas, sem o reajuste da tabela, os salários nominais sobem e entram em faixas de tributação mais altas, mesmo que o ganho real do trabalhador não tenha aumentado. Esse fenômeno é conhecido como “corrosão inflacionária” da base de cálculo do imposto.
A proposta atual busca, portanto, restaurar um equilíbrio fiscal mais justo, aliviando o peso dos impostos sobre quem tem menor capacidade contributiva. A iniciativa votada na Câmara, e reportada pela CNN, faz parte de uma estratégia do governo para diminuir a carga tributária sobre o consumo e o salário, focando em uma tributação mais progressiva. A aprovação no Plenário da Câmara foi um passo importante, mas a palavra final caberá ao Senado Federal, onde o debate sobre o impacto fiscal e as fontes de compensação deve se intensificar.
Você concorda com essa mudança? Acha que isso impacta o mercado? Deixe sua opinião nos comentários, queremos ouvir quem vive isso na prática.



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