Cenário global de preços
A Suzano s.a. divulgou os resultados do terceiro trimestre em novembro de 2025.
Além disso, a empresa afirmou que o mercado global de celulose enfrenta um cenário crítico.
Os preços internacionais permanecem abaixo de US$ 600 por tonelada há 13 meses.
Consequentemente, a companhia avalia que os valores atuais são completamente insustentáveis.
Por isso, a Suzano acredita que cortes de oferta são inevitáveis no curto prazo.
Essa leitura foi reforçada pelo Brazil stock guide.
Pressão sobre produtores
Ainda assim, a produtora estima que 15% da capacidade global de fibra curta opera abaixo do custo de caixa.
Por isso, fábricas na europa enfrentam risco elevado.
Em decorrência disso, o mercado apresenta desequilíbrio estrutural relevante.
A situação compromete a sobrevivência de produtores menos eficientes.
Declarações da liderança
Além disso, Leonardo grimaldi, diretor de celulose da Suzano, afirmou que o setor está sangrando há meses.
Posteriormente, ele destacou que até 25% da capacidade europeia se tornou economicamente inviável.
Simultaneamente, ele explicou que os cavacos de madeira ficaram mais caros na china.
Os preços variam entre US$ 25 e US$ 40 por tonelada atualmente.
Esse aumento amplia a pressão de custos.
Isso também acelera a paralisação de unidades menos competitivas.
Contudo, a recuperação do consumo chinês ocorre de forma gradual.
Ainda assim, ela permite ajustes de até US$ 20 por tonelada nos próximos meses.
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Ajustes na oferta
Enquanto isso, a Suzano projeta ajustes relevantes na oferta ao longo dos próximos trimestres.
O aumento global do custo da madeira pressiona operações.
As limitações de fibras recicladas na china também influenciam o cenário.
A baixa rentabilidade na europa e na américa do norte agrava a situação.
Evolução dos custos
Paralelamente, a empresa relatou queda de 4% no custo caixa no terceiro trimestre.
O custo atingiu R$ 801 por tonelada no período.
Além disso, o valor ficou abaixo de R$ 800 no quarto trimestre de 2025.
Esse valor está entre os menores dos últimos anos.
Consequentemente, a política de eficiência ganhou força.
A energia mais barata contribuiu para a redução.
A logística mais eficiente também ajudou a empresa.
O menor uso de insumos químicos reforçou o desempenho.
Impacto do contrato com a Eldorado
Adicionalmente, o novo contrato de madeira com a Eldorado brasil entra em vigor em 2026.
O acordo deve reduzir o consumo de madeira em 4% por tonelada.
Essa redução apoiará custos estruturalmente baixos até 2027.
Estratégia financeira
Depois disso, o ceo beto abreu reforçou foco em eficiência e produtividade.
A empresa não aposta em um novo ciclo de preços.
Apesar disso, a alavancagem subiu para 3,3 vezes o ebitda.
O aumento reflete cotações internacionais deprimidas.
Entretanto, a dívida líquida permaneceu estável.
O fluxo de caixa livre foi positivo no trimestre.
Despesas e emissão de títulos
A empresa registrou cerca de R$ 1 bilhão em despesas extraordinárias.
Essas despesas incluem a operação com a Eldorado.
Elas também englobam resgates antecipados de títulos.
Ainda assim, a geração de caixa se manteve positiva.
A Suzano emitiu US$ 1 bilhão em títulos de dez anos.
Esse título apresenta o menor spread da história da empresa.
O prazo médio da dívida subiu para 80 meses.
O custo anual ficou em 5%.
O hedge cambial pode gerar R$ 2,5 bilhões até 2026.
Embalagens e expansão
Finalmente, a unidade de embalagens registrou ebitda de R$ 542 milhões.
O número representa alta de 11% em relação ao trimestre anterior.
A fábrica de pine bluff, nos Estados unidos, tornou-se lucrativa pela primeira vez.
A empresa planeja expandir papéis alimentícios no país.
Melhorias na unidade de mucuri devem fortalecer margens em 2026.
Próximos passos
Por fim, a Suzano apresentará atualização estratégica no investor day de 11 de dezembro de 2025.
A companhia detalhará metas de custos e alavancagem.
Ela também mostrará o plano de integração com a Kimberly-clark.



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