Mais de 70 unidades do SUV elétrico Nissan Ariya chegam ao Brasil em 2025 para pesquisas de eletrificação, mas com tecnologias ainda proibidas no país
A Nissan trouxe do Japão, em setembro de 2025, um lote de pouco mais de 70 veículos Ariya. O modelo, considerado um dos SUVs elétricos mais avançados do mundo, foi destinado ao Projeto de Pesquisa Avançada de Soluções de Eletrificação e Novas Tecnologias.
Mesmo assim, o carro não poderá ser comercializado no Brasil, já que suas funções de condução autônoma, como o sistema ProPILOT 2.0, ainda são bloqueadas pela legislação nacional. Portanto, o Ariya permanece restrito ao campo de testes.
Projeto de pesquisa revela etapa inédita de testes no Brasil
O objetivo da Nissan com essa iniciativa é ampliar os estudos sobre eletrificação no país. Assim, em vez de realizar apenas testes controlados, a montadora optou por colocar em circulação uma frota completa.
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As unidades serão usadas por funcionários, concessionários e em eventos especiais da empresa, como o Nissan Mulheres 2025, realizado em setembro de 2025. Dessa forma, os carros circulam em condições reais de uso em diferentes estados brasileiros, permitindo que os engenheiros da marca coletem dados mais precisos sobre o desempenho do Ariya no cotidiano.
Segundo a própria Nissan, um grupo multidisciplinar acompanhará cada detalhe da operação, avaliando desde aspectos de segurança e mobilidade até entretenimento e conectividade. Além disso, os relatórios finais serão utilizados para orientar decisões de médio e longo prazo.
Estrutura do projeto de eletrificação
O plano de testes iniciado em 2025 segue pontos estratégicos, que foram definidos para garantir maior eficiência:
- Mais de 70 unidades importadas do Japão;
- Distribuição em diferentes estados do país;
- Participação em ações corporativas da marca;
- Monitoramento técnico constante;
- Geração de dados para decisões futuras.
De acordo com Gonzalo Ibarzábal, presidente da Nissan do Brasil, em declaração oficial de setembro de 2025:
“Temos o compromisso de inovar além da venda de veículos. O projeto reforça que pensamos no ecossistema completo da eletrificação, com soluções que aprimorem a experiência dos clientes.”
Nissan Ariya: desempenho e versões disponíveis
O Ariya chegou em quatro versões distintas, cada uma voltada para diferentes perfis de motorista:
- Engage – tração dianteira, 217 cv e 30,6 kgfm;
- Engage e-4ORCE – tração integral, 339 cv e 57 kgfm;
- Engage+ e-4ORCE – tração integral, 394 cv e 61,2 kgfm;
- Platinum e-4ORCE – tração integral, 394 cv e 61,2 kgfm.
Além disso, o SUV pode receber baterias de 66 kWh ou 91 kWh, que oferecem autonomia de até 533 km, conforme dados internacionais de 2025. Portanto, mesmo não sendo vendido, demonstra claramente o nível de tecnologia que a Nissan já domina.
O design aposta em um estilo futurista e minimalista, com curvas aerodinâmicas e linhas marcantes. Além disso, oferece um interior espaçoso e tecnológico, o que reforça o apelo de modernidade do veículo.
Dimensões oficiais do Ariya:
- Altura: 1,67 m
- Comprimento: 4,64 m
- Largura: 2,17 m
- Porta-malas: 460 litros
Direção autônoma segue proibida pela legislação nacional
O Nissan Ariya incorpora o sistema ProPILOT 2.0, um pacote de assistência ao condutor que reúne diversas tecnologias. Entre elas estão:
- Mudança de faixa automatizada;
- Estacionamento inteligente;
- Suporte para ultrapassagens;
- Câmera 360º e retrovisores digitais;
- Reconhecimento de placas de trânsito;
- Alerta de ponto cego com intervenção ativa;
- Prevenção de colisões dianteiras e traseiras com detecção de pedestres.
Essas funções permitem que o carro acompanhe o fluxo do trânsito, mantenha distância, freie e arranque sozinho. No entanto, a legislação brasileira de 2025 não autoriza a condução sem as mãos no volante, impedindo que o sistema seja liberado ao público. Dessa maneira, o Ariya segue sendo um laboratório tecnológico no país.
Impactos esperados para o futuro da mobilidade no Brasil
A circulação do Ariya em solo brasileiro, mesmo sem comercialização, representa um passo importante para o setor de eletrificação. Além disso, fortalece o conhecimento técnico local e abre caminho para a chegada de veículos elétricos ainda mais avançados.
O projeto pode contribuir para políticas públicas e regulatórias ligadas à mobilidade autônoma. Portanto, a experiência de setembro de 2025 se torna uma oportunidade estratégica para aproximar o Brasil das tendências internacionais do setor automotivo.
Nissan foca em ecossistema completo da eletrificação
O estudo da Nissan mostra que a empresa não limita sua atuação apenas à venda de automóveis. Ao contrário, a estratégia é analisar o ecossistema da eletrificação, considerando desde a adaptação das cidades até a regulamentação da condução autônoma.
Assim, ao trazer uma frota inteira de veículos para uso real, a montadora reforça o compromisso de preparar o mercado e os consumidores brasileiros para a próxima etapa da mobilidade elétrica. Dessa forma, cria-se um movimento de adaptação gradual que fortalece a base para avanços futuros.
O que você acha que deve ser prioridade para o Brasil: liberar rapidamente as tecnologias autônomas para acompanhar a tendência mundial ou avançar em infraestrutura e regulação primeiro, garantindo segurança e adaptação gradual?