Citroën Basalt 2026 mantém preço inicial, ganha melhorias de acabamento e entrega espaço interno maior que Creta e Tracker, além de equipamentos modernos.
O mercado brasileiro de SUVs compactos segue em constante disputa por espaço, mas a Citroën decidiu manter uma estratégia ousada na linha 2026.
O Basalt chega renovado, com novos pacotes e melhorias no acabamento, mas conserva o preço inicial de R$ 93.990, o mesmo do ano anterior.
Esse detalhe faz dele o SUV mais barato do país, um trunfo importante em um segmento onde a concorrência, como Hyundai Creta e Chevrolet Tracker, já opera em patamares superiores.
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Além da manutenção no valor, a Citroën também aposta em versões inéditas e em pequenas mudanças que melhoram a experiência de uso.
O Basalt 2026 é, portanto, uma compra racional para quem busca custo-benefício, reforçando a imagem da marca dentro da faixa até R$ 100 mil.
Nova versão Dark Edition
A principal novidade da linha 2026 é a estreia da Dark Edition, posicionada acima da versão Shine.
Esse pacote adiciona um estilo mais esportivo e sofisticado, com emblemas, rodas, teto e spoilers pintados de preto, realçando o visual.
A estratégia contrasta com a pegada aventureira do Citroën C3 XTR, que também foi atualizado na nova gama.
Motores e desempenho
Sob o capô, o Basalt mantém a oferta de duas motorizações. A versão de entrada Feel é equipada com o motor 1.0 aspirado de 75 cv e 10,5 kgfm, considerado o ponto fraco da gama.
Em testes realizados com o modelo 2025, o SUV precisou de quase 17 segundos para ir de 0 a 100 km/h, desempenho que lhe garante o título de carro novo mais lento do Brasil.
Em contrapartida, as versões Feel Turbo, Shine e Dark Edition recebem o motor 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 kgfm, associado ao câmbio automático CVT que simula sete marchas.
Essa configuração entrega desempenho mais condizente com o porte do SUV, além de manter números razoáveis de consumo: 12,1 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada com gasolina. Já o motor aspirado alcança médias melhores, de 13,2 km/l em ciclo urbano e 14,3 km/l em rodoviário.
Dimensões generosas e porta-malas líder
Apesar do preço de entrada, o Basalt 2026 impressiona nas medidas. Com 4,34 metros de comprimento e 2,65 m de entre-eixos, supera rivais de categoria superior, como Hyundai Creta e Chevrolet Tracker, oferecendo mais espaço interno.
Outro ponto forte é o porta-malas de 490 litros, um dos maiores da categoria, o que amplia sua atratividade para famílias.
Equipamentos e correção de falha antiga
Mesmo na versão mais simples, o Basalt entrega um pacote interessante de itens. O modelo de entrada já sai de fábrica com quadro de instrumentos digital, central multimídia de 10,25 polegadas, airbags laterais, rodas de liga leve, volante multifuncional e sensor de estacionamento traseiro. A partir da Feel Turbo, adiciona ainda ar-condicionado digital, reforçando o custo-benefício em relação a concorrentes diretos.
Outro destaque da linha 2026 é a correção de um problema de ergonomia que incomodava clientes desde o lançamento.
Os botões dos vidros traseiros, antes mal posicionados no console central, foram finalmente deslocados para as portas — uma mudança simples, mas que melhora bastante a experiência ao volante.
Preços e versões
A linha 2026 do Citroën Basalt se distribui entre quatro versões, com preços que variam de R$ 93.990 na opção de entrada até R$ 114.990 no topo de linha Dark Edition.
Essa variação oferece ao consumidor opções de acordo com o orçamento, sem que o modelo perca sua principal característica: ser o SUV mais acessível do país.
Comparativo com o C3 2026
Embora o destaque esteja no Basalt, vale citar que a Citroën também atualizou o C3 2026, reposicionando o hatch na faixa entre R$ 75 mil e R$ 104 mil.
A novidade mais marcante é o retorno da versão aventureira XTR, equipada com motor 1.0 Firefly aspirado de 75 cv e consumo de até 14,5 km/l na estrada. Além disso, o C3 passou a oferecer o mesmo quadro digital presente no Basalt, ainda que restrito às versões mais caras.
Assim como o SUV, o C3 também recebeu a correção na posição dos botões dos vidros elétricos, embora ainda não estejam presentes nas portas traseiras.
Com isso, a Citroën tenta resolver um dos pontos mais criticados do modelo e torná-lo mais competitivo.
O Citroën Basalt 2026 reafirma sua posição como SUV de entrada mais barato do Brasil, uma estratégia que pode conquistar consumidores que buscam um veículo maior, mas ainda dentro do orçamento de até R$ 100 mil.
A manutenção de preço, aliada às novidades como a versão Dark Edition, o amplo espaço interno e as melhorias de ergonomia, tornam o modelo uma opção sólida no segmento.
Se o desempenho do motor aspirado permanece como calcanhar de Aquiles, a configuração turbo equilibra a balança e garante mais versatilidade.
Com isso, o Basalt segue como alternativa racional em meio a SUVs compactos cada vez mais caros e sofisticados, consolidando a proposta da Citroën de entregar custo-benefício e atrair consumidores em busca de espaço, equipamentos e preço competitivo.