Projeto nacional promete transformar o país em potência global ao desenvolver um supercomputador voltado exclusivamente para IA.
Um dos maiores investimentos em IA do Reino Unido acaba de ser confirmado. A Universidade de Edimburgo será o lar de um novo supercomputador nacional, avaliado em US$ 956 milhões, cerca de R$ 5,4 bilhões, com foco em inteligência artificial e computação de alto desempenho.
A máquina será instalada nas Instalações de Computação Avançada da universidade.
Seu objetivo é impulsionar a pesquisa em áreas estratégicas como clima, saúde e segurança nacional. Pesquisadores e empresas de todo o país terão acesso à tecnologia.
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Avanço estratégico em IA
O anúncio do supercomputador faz parte de uma iniciativa mais ampla.
O governo britânico planeja ampliar em vinte vezes sua capacidade de computação de IA até 2030. A medida foi detalhada na Revisão de Gastos apresentada pelo Ministro da Fazenda.
Esse esforço se conecta ao plano de US$ 1,27 bilhão anunciado pelo Primeiro Ministro Keir Starmer.
A estratégia busca consolidar o Reino Unido como um dos principais centros de inovação em inteligência artificial no mundo.
O novo supercomputador integrará o AI Research Resource, uma rede nacional que será expandida nas próximas décadas. O projeto é liderado pelo Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia.
Superando o atual ARCHER2
Atualmente, o supercomputador ARCHER2 é o sistema nacional de referência. Também localizado na Universidade de Edimburgo, ele será superado pelo novo equipamento.
A expectativa é que a nova máquina realize um bilhão de bilhões de operações por segundo.
Sir Peter Mathieson, diretor da universidade, afirmou que o investimento terá impacto direto na posição internacional do país. “Este poderoso supercomputador apoiará avanços na medicina, impulsionará indústrias emergentes e liberará todo o potencial da IA”, disse.
Três décadas de experiência computacional
A Universidade de Edimburgo atua há mais de 30 anos como sede dos serviços nacionais de computação de alto desempenho. Além disso, é um centro reconhecido em pesquisa de inteligência artificial desde a década de 1960.
O professor Mark Parsons, diretor do EPCC e reitor de computação de pesquisa, destacou o papel da universidade. “Usaremos tudo o que aprendemos nos últimos 30 anos para executar o melhor serviço possível para milhares de usuários de todas as comunidades de pesquisa científica e industrial do Reino Unido”, afirmou.
Retomada de um compromisso suspenso
O projeto marca a retomada de um financiamento que havia sido cancelado. A administração anterior, liderada pelos conservadores, havia prometido US$ 1 bilhão, mas retirou o apoio, o que gerou críticas de líderes do setor tecnológico.
Na época do corte, a Universidade já havia investido US$ 37,5 milhões em infraestrutura. O atual governo restaurou o financiamento, agora fixado em US$ 937,5 milhões.
Escócia como polo tecnológico
Segundo o Secretário de Estado da Escócia, Ian Murray, a iniciativa reforça o papel estratégico da região. Ele afirmou que o investimento colocará a Escócia na linha de frente da revolução tecnológica do Reino Unido.
Além da pesquisa científica, o supercomputador deve gerar empregos qualificados e atrair novas parcerias industriais. A expectativa é de crescimento econômico e oportunidades para diversas comunidades.
O novo sistema de Edimburgo representa um salto tecnológico. Com ele, o Reino Unido quer assumir um papel de liderança em IA e computação avançada nas próximas décadas.