Produção global de cana-de-açúcar avança e gera superávit histórico impulsionado por Índia, Tailândia e Brasil.
Ásia puxa crescimento e gera superávit global da commodity
O mercado mundial da commodity cana-de-açúcar inicia o ciclo 2025/26 com força total. As principais consultorias e instituições financeiras apontam para um superávit global de 3,73 milhões de toneladas, resultado de uma produção maior que o consumo.
O destaque vem da Ásia, onde Índia e Tailândia apresentam safras promissoras, enquanto o Brasil segue como potência exportadora e referência no agronegócio mundial.
De acordo com levantamento do NovaCana, baseado em 19 projeções de grandes empresas e bancos, o volume de excedente cresceu 40,2% em relação à estimativa anterior, feita em maio. Na ocasião, o saldo positivo era de 2,66 milhões de toneladas.
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Agora, com condições climáticas mais favoráveis e bom desempenho agrícola, o açúcar volta a se consolidar como um dos pilares das commodities agrícolas globais.
Itaú BBA vê boas perspectivas para Índia e Tailândia
Em relatório divulgado em 14 de outubro, o Itaú BBA reforçou o otimismo com o desempenho da Ásia. Segundo o banco, Índia e Tailândia iniciaram o ciclo 2025/26 com “boas perspectivas”, o que deve contribuir para um balanço mais equilibrado no mercado global.
“O avanço dessas produções deve ajustar o balanço global e indicar se o mercado mundial precisará de mais ou menos produto brasileiro”, destacou o Itaú BBA.
O banco projeta um superávit de 1,7 milhão de toneladas no novo ciclo. Além disso, as chuvas regulares na América Central também favorecem o desempenho das lavouras, impulsionando o crescimento do setor.
Czarnikow projeta superávit recorde desde 2017/18
Entre as previsões mais otimistas, a Czarnikow se destaca ao apontar um superávit de 7,4 milhões de toneladas para o ciclo 2025/26 – o maior desde 2017/18. A atualização, divulgada em outubro, representa um salto de 1,2 milhão de toneladas em relação à projeção anterior, feita em agosto.
Se confirmada, essa tendência poderá impactar os preços internacionais da commodity, ampliando a oferta global e reforçando o papel estratégico da cana-de-açúcar no comércio mundial.
Brasil mantém protagonismo no agronegócio global
Mesmo com o crescimento asiático, o Brasil continua sendo peça-chave para o equilíbrio do mercado. O país é líder em produtividade e tecnologia no setor sucroenergético, além de garantir estabilidade no abastecimento global.
Os especialistas destacam que, mesmo em um cenário de superávit, o país tende a ajustar sua produção conforme a demanda, priorizando o etanol quando os preços do açúcar estão menos vantajosos. Assim, o agronegócio brasileiro segue como pilar de competitividade e inovação no setor de commodities agrícolas.
Perspectivas indicam estabilidade no mercado mundial
Assim, com a Ásia ampliando sua participação e o Brasil consolidado como principal fornecedor, o ciclo 2025/26 tende a representar uma nova fase de estabilidade e abundância para a cana-de-açúcar.
Além disso, o fortalecimento das produções asiáticas deve equilibrar o mercado e reduzir a pressão sobre os preços internacionais.
Portanto, a expectativa é que o superávit global traga alívio para o consumo e, ao mesmo tempo, fortaleça as cadeias produtivas em diferentes regiões do planeta.
Dessa forma, o movimento reafirma o papel estratégico do açúcar dentro do agronegócio mundial, consolidando-o como uma das commodities mais influentes da economia global.



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