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Suíça tentou lançar avião com foguete movido a água quente nos anos 70, mas o projeto acabou explodindo em complexidade antes de decolar

Publicado em 02/11/2025 às 14:35
Nos anos 1970, a Suíça testou o projeto Pohwaro, um foguete movido a água quente capaz de gerar empuxo extra e desafiar os limites da engenharia aeronáutica.
Nos anos 1970, a Suíça testou o projeto Pohwaro, um foguete movido a água quente capaz de gerar empuxo extra e desafiar os limites da engenharia aeronáutica.
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Na década de 1970, engenheiros suíços testaram um sistema de decolagem com foguete movido a água quente, mas o projeto acabou implodindo sob sua própria complexidade técnica.

De acordo com o portal UOL, Nos anos 1970, em plena Guerra Fria e sob intensa busca por avanços aeronáuticos, a Suíça surpreendeu o mundo ao tentar impulsionar aviões com um foguete movido a água quente. A ideia parecia simples e engenhosa: usar vapor pressurizado para gerar o empuxo necessário em decolagens curtas, reduzindo o espaço de pista exigido.

O experimento, porém, revelou-se mais desafiador do que promissor. Embora a proposta evitasse combustíveis convencionais e oferecesse um ganho de potência significativo, o sistema acabou demonstrando riscos, falhas operacionais e limitações que tornaram inviável sua aplicação em aeronaves reais.

Um foguete suíço diferente de todos os outros

Batizado de Pohwaro sigla para Pulsated OverHeated WAter ROcke o sistema consistia em um reservatório de água aquecida sob alta pressão.

Quando liberada de forma controlada por um bocal especial, a água se transformava em vapor e gerava uma descarga explosiva capaz de produzir empuxo instantâneo.

A força era notável: segundo registros da época, o foguete gerava 2,5 toneladas-segundo de impulso adicional, suficiente para encurtar consideravelmente o espaço de decolagem.

O projeto nasceu na Fábrica Federal de Aeronaves da Suíça (F+W), que buscava soluções inovadoras para operar em pistas curtas, especialmente em regiões montanhosas do país.

Potência e perigo na mesma medida

O mecanismo parecia promissor, mas escondia desafios complexos. O processo de pressurização da água exigia controle térmico preciso e uma estrutura robusta o bastante para conter temperaturas e pressões elevadas.

Qualquer vazamento representava risco imediato de explosão ou queimaduras graves, o que limitava o uso prático.

Além disso, o sistema era pesado, difícil de recarregar e pouco eficiente em missões sucessivas.

Apesar de sua demonstração pública, o foguete movido a água quente jamais passou de um experimento um lampejo criativo que esbarrou nas limitações da engenharia da época.

Um experimento que ficou no solo da história

O projeto Pohwaro nunca chegou a equipar aeronaves operacionais. Testes adicionais mostraram que a relação entre complexidade e benefício não compensava o risco.

Em termos práticos, os ganhos de empuxo não justificavam os custos de manutenção e os perigos associados ao vapor superaquecido.

Ainda assim, o episódio marca um momento curioso da engenharia aeronáutica: uma era em que a imaginação parecia tão potente quanto os motores.

Mesmo sem decolar, o foguete suíço movido a água quente se tornou símbolo de uma época em que a inovação ainda ousava desafiar o impossível.

Você acha que um sistema como esse simples, mas perigoso poderia ganhar nova vida com as tecnologias atuais?

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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