Em meio à crescente disputa comercial global, a Suíça confirmou avanços nas tratativas com a China e pretende concluir até 2026 um novo acordo de livre comércio, modernizando regras e ampliando oportunidades econômicas bilaterais.
De acordo com o jornal de Brasília, a Suíça anunciou que pretende concluir, até o início do próximo ano, um novo acordo de livre comércio com a China, reforçando o interesse de ambos os países em modernizar e aprofundar suas relações econômicas. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores suíço, Ignazio Cassis, após reunião com seu homólogo chinês, Wang Yi, em Berna.
Segundo Cassis, as negociações têm evoluído de forma “construtiva e positiva” e refletem o esforço mútuo de adaptação às novas dinâmicas do comércio internacional. O objetivo é atualizar o tratado em vigor desde 2014, que já havia colocado a Suíça como o primeiro país europeu a firmar um acordo desse tipo com Pequim.
Acordo modernizado mira um novo patamar nas relações comerciais
O novo tratado busca ampliar a cooperação econômica e tecnológica entre Suíça e China, especialmente em áreas estratégicas como inovação, propriedade intelectual e sustentabilidade.
-
Energia elétrica dispara e puxa IPCA em setembro: inflação surpreende o Brasil
-
Brasileiros com contas no exterior podem pagar imposto de herança duas vezes entenda o risco da bitributação
-
Exportações do agronegócio brasileiro impulsionam carne bovina e suína com recorde histórico, crescimento do milho, café valorizado e mercados asiáticos em expansão
-
FGTS 2025: governo divulga calendário completo do saque-aniversário veja quando você pode sacar
Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que o acordo existente “desempenhou papel importante na cooperação econômica e comercial entre os dois países”, mas agora precisa de uma atualização para refletir as novas exigências do mercado global.
O texto ressalta que o objetivo é “promover um comércio mais aberto, inclusivo e equilibrado”, além de fortalecer a defesa do sistema multilateral de livre comércio.
O movimento ocorre em um momento em que a economia chinesa busca expandir parcerias fora do eixo asiático, enquanto a Suíça tenta diversificar seus parceiros comerciais diante das incertezas da União Europeia e das pressões regulatórias internacionais.
Contexto geopolítico e interesses estratégicos
O avanço nas negociações entre Suíça e China ocorre em meio a um cenário global de tensões comerciais.
O governo chinês tem enfrentado barreiras tarifárias impostas por Estados Unidos e União Europeia, especialmente em setores como veículos elétricos, tecnologia e semicondutores.
Nesse contexto, acordos bilaterais como o proposto com a Suíça tornam-se instrumentos estratégicos para ampliar o acesso de Pequim a mercados estáveis e tecnologicamente avançados.
Para Berna, a modernização do tratado representa uma oportunidade de preservar a competitividade das exportações suíças e garantir um canal de diálogo direto com a segunda maior economia do mundo.
A China é hoje o terceiro maior parceiro comercial da Suíça, atrás apenas da União Europeia e dos Estados Unidos, com destaque para o comércio de produtos farmacêuticos, relógios, equipamentos de precisão e bens de luxo.
Perspectivas econômicas e expectativas para 2026
Desde a entrada em vigor do acordo original, o comércio bilateral entre os dois países cresceu de forma consistente, superando a marca de dezenas de bilhões de dólares anuais em intercâmbio.
A expectativa é que o novo acordo incorpore cláusulas voltadas à digitalização, sustentabilidade ambiental e inovação tecnológica, refletindo as prioridades da economia contemporânea.
Autoridades suíças esperam que o tratado atualizado entre em vigor até 2026, após a conclusão das etapas técnicas e jurídicas.
Para o governo chinês, a modernização é vista como um símbolo de cooperação pragmática e previsível com parceiros europeus, em um momento em que as relações comerciais globais sofrem com protecionismo e disputas por hegemonia tecnológica.
Cooperação econômica em foco
A retomada das negociações reforça a disposição de ambos os países em defender as regras do livre comércio e impulsionar a globalização econômica de forma equilibrada e benéfica para ambos os lados.
O diálogo diplomático entre Cassis e Wang Yi também incluiu temas relacionados à estabilidade internacional, ao papel das empresas chinesas na Europa e ao fortalecimento da inovação conjunta em setores estratégicos.
“Estamos satisfeitos que as discussões estejam avançando de forma construtiva e esperamos concluir esse trabalho em breve”, declarou Cassis, destacando a importância da China como parceira comercial essencial para a economia suíça.
Você acredita que a aproximação entre Suíça e China pode influenciar novos acordos entre países europeus e asiáticos? Esse tipo de parceria fortalece o comércio global ou aumenta a dependência econômica em relação à China? Deixe sua opinião nos comentários queremos saber como você enxerga esse movimento internacional.