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Submarino ‘Tamoio’ (S-31), o primeiro a ser construído no Brasil, acaba de ser desativado pela Marinha

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 16/09/2023 às 20:14
Atualizado em 18/09/2023 às 09:32
Submarino ‘Tamoio’ – S-31, o primeiro a ser construído no Brasil, acaba de ser desativado pela Marinha
Foto: Governo Federal

A Marinha do Brasil está desativando o Submarino ‘Tamoio’ (S-31), o terceiro da classe tupi a ser desativado. A desativação tem como objetivo renovar a frota com novos modelos.

A Marinha do Brasil está dando adeus aos seus submarinos mais antigos, da classe Tupi. Depois dos Tapajós e do Timbira, chegou a vez do Submarino ‘Tamoio’ (S-31), o terceiro a ser descomissionado. O modelo será desativado, desarmado e ficará sob a guarda do Comando da  Força de Submarinos até a destinação definitiva. 

‘Tamoio’ (S-31) da Marinha do Brasil pode transportar até 33 tripulantes

É muito provável que a Marinha comece o processo de venda do casco, o que deve ser iniciado com abertura de licitação. É importante destacar que o Submarino ‘Tamoio’ (S-31) foi incorporado em 1994, pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, com base em projetos da Alemanha.

O modelo atua com 4 motores a diesel e quatro geradores elétricos. Desta forma, possuía capacidade para descer a uma profundidade de 250 metros e transportar 33 tripulantes por até 50 dias submerso. Na superfície, o submarino alcançava a velocidade máxima de 20,4 km/h. Debaixo d’água, a velocidade máxima é um pouco maior, de 39,8 km/h.

O Submarino ‘Tamoio’ – S31 marcou uma realização nacional nos anos 90, a incorporação do primeiro submarino desenvolvido no Brasil, pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ). O Tamoio da Marinha do Brasil também será sempre lembrado pela grande façanha de ter afundado o porta-aviões espanhol Príncipe de Astúrias, durante a Operação Linked Seas em 1997 com a OTAN, ao largo de Portugal, entrando na bolha de proteção de navios escola e aeronaves.

O Submarino ‘Tamoio’ S-31 foi o terceiro navio e segundo submarino a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao povo indígena Tamoio. O modelo teve sua quilha batida em 15 de julho de 1986, sendo lançado ao mar em 18 de novembro de 1996 no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) tendo como madrinha a Sra. Tatiana de Faro Orlando, neta do primeiro Comandante do primeiro Submarino Tamoyo. A cerimônia, na época, foi presidida pelo Presidente da República Itamar Franco.

Marinha do Brasil está renovando sua frota com navios franceses

O primeiro Comandante do Submarino ‘Tamoio’ S-31 foi o Capitão de Fragata Flávio de Moraes Leme e seu atual Comandante é o Capitão de Fragata Marcio Claudio Bomfim Oliveira. Atualmente, a Marinha está renovando sua frota com os navios franceses da Classe Scorpene, que estão sendo desenvolvidos na NUCLEP e no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro. 

Submarino ‘Tamoio’ S-31

Dois dos quatro submarinos encomendados, o Humaitá, que já foi incorporado, e o Riachuelo, que termina a fase de teste de mergulho, estão prontos. Outros dois estão ainda sendo desenvolvidos: o Tonelero e Angostura. Em seguida, será a vez do primeiro submarino nuclear Brasileiro, que receberá o nome de Almirante Álvaro Alberto.

Qual a vida útil de um submarino?

A quantidade e profundidade dos mergulhos de um submarino ao longo do tempo também têm uma influência importante sobre sua vida útil, especialmente em relação à fadiga do casco resistente. A fadiga do casco acontece devido ao ciclo de carga repetitiva que o submarino experimenta durante os mergulhos e ressurgências.

Submarinos são desenvolvidos para operar em várias profundidades. Mergulhos mais profundos submetem o casco a pressões maiores. Quanto maior a profundidade, maior o estresse sobre o casco. Isso pode levar a uma fadiga mais rápida dos materiais do casco.

O número de mergulhos que um submarino faz ao longo de sua vida útil desempenha um papel essencial. Cada mergulho e ressurgência coloca o casco sob estresse, mesmo que não seja tão intenso quanto um mergulho profundo. Desta forma, submarinos que realizem um grande número de mergulhos estão sujeitos a uma fadiga mais rápida.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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