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Stellantis, dona da Fiat e Jeep, paga R$3 mil em veículos avaliados em R$30 mil e transforma sucata em lucro milionário com revenda de peças

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 28/08/2025 às 18:35
Stellantis, dona da Fiat e Jeep, compra lotes inteiros em Minas Gerais, desmonta carros avaliados em R$30 mil e levanta temor entre pequenos empresários
Stellantis, dona da Fiat e Jeep, compra lotes inteiros em Minas Gerais, desmonta carros avaliados em R$30 mil e levanta temor entre pequenos empresários
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Leilões do Detran revelam que a Stellantis, dona da Fiat e Jeep, está comprando carros classificados como sucata para desmontar e revender peças no Brasil.

A Stellantis, dona da Fiat e Jeep, surpreendeu o setor automotivo ao entrar em um mercado pouco conhecido do grande público: o de veículos classificados como sucata. A gigante que também controla Peugeot, Citroën e Ram passou a disputar em leilões carros e picapes que não podem mais circular legalmente, desmontando-os para revenda de peças no mercado de usados.

Essa movimentação muda a dinâmica de um setor que sempre foi dominado por pequenos desmontes e oficinas locais, que agora enfrentam um concorrente de peso. Em leilões realizados em Minas Gerais, como o do Detran de João Monlevade, veículos avaliados em até R$ 30 mil acabam arrematados por valores iniciais de R$ 2 mil a R$ 3 mil, apenas para serem desmontados.

Como funciona o mercado de sucatas

Nos leilões do Detran, carros, motos, caminhões e picapes são classificados como “sucata” por questões burocráticas e legais. Isso pode acontecer por adulteração em motor ou chassi, irregularidades de documentação ou pelo simples fato de terem origem em outro estado.

A lei proíbe que esses veículos retornem às ruas. Apenas empresas credenciadas no Detran e registradas no CNAE específico para desmonte automotivo podem participar. É nesse espaço que a Stellantis, dona da Fiat e Jeep, passou a atuar, adquirindo lotes inteiros de carros para abastecer o mercado de peças de reposição.

O impacto para os pequenos desmontes

Antes, esse mercado era restrito a empresários locais, que faziam do desmonte uma fonte de renda regional. Agora, a presença de uma multinacional como a Stellantis levanta preocupações sobre a sobrevivência desses negócios menores.

Com capital, logística e estrutura industrial, a empresa consegue desmontar não apenas os veículos adquiridos em leilões, mas também carros novos usados em testes internos de fábrica. Cada item, desde pneus até motores, faróis e acessórios, passa a ser uma fonte de lucro adicional para a companhia.

Por que a Stellantis decidiu entrar nesse setor

Para a Stellantis, dona da Fiat e Jeep, a estratégia faz parte de um movimento global de valorização da economia circular. Ao invés de descartar carros considerados inservíveis, a empresa transforma o que seria “refugo” em fonte de receita.

Além disso, a revenda de peças usadas ou recondicionadas atende à crescente demanda por alternativas mais baratas em um país onde o custo de manutenção veicular subiu nos últimos anos. Para muitos consumidores, peças de sucata representam uma solução mais acessível do que comprar componentes novos.

O futuro do setor de peças usadas

Com a entrada de uma gigante como a Stellantis, o mercado de peças automotivas usadas pode passar por uma reestruturação. Pequenos desmontes temem perder espaço, enquanto especialistas avaliam que o consumidor final pode ser beneficiado pela maior oferta de peças com garantia de procedência.

Por outro lado, a concentração desse setor em grandes empresas pode reduzir a autonomia dos negócios locais e afetar milhares de trabalhadores que dependem da atividade. O debate agora gira em torno de como equilibrar a competição entre multinacionais e pequenos empresários.

A decisão da Stellantis, dona da Fiat e Jeep, de disputar carros classificados como sucata em leilões oficiais mostra como até os “refugos” do mercado automotivo podem se transformar em fonte de receita milionária. O movimento traz novos desafios para desmontes regionais e reforça o peso das montadoras em áreas até então dominadas por negócios familiares.

E você, o que pensa sobre isso? A entrada da Stellantis no mercado de sucatas fortalece o consumidor ou ameaça os pequenos empresários? Deixe sua opinião nos comentários — sua visão pode enriquecer esse debate.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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