Starlink reduz plano residencial de US$ 120 para US$ 99 e mira áreas rurais, tentando conter avanço de rivais como Amazon e OneWeb.
A Starlink, empresa de Elon Musk, lançou uma estratégia ousada para conquistar assinantes na América rural. O plano residencial, que custava US$ 120 por mês, passou para US$ 99.
A queda é expressiva e tem como meta aumentar a base de clientes. No entanto, a decisão ocorre em um momento de forte pressão, com a disputa pela internet via satélite prestes a se intensificar.
A redução levanta a questão: será suficiente para atrair novos usuários? A Starlink, que revolucionou o acesso em áreas isoladas, enfrenta críticas recorrentes.
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Clientes reclamam de velocidades baixas, conexões instáveis e congestionamento nos horários de pico. Problemas vão desde obstáculos físicos até falhas no equipamento.
Um estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia apontou limitações de capacidade. Segundo a pesquisa, cada satélite suporta poucas residências antes que a velocidade caia abaixo do padrão exigido pela FCC. Por isso, há dúvidas sobre se o desconto compensará essas limitações.
Pressão da concorrência
O corte de preços busca criar uma barreira contra rivais em crescimento. O Projeto Kuiper, da Amazon, é o mais ambicioso. Comandado por Jeff Bezos, planeja lançar mais de 3.000 satélites e iniciar operações globais em 2025. Viasat e HughesNet, veteranas do setor, apostam em redes híbridas para melhorar desempenho.
A China também avança com o Projeto Hongyun, apoiado pelo governo, que prevê uma constelação de mais de 12.000 satélites. Além disso, empresas como a britânica OneWeb e a canadense Telesat disputam nichos específicos, como aviação e serviços governamentais.
Condições e limitações
Os novos valores da Starlink não estão disponíveis em todos os lugares. O plano Residencial de US$ 99 e o Lite de US$ 65 destinam-se a regiões com capacidade ociosa na rede, geralmente fora dos grandes centros urbanos. Nessas áreas, o tráfego já é alto e não há espaço para novos usuários.
Os descontos se concentram em estados que vão do Texas à Dakota do Norte e do Maine ao Oregon. Em algumas localidades, a empresa também cortou pela metade o preço da antena parabólica, de US$ 350 para US$ 175. No entanto, há restrições: a tarifa promocional vale apenas por um ano e pode subir caso o cliente mude de plano ou tenha interrupções no serviço.
Um mercado em disputa
O cenário indica que a guerra pela internet via satélite está no início. Para os consumidores, a disputa promete mais opções e tarifas menores. Já para Musk, que liderou o setor praticamente sozinho por anos, o desafio será manter a liderança diante de competidores poderosos.
Com a Amazon se preparando para estrear no segmento, a Starlink precisará mais do que descontos para se defender. A próxima fase dessa batalha vai definir quem terá espaço no mercado global e quem ficará pelo caminho.