O Sol, astro central do nosso sistema solar, segue um ciclo regular que perdura cerca de 11 anos. Desde que os cientistas começaram a monitorar esses ciclos, já testemunhamos 24 deles, e atualmente estamos imersos no 25º.
A transição entre os ciclos 24 e 25 ocorreu em dezembro de 2019. Agora, neste momento, estamos testemunhando o início do máximo solar – o ápice da atividade solar em seu ciclo.
De acordo com uma matéria publicada pelo portal Olhar Digital nesta semana, os especialistas preveem que o ápice será atingido por volta de 2025. Desde o início deste ciclo, os cientistas têm antecipado uma atividade excepcionalmente intensa.
Este ciclo está projetado para ter alguns dos picos mais altos já registrados. No entanto, tem se mostrado mais turbulento do que inicialmente previsto.
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No início de maio, o Sol demonstrou sua agitação com uma série de erupções e explosões em sua superfície, expelindo uma enorme quantidade de massa coronal em direção à Terra.
Este fenômeno é conhecido como tempestade solar. Embora essas erupções sejam eventos comuns, o campo magnético terrestre normalmente nos protege desses eventos.
No entanto, se uma tempestade solar for particularmente forte, a massa coronal pode penetrar no campo magnético da Terra.
Um exemplo notável ocorreu em 1859, quando uma tempestade do tipo poderosa resultou em auroras visíveis em latitudes tropicais e danificou redes elétricas e telegráficas em várias partes do mundo.
Componentes eletrônicos em risco
Um dos principais riscos das tempestades solares intensas é o dano aos componentes eletrônicos, vitais para muitos aspectos da vida moderna.
Essas tempestades podem causar danos em dispositivos eletrônicos no espaço, como satélites, que são mais vulneráveis. Um dos primeiros sinais dessas tempestades é o aumento nas auroras boreais e austrais.
Durante tempestades solares, as auroras podem ser observadas em latitudes mais baixas do que o habitual, afetando comunicações via rádio, redes elétricas e a eficiência dos satélites.
Em resposta à tempestade de maio, algumas rotas de voo foram ajustadas para evitar áreas onde os aviões poderiam ser afetados pelas partículas solares carregadas.
Os cientistas monitoram a atividade solar através das manchas solares, áreas escuras na superfície do Sol que indicam instabilidade magnética e são frequentemente associadas a erupções de massa coronal.
Shawn Dahl, meteorologista espacial do Centro de Previsão do Tempo Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, descreveu a atividade recente do Sol como “clima espacial” em todas as suas formas, desde explosões solares até tempestades de radiação e geomagnéticas.
Embora a tempestade solar de maio tenha sido significativa, não causou grandes transtornos, em parte devido aos avanços na compreensão e prevenção dos impactos do clima espacial.
Dahl enfatizou que as tecnologias modernas estão mais preparadas para lidar com esses eventos, o que ajudou a mitigar os danos potenciais desta tempestade em particular.
Em resumo, apesar da intensidade da atividade solar recente, os especialistas concordam que não há motivo para alarme.
A compreensão e preparação aprimoradas significam que estamos melhor equipados do que nunca para lidar com os desafios que essas tempestades possam apresentar.