Petrobras reduz preço da gasolina, mas Sindicombustíveis denuncia falta de repasse pelas distribuidoras e alerta motoristas.
Petrobras corta preço, mas desconto ainda não chega às bombas
A Petrobras anunciou uma queda de 4,9% no preço da gasolina A para as distribuidoras. Assim, o valor médio passou de R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro.
Porém, segundo o Sindicombustíveis, a redução ainda não chegou ao consumidor. A denúncia foi feita nesta quinta-feira (23) pelo presidente da entidade, Paulo Tavares.
De acordo com ele, as distribuidoras não repassaram o desconto integral anunciado pela estatal.
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Sindicombustíveis cobra repasse real dos preços
Tavares explicou que, pela mistura de 30% de etanol e 70% de gasolina, o preço ao consumidor deveria cair cerca de R$ 0,10 por litro.
No entanto, até agora, a queda foi de apenas R$ 0,04. “As distribuidoras deveriam reduzir R$ 0,10 na gasolina tipo C. Alertamos os consumidores que a redução foi menor e, pior, o diesel e o etanol subiram R$ 0,03”, afirmou.
Além disso, ele criticou o aumento injustificado dos outros combustíveis. “A Petrobras não reajustou o diesel, mas as companhias elevaram o preço sem motivo”, completou.
Redução ainda não beneficia o consumidor
Apesar do anúncio da Petrobras, o desconto não se reflete nas bombas. Ou seja, o motorista continua pagando quase o mesmo valor.
Isso acontece, segundo o Sindicombustíveis, por causa da falta de transparência nas etapas da cadeia de distribuição.
Assim, a redução nos preços do petróleo e gás anunciada pela estatal ainda não se transformou em alívio para o bolso do consumidor.
Petrobras mantém ritmo de quedas em 2025
De acordo com a Petrobras, esta é a segunda redução da gasolina em 2025. Somadas, as quedas chegam a R$ 0,31 por litro, o que representa 10,3% de recuo no ano.
Desde dezembro de 2022, a redução acumulada é de R$ 0,36, equivalente a 22,4%, já considerando a inflação.
Enquanto isso, o diesel permanece estável. A estatal informou que não fez reajuste recente, mas lembrou que desde março realizou três cortes consecutivos.
Com isso, a redução acumulada desde 2022, ajustada pela inflação, chega a 35,9%.
População deve fiscalizar e cobrar repasse
O Sindicombustíveis reforçou que é essencial a fiscalização por parte dos consumidores. Assim, todos podem garantir que a redução realmente chegue às bombas.
“É fundamental que os revendedores e motoristas fiquem atentos. A Petrobras fez a parte dela, mas o repasse precisa acontecer”, alertou Paulo Tavares.
Além disso, ele destacou que a concorrência entre distribuidoras deve ser um fator de pressão para que os preços caiam.
Impacto na economia e pressão sobre o setor de gás e petróleo
A discussão surge em um momento delicado da economia brasileira. Enquanto a Petrobras busca estabilidade nos preços, o Sindicombustíveis exige mais transparência.
Portanto, o desafio é duplo: garantir o repasse e manter o equilíbrio econômico.
Se a queda for repassada corretamente, pode ajudar a conter a inflação, estimular o consumo e aliviar os custos do transporte.
Assim, a redução da Petrobras é um passo importante — mas só terá efeito real quando as distribuidoras fizerem sua parte.


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