A Black Friday 2025 deve acelerar a contratação em massa no varejo on-line brasileiro, com foco em logística, centros de distribuição e operações de última milha, para dar conta do pico de vendas previsto para o fim de novembro.
A Black Friday 2025 impulsiona uma onda estimada de 267 mil vagas temporárias no último trimestre, puxada por plataformas como Shopee, Amazon e Mercado Livre, que ampliaram a malha de CDs, hubs e pontos de coleta para atender tanto o 11.11 quanto o período de Natal, em um cenário de concorrência mais acirrada e consumidores dispostos a gastar mais.
O varejo on-line projeta para a Black Friday 2025 um faturamento de R$ 13,34 bilhões no dia 28, alta de 14,7% sobre o ano anterior, o que exige equipes maiores, turnos extras e reforço operacional para manter prazos e qualidade de entrega. Grandes marketplaces já confirmaram a abertura de milhares de vagas em centros de distribuição, conferência de mercadorias, separação de pedidos e controle de estoque, funções que não exigem experiência prévia e que podem servir de porta de entrada para contratação definitiva.
As projeções do setor apontam que cerca de 267 mil postos serão abertos neste trimestre em comércio e serviços ligados ao e-commerce, com forte concentração em logística. Shopee, Amazon e Mercado Livre aparecem na linha de frente, mas empresas brasileiras de varejo físico com operação digital relevante também estão reforçando quadro, como Americanas e Magazine Luiza.
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Por que o e-commerce está contratando tanto para a Black Friday 2025
A Black Friday 2025 não é mais um evento isolado. Ela está conectada a um calendário de promoções que começa no 11.11 e segue até o Natal.
Esse encadeamento de datas promocionais faz com que as plataformas mantenham o ritmo alto de operação por várias semanas seguidas, sem folga para reorganizar estoques. Quanto maior o volume de pedidos, maior a necessidade de mão de obra para receber, separar, embalar e despachar.
Outro fator é a disputa pela entrega rápida. Plataformas que conseguem entregar no mesmo dia ou no dia seguinte convertem mais vendas. Para sustentar esse diferencial, as empresas ampliaram CDs e hubs logísticos em grandes regiões, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo, onde se concentra o maior volume de pedidos.
Mais instalações significam mais pessoas para operar equipamentos, controlar entrada e saída de produtos e manter o giro.
Onde estão as vagas e quem lidera o movimento
O Mercado Livre lidera a ofensiva de contratação, com cerca de 20 mil vagas abertas para o período, principalmente para reforçar centros de distribuição e garantir a eficiência da malha própria de entregas. A estratégia é manter a experiência de compra em alto nível mesmo com o aumento abrupto de pedidos.
A Amazon planeja contratar 13 mil temporários para Black Friday e Natal, praticamente o dobro do ano anterior, acompanhando a expansão da sua rede de CDs no país, que chegou a 250 unidades. Do total, 8,7 mil vagas estão concentradas entre Rio e São Paulo.
São funções como controle de estoque, conferência de encomendas, separação de mercadorias, emissão de notas fiscais e manutenção de equipamentos, em muitos casos sem exigência de experiência anterior.
A Shopee anunciou 10 mil vagas temporárias e permanentes distribuídas pelos 14 centros de distribuição e pelos cerca de 200 hubs logísticos que vão operar nas três grandes datas de vendas.
A companhia informou que sua capacidade de processamento mais do que dobrou em relação a novembro de 2024 e que a entrega rápida já alcança mais de 75 cidades, o que exige reforço humano para dar vazão ao volume. Ou seja, mesmo com automação, o fator humano segue indispensável.
Papel das varejistas brasileiras
Além dos gigantes internacionais, grandes grupos brasileiros também estão se movimentando. A Americanas abriu 700 postos temporários para reforço dos CDs, com oportunidades para operador logístico, fiscal, assistente e motorista de entrega do e-commerce, além de 4,3 mil vagas para lojas físicas.
Já o Magazine Luiza deve contratar 3 mil temporários, volume 18% maior que o do ano passado, principalmente para movimentação de mercadorias e conferência.
O setor, porém, enfrenta um cenário de desemprego em nível historicamente baixo, o que torna mais difícil encontrar profissionais para atuar de forma imediata.
Para superar o desafio, empresas vêm oferecendo bonificações e prêmios, inclusive viagens, como forma de atrair e reter temporários no período de maior demanda. Em um ambiente de pleno emprego, quem deseja contratar precisa tornar a vaga mais atraente.
Vaga temporária como porta de entrada
Para quem busca colocação, a Black Friday 2025 se apresenta como uma janela concreta de entrada no mercado. Companhias como Magalu e Amazon informam que, historicamente, entre 25% e 30% dos temporários acabam efetivados ou permanecem em banco de talentos para futuras oportunidades.
Ou seja, o contrato por prazo determinado pode virar emprego fixo se o desempenho for acima da média.
As empresas destacam ainda que os temporários recebem capacitação em tecnologias e processos logísticos usados pelos maiores players do e-commerce brasileiro.
Isso aumenta a empregabilidade mesmo após o fim da temporada, já que o profissional passa a dominar rotinas de separação, rastreio, operação de sistemas e padrões de entrega rápida adotados pelo mercado digital.
Especialistas em gestão e varejo apontam que a expansão das vagas temporárias no e-commerce sinaliza um amadurecimento do setor.
A abertura de novos centros de distribuição e a consolidação do consumo digital indicam que o reforço de mão de obra em datas promocionais deve se manter nos próximos anos. Mesmo com automação e uso de inteligência artificial, a operação física de recebimento e despacho ainda depende de gente.
Com o comércio eletrônico ganhando participação nas compras de fim de ano e o consumidor cada vez mais exigente quanto a prazo e qualidade da entrega, a tendência é que Black Friday e Natal continuem funcionando como “testes de estresse” para a logística.
Empresas que conseguirem passar por 2025 sem atrasos e sem queda de serviço fortalecerão sua posição competitiva no mercado brasileiro.



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