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Yamaha Ténéré 700 chega ao Brasil por R$ 72.990 com painel TFT, conectividade e desempenho que exige rotações altas para entregar seus 68,9 cv, mas enfrenta rivais mais baratos e potentes
A Yamaha Ténéré 700 volta ao mercado brasileiro em 2025, após sete anos fora de linha, como o principal lançamento da marca no país. Vendida por R$ 72.990, a bigtrail chega às concessionárias em outubro com a missão de reconquistar o prestígio construído nas décadas de 1980, 1990 e 2000.
Segundo Vinicius Montoia, do g1, o modelo resgata o DNA aventureiro que marcou gerações, mas agora com um pacote tecnológico atualizado. O desafio, no entanto, será enfrentar concorrentes que entregam mais potência por preços menores, como a BMW F 800 GS e a Moto Morini X-Cape.
Motor e desempenho em altas rotações
O coração da Yamaha Ténéré 700 é um motor bicilíndrico de 689 cm³, capaz de gerar 68,9 cv e 6,6 kgfm de torque.
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Apesar de números respeitáveis, o desempenho pleno só aparece a partir das 6.500 rpm, o que exige que o piloto mantenha o giro alto para explorar toda a força do propulsor.
Em baixas rotações, a resposta é lenta, principalmente em retomadas rápidas.
Essa característica é típica das trail, já que o ar percorre um trajeto mais longo até a câmara de combustão.
Ainda assim, em estrada, a moto mantém 120 km/h a cerca de 5.000 rpm, proporcionando conforto em viagens.
Conforto, dimensões e limitações urbanas
Com roda dianteira de 21 polegadas e suspensões de curso longo, a Yamaha Ténéré 700 encara terrenos irregulares com facilidade.
Porém, seus quase 90 cm de altura do assento intimidam pilotos de menor estatura. Diferente da versão europeia, que oferece banco mais baixo, no Brasil só estará disponível uma configuração.
Outro ponto é o peso e as dimensões.
A Ténéré não foi feita para o trânsito urbano intenso: com largura 20 cm maior que a de uma Honda CG 160, ela se mostra desajeitada em corredores e mudanças rápidas de direção.
Para viagens longas, o banco também poderia ser mais confortável, sobretudo para o garupa.
Painel conectado e pacote tecnológico
O painel TFT de 6,3 polegadas é um dos destaques. Ele oferece dois modos de visualização, conexão via Bluetooth, entrada USB-C e até controle de chamadas e músicas direto no guidão.
O modelo vem com iluminação full LED e freios ABS ajustáveis em três modos, permitindo até o desligamento total para uso off-road.
Durante os testes realizados pelo g1, o consumo médio ficou em 19,2 km/l, um desempenho condizente com o segmento.
Esse equilíbrio mostra que, apesar de exigir rotações altas para extrair potência, a moto consegue manter eficiência no dia a dia e em viagens longas.
Preço alto e concorrência acirrada
O grande obstáculo da Yamaha Ténéré 700 é o preço. Custando R$ 72.990, ela supera rivais como a BMW F 800 GS, que oferece 87 cv e 9,1 kgfm de torque por R$ 69.990, e a Moto Morini X-Cape, disponível a partir de R$ 47.990.
A diferença de valores é significativa e pode limitar o alcance da Yamaha, mesmo entre fãs da linha.
Para atrair clientes, a marca aposta no histórico de confiabilidade, no pacote tecnológico atualizado e na garantia de quatro anos, acima da média do mercado.
Ainda assim, a equação custo-benefício pode afastar parte do público que fez da Ténéré um sucesso no passado.
A Yamaha Ténéré 700 honra o legado da família Ténéré, trazendo mais tecnologia, segurança e um motor bicilíndrico que diminui vibrações em altas rotações.
Porém, a falta de uma versão com assento mais baixo e o preço elevado deixam dúvidas sobre sua capacidade de repetir o sucesso das gerações anteriores.
Você acha que a Yamaha Ténéré 700 vale os R$ 72.990 pedidos no Brasil? Ou a concorrência mais barata e potente deve conquistar os novos aventureiros? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive essa escolha na prática.
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