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Senado decide quarta-feira novas regras da reforma tributária que vão mudar cobrança de impostos em todo o consumo

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 21/09/2025 às 10:34
Senado vota PLP 108/2024, que cria comitê gestor e define novas regras da reforma tributária, mudando a cobrança do IBS e da CBS em 2026.
Senado vota PLP 108/2024, que cria comitê gestor e define novas regras da reforma tributária, mudando a cobrança do IBS e da CBS em 2026.
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Parlamentares votam projeto que cria comitê gestor e define como será a cobrança dos novos impostos de consumo, consolidando as novas regras da reforma tributária que entram em fase de testes em 2026

O Senado se prepara para uma votação considerada decisiva: na próxima quarta-feira, os parlamentares devem analisar a segunda parte da regulamentação da reforma tributária. A expectativa é que o plenário decida sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2024, que estabelece as novas regras da reforma tributária voltadas para a cobrança e a distribuição de impostos sobre o consumo.

Segundo o Jornal de Brasília, o texto cria um Comitê Gestor responsável por administrar o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que substituirá tributos estaduais e municipais, e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência federal. Esses dois impostos vão se tornar a espinha dorsal da tributação sobre o consumo a partir de 2027, com uma fase de transição já prevista para 2026.

O que está em jogo no Senado

A proposta que será apreciada pelos senadores define como União, estados e municípios vão compartilhar a arrecadação dos novos tributos.

A criação do Comitê Gestor é apontada como um passo crucial para garantir equilíbrio federativo e reduzir disputas judiciais entre entes.

A centralização da gestão promete simplificar a cobrança, mas também desperta receios sobre perda de autonomia dos estados.

O Jornal de Brasília destaca que a aprovação do PLP 108/2024 não encerra a regulamentação da reforma, mas pavimenta a base estrutural que dará segurança ao sistema.

Caso aprovado, o texto retornará à Câmara dos Deputados para análise final.

Transição e impacto no consumo

As novas regras da reforma tributária serão aplicadas gradualmente.

Em 2026, haverá um período de testes, no qual o IBS e a CBS serão cobrados em caráter experimental.

A partir de 2027, o novo modelo passa a vigorar de forma plena, substituindo o atual sistema de tributos fragmentados sobre o consumo.

Especialistas apontam que a unificação tende a simplificar a vida do contribuinte e reduzir a chamada guerra fiscal.

No entanto, também há dúvidas sobre como setores específicos da economia, como serviços e comércio eletrônico, vão se adaptar às novas alíquotas e regras de repasse.

Paralelo com o tarifaço

Antes de enfrentar a votação da quarta-feira, os senadores devem analisar na terça-feira o PLP 168/2025, que busca viabilizar medidas de socorro a empresas impactadas pelo recente tarifaço dos Estados Unidos.

Embora seja uma pauta distinta, a proximidade entre os dois projetos coloca em evidência o peso econômico das deliberações da semana.

De acordo com o Jornal de Brasília, o texto sobre o tarifaço prevê até R$ 5 bilhões em renúncias fiscais pelo programa Reintegra e autoriza a União a reforçar fundos garantidores com até R$ 4,5 bilhões.

Esse contexto mostra como as decisões do Senado nesta semana terão efeitos diretos tanto no curto quanto no longo prazo da política econômica nacional.

Expectativa do governo e próximos passos

O governo federal aposta na aprovação das novas regras da reforma tributária como sinal de estabilidade e modernização do sistema tributário.

Ao mesmo tempo, enfrenta pressões de setores que temem aumento de carga tributária ou perda de competitividade.

Segundo o Jornal de Brasília, caso o projeto avance, a fase seguinte será a implementação do Comitê Gestor, que deverá estruturar sistemas de arrecadação unificados e preparar a fase de transição.

A expectativa é que a nova arquitetura tributária seja um dos principais legados econômicos da atual legislatura.

A votação marcada para quarta-feira é mais que uma etapa legislativa: representa a chance de o Brasil dar um passo definitivo rumo a um sistema mais simples e uniforme de cobrança de impostos sobre o consumo.

Se, por um lado, a centralização promete reduzir a burocracia, por outro, abre discussões sobre autonomia federativa e impactos setoriais.

E você, acredita que as novas regras da reforma tributária vão simplificar de fato a vida dos contribuintes ou teme que tragam novas complexidades e custos escondidos? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem sente esses efeitos no dia a dia.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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