Durante a Semana Internacional do Café 2025, a Epamig apresenta a cultivar arábica ‘Amarelão’, desenvolvida para unir produtividade, sustentabilidade e resistência, fortalecendo a cafeicultura brasileira com tecnologia e inovação
A Semana Internacional do Café 2025 marca um momento histórico para a cafeicultura brasileira com o lançamento da nova cultivar de café arábica “MGS Epamig Amarelão”, segundo uma matéria publicada.
Desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Embrapa Café, a novidade é resultado de mais de 40 anos de pesquisas dedicadas a aprimorar o desempenho do grão em diferentes sistemas e condições de cultivo.
O destaque vai para sua alta produtividade, resistência a doenças e excelente qualidade de bebida, características que prometem transformar a rotina de produtores em várias regiões do país.
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Cultivar arábica resistente à seca e ideal para sistemas de produção sustentáveis
A “Amarelão” nasce como símbolo de inovação em sustentabilidade e eficiência produtiva.
O cruzamento entre as variedades Catuaí Amarelo IAC 30 e o Híbrido de Timor UFV 445-46 resultou em uma planta de porte baixo, com maturação precoce e uniforme, que alcança o ponto ideal de colheita entre 30 e 40 dias antes das cultivares Catuaí tradicionais.
Essa precocidade traz vantagens logísticas e econômicas, reduzindo riscos climáticos e custos operacionais.
Durante os ensaios conduzidos pela Epamig, a nova cultivar apresentou produtividade média de 51 sacas por hectare, tanto em áreas irrigadas quanto em sistemas de sequeiro.
Outro diferencial é a resistência à ferrugem-do-cafeeiro e ao nematoide das galhas, além da alta tolerância à seca, atributos essenciais em tempos de variações climáticas intensas.
Essas características tornam o “Amarelão” especialmente indicado para regiões com déficit hídrico e para o cultivo orgânico, que requer menor uso de defensivos químicos, alinhando-se à agenda de sustentabilidade promovida pela Semana Internacional do Café 2025.
Produtividade, qualidade da bebida e valorização do pequeno produtor
O impacto da nova cultivar já é percebido por cafeicultores mineiros. Na Fazenda Canaã, em Água Boa, o produtor Ismair Campos afirma que a chegada do “Amarelão” transformou a dinâmica da propriedade.
Segundo ele, a cultivar garantiu viabilidade ao cultivo de café arábica na região, reduzindo perdas provocadas por doenças e melhorando a qualidade final do produto.
Embora não apresente resistência específica à Phoma, a variedade mostrou excelente desempenho em locais com alta incidência da doença, fortalecendo a resiliência das lavouras.
Os frutos amarelos, de fácil desprendimento, favorecem tanto a colheita manual quanto os sistemas mecanizados e semimecanizados, otimizando o tempo de trabalho e diminuindo o desperdício.
A combinação de qualidade de bebida e praticidade no manejo amplia o potencial de valorização do café brasileiro no mercado interno e externo, em sintonia com as metas de inovação e competitividade discutidas durante a Semana Internacional do Café 2025.
Pesquisa, tecnologia e novos caminhos para a cafeicultura brasileira
O desenvolvimento da “Amarelão” contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), do CNPq e do Consórcio Pesquisa Café, reforçando o papel da ciência no avanço do agronegócio nacional.
A Epamig já anunciou que as sementes da cultivar estarão disponíveis em breve nas unidades regionais da empresa, acompanhadas de orientações técnicas sobre plantio e manejo.
Entre os dias 5 e 7 de novembro, das 10h às 19h, o público poderá conhecer de perto essa e outras inovações no Expominas, em Belo Horizonte, durante a Semana Internacional do Café 2025.
No estande institucional do Governo de Minas e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG), pesquisadores da Epamig apresentarão métodos de preparo de café e promoverão plantões técnicos.
Ainda no dia 5, às 15h, na Semana Internacional do Café 2025, será lançado o livro “Café Arábica: Tecnologias de Produção”, parte da série Pesquisa Agropecuária Epamig, consolidando décadas de conhecimento aplicadas à cafeicultura sustentável e inovadora.



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