Com uso de armadilhas inteligentes, câmeras e iscas fermentadas, produtores rurais nos EUA contêm a superpopulação de javalis — enquanto no Brasil técnicas de escavação ganham força para controlar a mesma ameaça.
Nos Estados Unidos, agricultores vêm utilizando um método legalizado e tecnológico para capturar javalis selvagens em grande escala. Com armadilhas automáticas, monitoramento por câmeras e iscas como milho fermentado, milhões de animais são contidos todos os anos. A estratégia, considerada eficaz e segura, vem sendo replicada de maneira adaptada também no Brasil, onde produtores utilizam escavações no solo para combater a praga.
A invasão de javalis é um problema crescente nas Américas. Introduzidos no continente no século XV, esses animais se espalharam por 39 estados dos EUA, atingindo uma população estimada de 8,3 milhões até 2023. Considerados uma das cem espécies invasoras mais danosas do país, os javalis causam destruição de plantações, transmissão de doenças a suínos e até ataques a seres humanos. Os prejuízos econômicos ultrapassam US$ 2,5 bilhões por ano.
O método americano consiste em três fases principais: a pré-isca, o monitoramento remoto e a ativação da armadilha. Inicialmente, milho seco, restos de vegetais e melaço são espalhados em áreas de passagem dos animais. Câmeras com sensores são posicionadas para acompanhar a frequência e o comportamento dos javalis sem intervenção humana direta. Essa etapa dura entre uma e duas semanas e visa habituar o grupo ao local.
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Tecnologia e estratégia no campo substituem métodos tradicionais de caça com alta eficiência
Após a fase de habituação, é instalada uma armadilha automática com capacidade para conter grupos inteiros — em média até 50 javalis. O disparo é feito remotamente via celular ou computador, permitindo capturas sincronizadas e sem alarde. As estruturas, com paredes de até 1,5 metro, são reforçadas para resistir aos impactos dos animais, que podem pesar mais de 100 kg e alcançar até 40 km/h.
A fase seguinte é o descarte. A maioria dos javalis capturados nos EUA é abatida de forma controlada e encaminhada para processamento em frigoríficos licenciados, como a fazenda Broken Arrow, no Texas, que lida com até 1.700 animais por ano. O uso de luvas e equipamentos de segurança é essencial, já que os javalis são vetores de mais de 30 doenças, incluindo leptospirose e brucelose.
No Brasil, a técnica vem ganhando contornos próprios. Recentemente, agricultores começaram a escavar valas estratégicas nos arredores de plantações, criando barreiras físicas que direcionam os animais a zonas de contenção. Essa abordagem foi tema de um artigo publicado anteriormente aqui no CPG, detalhando como as escavações são combinadas com cercas e armadilhas rudimentares para evitar a destruição de lavouras, especialmente no sul do país.
Escavações no solo ganham adesão no Brasil como alternativa viável de contenção da espécie
As valas brasileiras seguem uma lógica parecida à dos EUA: entender o comportamento dos javalis e induzir seus movimentos. Em áreas onde o uso de armadilhas automatizadas ainda não é viável, o recurso das escavações tem se mostrado uma solução de baixo custo e rápida implementação, especialmente entre pequenos e médios produtores rurais.
A grande diferença entre os dois países está na regulamentação. Enquanto nos EUA a instalação de armadilhas em propriedades privadas não exige autorização do governo, no Brasil a legislação ambiental impõe restrições mais rígidas, exigindo registro e, muitas vezes, licença do Ibama ou da autoridade ambiental estadual para qualquer tipo de manejo ou controle.
Ainda assim, o avanço do problema tem levado autoridades brasileiras a flexibilizar regras e promover campanhas de orientação. Em regiões como Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, onde a presença de javalis é mais intensa, mutirões de contenção têm sido organizados com apoio técnico de entidades públicas e privadas.
As informações foram organizadas a partir de reportagens do canal “Chu Fazenda” e de conteúdos veiculados em portais especializados em fauna invasora e práticas de manejo rural nos EUA e no Brasil.
E você, gostaria de ver essa tecnologia de captura automática sendo usada aqui no Brasil?
Finalmente um método de captura de javalis feito por pessoas civilizadas. Infelizmente nós temos o hábito de copiar as piores coisas dos EUA, mas idéias como essa são afastadas por pessoas com um Q.I. limítrofe. Começaram culpando os javalis, agora dirigem seu ódio para as capivaras.
Os caçadores são maus, caçam com armas em calibres que causam sofrimento aos animais e via de regra desrespeitam as leis ambientais haja vista não existir fiscalização efetiva. O governo inclusive está pensando em proibir a caça de javalis pois claramente ela não deu resultado.
É isso que precisa ser feito, proibir a matança indiscriminada desses pobres animais, capturá-los e dar uma destinação racional para eles.
Repito: a caça não deu resultados, não diminuiu a população de javalis e precisa ser proibida pelo governo federal. Somente a captura sistematizada e inteligente poderá conter a invasão dos javalis que, uma vez abatidos conforme as normas sanitárias, poderão servir como fonte de proteína para a merenda escolar.
Faltou oferecer a sua casa para abrigar estes “pobres animais”.
Que vergonha cara, é uma praga! O bicho é invasor está acabando com nossas lavouras, é como se alguém abrisse sua geladeira sem sua permissão e comer tudo, tem que exterminar esses javalis logo, somos pais que trabalha com agropecuária e agronegócio, se liga!
Captura e faz o que com eles depois, coloca pra adoção? Pelo amor de Deus, o bicho é uma praga!
acho que a pessoa que escreveu essa reportagem até tem boa intenção… mas nunca presenciou o ataque brutal de um javali á um cordeiro , terneiro ou outro **** de pequeno e médio porte… o **** é mastigado vivo… sem falar na devassa de ninhos de aves terrestres ovos e filhotes são consumidos vorazmente, e tem o risco para moradores que tem crianças e animais de estimação, essa foto usada na matéria não corresponde á realidade de um **** selvagem encerrado em uma armadilha, a violência com que tentam romper as estruturas utilizadas é de dar medo. com o passar dos anos eles perderam o medo das pessoas , e isso o torna ainda mais perigoso, conselho… vá para o YouTube.. pesquise sobre ataques á pessoas… minimizar e glamorizar o risco de lidar com esses animais só aumenta a desinformação dos riscos para os leigos.