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Seguradoras já usam a telemetria do seu carro, um aparelho que monitora como você dirige, para oferecer descontos no seguro ou aumentar o preço para motoristas “apressados”

Publicado em 13/10/2025 às 11:25
Seguradoras usam telemetria no carro para ajustar o seguro e premiar o motorista cuidadoso com descontos baseados no risco real.
Seguradoras usam telemetria no carro para ajustar o seguro e premiar o motorista cuidadoso com descontos baseados no risco real.
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Com dispositivos no carro ou app no celular, Seguradoras monitoram direção e recalculam o prêmio conforme o risco real do motorista.

As Seguradoras brasileiras já adotam a telemetria um monitoramento do jeito que você dirige para personalizar o valor do seguro auto. Quem acelera menos, freia com suavidade e respeita limites de velocidade tende a pagar menos; quem dirige de forma arriscada pode ver o preço subir.

O modelo, conhecido como “seguro baseado em uso”, funciona por dispositivo instalado no veículo ou por aplicativo no celular. De acordo com o portal do NSC, os dados coletados viram uma pontuação de comportamento, e, a partir dela, a apólice recebe descontos ou acréscimos que, em geral, variam de 10% a 15% conforme a Seguradora.

Como a telemetria mede seu risco

A telemetria capta informações como velocidade média e picos, acelerações e frenagens bruscas, curvas acentuadas, quilometragem e horários/locais de uso (dirigir de madrugada em vias de alto risco pesa mais).
Esses dados são processados por algoritmos que atribuem uma nota de direção.

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Quanto melhor a nota, maior o potencial de desconto. Frenagens secas, ultrapassagens agressivas e excesso de velocidade reduzem a pontuação, sinalizando maior probabilidade de sinistro.

Importante: há duas formas de captar esses dados. Dispositivo veicular (hardware) instalado no carro, com sensores dedicados; ou app de telemetria no smartphone, que usa GPS e acelerômetros.

Ambos servem para avaliar comportamento, não apenas localizar o carro.

Telemetria não é rastreador e por que isso importa

Rastreador foca em localização e recuperação do veículo em caso de roubo/furto.

Telemetria vai além: observa como você dirige para precificar o risco.
Muitos planos oferecem os dois: rastreador (para segurança e recuperação) + telemetria (para desconto/ajuste de prêmio).

Confundir os conceitos pode levar a expectativas erradas instalar um rastreador não garante, por si só, descontos por boa direção.

Na prática:

  • Telemetria: comportamento (ex.: excesso de velocidade, frenagens, horários).
  • Rastreador: posição do carro (ex.: bloqueio, cercas virtuais, recuperação).

Vantagens para quem dirige bem

Para o motorista prudente, o seguro fica mais “justo”: o preço reflete seu histórico real, e não apenas idade, CEP ou modelo do carro.


Outro ganho é de consciência ao volante. Ver sua própria pontuação e os eventos de risco incentiva melhorias, reduzindo chances de acidente.

Alguns planos permitem acompanhar relatórios semanais, o que ajuda a ajustar hábitos de direção.

Bônus de segurança: quando o pacote inclui rastreador, a chance de recuperar o veículo aumenta, o que também influencia a sinistralidade do contrato ao longo do tempo.

Pontos de atenção: privacidade, regras e variações de preço

Privacidade de dados é a principal preocupação. As Seguradoras devem informar claramente que dados coletam, por que coletam e por quanto tempo armazenam, em linha com boas práticas de proteção de dados.

Transparência e consentimento são vitais.

Outro ponto é a volatilidade de preço: o mesmo sistema que dá desconto pode elevar o prêmio se o comportamento piorar (mais direção noturna, excesso de velocidade, eventos bruscos).

Motoristas “apressados” pagam a conta do risco.

Fique de olho:

  • Política de uso: alguns planos exigem o dispositivo no carro; outros funcionam só via app.
  • Regras de avaliação: como cada variável pesa na nota muda de uma Seguradora para outra.
  • Desconto típico: em torno de 10% a 15%, conforme desempenho e critérios do produto.

Quem está oferecendo no Brasil e como funciona no dia a dia

De acordo com o portal insurtalks, no Brasil, insurtechs e Seguradoras tradicionais já operam com telemetria.

Em modelos via aplicativo, o usuário instala o app, autoriza os sensores e roda um período de avaliação; a pontuação obtida influencia o valor da apólice.

Em ofertas com dispositivo veicular, o cliente agenda a instalação a partir daí, os eventos de condução são captados automaticamente.

Relatórios e painéis no app mostram a evolução da nota e dicas de melhoria (por exemplo, reduzir frenagens bruscas em trechos específicos).

Dica prática: dirigir menos em horários críticos e manter condução suave costuma elevar a nota e proteger seu desconto ao longo do contrato.

O que checar antes de aderir

Antes de contratar, leia as letras miúdas. Busque, no material da Seguradora:

  • Lista de dados coletados (ex.: velocidade, localização, uso do celular ao volante).
  • Critérios de pontuação e faixas de desconto/majoração.
  • Se o rastreador é obrigatório e como isso impacta instalação e custos.
  • Política de cancelamento e o que acontece com seus dados se você encerrar o contrato.

Guarde esta ideia: “preço justo” significa preço coerente com o risco medido.

Se sua direção melhorar, você colhe o benefício e o sistema também protege a carteira de quem dirige bem ao redistribuir custo para perfis mais arriscados.

E você, toparia compartilhar seus dados de direção para pagar menos no seguro? Acha “jogo justo” as Seguradoras cobrarem mais de motoristas “apressados”? Conte sua experiência: o monitoramento mudou sua forma de dirigir ou é um invasor da sua privacidade? Queremos ouvir quem vive isso na prática.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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