Com dispositivos no carro ou app no celular, Seguradoras monitoram direção e recalculam o prêmio conforme o risco real do motorista.
As Seguradoras brasileiras já adotam a telemetria um monitoramento do jeito que você dirige para personalizar o valor do seguro auto. Quem acelera menos, freia com suavidade e respeita limites de velocidade tende a pagar menos; quem dirige de forma arriscada pode ver o preço subir.
O modelo, conhecido como “seguro baseado em uso”, funciona por dispositivo instalado no veículo ou por aplicativo no celular. De acordo com o portal do NSC, os dados coletados viram uma pontuação de comportamento, e, a partir dela, a apólice recebe descontos ou acréscimos que, em geral, variam de 10% a 15% conforme a Seguradora.
Como a telemetria mede seu risco
A telemetria capta informações como velocidade média e picos, acelerações e frenagens bruscas, curvas acentuadas, quilometragem e horários/locais de uso (dirigir de madrugada em vias de alto risco pesa mais).
Esses dados são processados por algoritmos que atribuem uma nota de direção.
-
Toyota Corolla abandona conservadorismo e revela imagem com design radical para próxima geração do sedã campeão de vendas
-
Porsche 911 Turbo S em pré-venda no Brasil: motor híbrido de 711 cv, 0-100 km/h em 2,5 segundos e mais de 300 km/h de pura emoção
-
Trator autônomo movido a hidrogênio feito de esterco promete revolucionar o campo: funciona por controle remoto e elimina o uso de diesel nas fazendas
-
BMW M2 Turbo Design Edition 2026 impressiona com 473 cv, câmbio manual e pintura retrô que faz qualquer purista perder o fôlego
Quanto melhor a nota, maior o potencial de desconto. Frenagens secas, ultrapassagens agressivas e excesso de velocidade reduzem a pontuação, sinalizando maior probabilidade de sinistro.
Importante: há duas formas de captar esses dados. Dispositivo veicular (hardware) instalado no carro, com sensores dedicados; ou app de telemetria no smartphone, que usa GPS e acelerômetros.
Ambos servem para avaliar comportamento, não apenas localizar o carro.
Telemetria não é rastreador e por que isso importa
Rastreador foca em localização e recuperação do veículo em caso de roubo/furto.
Telemetria vai além: observa como você dirige para precificar o risco.
Muitos planos oferecem os dois: rastreador (para segurança e recuperação) + telemetria (para desconto/ajuste de prêmio).
Confundir os conceitos pode levar a expectativas erradas instalar um rastreador não garante, por si só, descontos por boa direção.
Na prática:
- Telemetria: comportamento (ex.: excesso de velocidade, frenagens, horários).
- Rastreador: posição do carro (ex.: bloqueio, cercas virtuais, recuperação).
Vantagens para quem dirige bem
Para o motorista prudente, o seguro fica mais “justo”: o preço reflete seu histórico real, e não apenas idade, CEP ou modelo do carro.
Outro ganho é de consciência ao volante. Ver sua própria pontuação e os eventos de risco incentiva melhorias, reduzindo chances de acidente.
Alguns planos permitem acompanhar relatórios semanais, o que ajuda a ajustar hábitos de direção.
Bônus de segurança: quando o pacote inclui rastreador, a chance de recuperar o veículo aumenta, o que também influencia a sinistralidade do contrato ao longo do tempo.
Pontos de atenção: privacidade, regras e variações de preço
Privacidade de dados é a principal preocupação. As Seguradoras devem informar claramente que dados coletam, por que coletam e por quanto tempo armazenam, em linha com boas práticas de proteção de dados.
Transparência e consentimento são vitais.
Outro ponto é a volatilidade de preço: o mesmo sistema que dá desconto pode elevar o prêmio se o comportamento piorar (mais direção noturna, excesso de velocidade, eventos bruscos).
Motoristas “apressados” pagam a conta do risco.
Fique de olho:
- Política de uso: alguns planos exigem o dispositivo no carro; outros funcionam só via app.
- Regras de avaliação: como cada variável pesa na nota muda de uma Seguradora para outra.
- Desconto típico: em torno de 10% a 15%, conforme desempenho e critérios do produto.
Quem está oferecendo no Brasil e como funciona no dia a dia
De acordo com o portal insurtalks, no Brasil, insurtechs e Seguradoras tradicionais já operam com telemetria.
Em modelos via aplicativo, o usuário instala o app, autoriza os sensores e roda um período de avaliação; a pontuação obtida influencia o valor da apólice.
Em ofertas com dispositivo veicular, o cliente agenda a instalação a partir daí, os eventos de condução são captados automaticamente.
Relatórios e painéis no app mostram a evolução da nota e dicas de melhoria (por exemplo, reduzir frenagens bruscas em trechos específicos).
Dica prática: dirigir menos em horários críticos e manter condução suave costuma elevar a nota e proteger seu desconto ao longo do contrato.
O que checar antes de aderir
Antes de contratar, leia as letras miúdas. Busque, no material da Seguradora:
- Lista de dados coletados (ex.: velocidade, localização, uso do celular ao volante).
- Critérios de pontuação e faixas de desconto/majoração.
- Se o rastreador é obrigatório e como isso impacta instalação e custos.
- Política de cancelamento e o que acontece com seus dados se você encerrar o contrato.
Guarde esta ideia: “preço justo” significa preço coerente com o risco medido.
Se sua direção melhorar, você colhe o benefício e o sistema também protege a carteira de quem dirige bem ao redistribuir custo para perfis mais arriscados.
E você, toparia compartilhar seus dados de direção para pagar menos no seguro? Acha “jogo justo” as Seguradoras cobrarem mais de motoristas “apressados”? Conte sua experiência: o monitoramento mudou sua forma de dirigir ou é um invasor da sua privacidade? Queremos ouvir quem vive isso na prática.