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Segundo sindicato dos empregados da Petrobras, estado de greve contra a privatização foi aprovado pela maioria da categoria petroleira, em assembleias realizadas até 22/12 em todo o Brasil

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 23/12/2021 às 17:21
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Foto: reprodução google

Sindicatos de funcionários da Petrobras se preparam para entrar em greve contra privatização da petroleira

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados, que representam os empregados da Petrobras, irão terminar o ano de 2021 em estado de greve nacional, como forma de protesto contra as intenções do Governo Federal à privatização da Petrobras. De acordo com informações do sindicato, a ampla maioria dos participantes aprovou a adesão à greve contra a privatização em reuniões realizadas em todo o território nacional, até a última quarta-feira, 22 de dezembro.

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Na realidade, isso significa que, se o presidente Jair Bolsonaro levar ao Congresso um projeto de lei para conceder a privatização da Petrobras, os sindicatos iniciarão uma nova greve. E, segundo o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, será uma das mais fortes da história do setor petroleiro, como as ocorridas em 1995 e 2020.

A entidade afirma que, no dia 30 de novembro, a Petrobras concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o fundo Mubadala, por US$ 1,65 bilhão, e que este valor é “cerca de 50% inferior em comparação com os cálculos estimados em estudo do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep)”. Em 2021, também foram fechados contratos de venda da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas, e da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.

“Vamos responder à altura e faremos de tudo para proteger os ativos que ainda pertencem à estatal”, comenta o coordenador da FUP, a respeito da reação de greve sobre possibilidade de privatização da Petrobras.

Em comunicado emitido pela federação, afirmou-se que, segundo o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de março de 2015 até novembro de 2021, a Petrobras cerceou 78 ativos, sendo 70 no Brasil e 8 no exterior.

Deste total de ativos, 76% foram vendidos no decorrer do governo do presidente Jair Bolsonaro, a R$ 152 bilhões. Alguns deles começaram o processo de venda ainda durante o governo anterior, de Michel Temer.

Sobre a Petrobras

Petrobras é uma empresa petrolífera brasileira, cujo acionista majoritário é o Governo Federal. Ela se dedica à exploração, produção, refino, transporte e comercialização de petróleo e seus derivados, além do gás natural. Como o foco principal da empresa é energia, ela funciona em paralelo com pesquisas e desenvolvimento de novas fontes, como o biodiesel.

A privatização da Petrobras tiraria a detenção do Governo Federal sobre a petroleira, abrindo a iniciativa para o capital privado, o que mudaria toda a logística da empresa. Por isso, os funcionários hoje efetivados estão dispostos a realizar a greve como forma de defender os seus interesses.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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