A SBM Offshore avança na concorrência pelos FPSOs do projeto Sergipe Águas Profundas, com propostas de alto valor e novos investimentos bilionários no setor offshore brasileiro
Nesta quarta-feira (15), a SBM Offshore deu um passo decisivo na corrida pelos contratos de construção e operação dos FPSOs do projeto Sergipe Águas Profundas, consolidando-se como líder na licitação promovida pela Petrobrás. Segundo matéria divulgada pela Petronotícias, a empresa holandesa apresentou as melhores propostas financeiras para os dois navios-plataforma, SEAP I e SEAP II.
Projeto Sergipe Águas Profundas: nova fronteira da exploração offshore
O projeto Sergipe Águas Profundas representa uma das maiores apostas da Petrobrás na expansão da produção offshore brasileira. Localizado na Bacia de Sergipe-Alagoas, o empreendimento visa explorar reservas de petróleo em águas profundas, exigindo soluções tecnológicas avançadas e parcerias robustas com empresas especializadas em engenharia naval e operação de unidades flutuantes.
A licitação dos FPSOs SEAP I e SEAP II marca um novo capítulo na exploração offshore nacional, com destaque para o modelo de contratação BOT (Build, Operate and Transfer), que transfere à contratada a responsabilidade pela construção, operação e posterior entrega das unidades à Petrobrás.
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SBM Offshore apresenta propostas vencedoras e se destaca na concorrência
Durante a abertura dos envelopes, a SBM Offshore apresentou os menores preços globais para os dois FPSOs:
- SEAP II: US$ 4,1 bilhões
- SEAP I: US$ 4,3 bilhões
A concorrência contou com outras gigantes do setor, como a indiana Shapoorji e a japonesa Modec. Para o SEAP II, Shapoorji ofereceu US$ 4,3 bilhões, enquanto Modec propôs US$ 5,2 bilhões. Já no SEAP I, a SBM Offshore enfrentou apenas a Shapoorji, que apresentou uma proposta de US$ 4,6 bilhões.
Com preços mais competitivos e histórico de excelência em projetos similares, a SBM Offshore apresentou as propostas mais competitivas até o momento, destacando-se na disputa.
FPSOs: tecnologia essencial para exploração em águas profundas
Os FPSOs (Floating Production Storage and Offloading units) são navios-plataforma capazes de produzir, armazenar e transferir petróleo diretamente no mar.
Eles são fundamentais para projetos como o Sergipe Águas Profundas, onde a distância da costa e a profundidade dos reservatórios tornam inviável a construção de estruturas fixas.
Além disso, os FPSOs permitem maior flexibilidade operacional, redução de custos logísticos e menor impacto ambiental. A adoção do modelo BOT garante que a Petrobrás receba unidades prontas e operacionais, com menor risco de atrasos e sobrecustos.
Modelo BOT e investimentos bilionários: eficiência e segurança
A escolha do modelo Build, Operate and Transfer (BOT) pela Petrobrás reflete uma tendência global de otimização de grandes projetos de infraestrutura. Nesse formato, a empresa contratada assume todas as etapas do projeto — desde o design até a operação inicial — antes de transferir o ativo à estatal.
Esse modelo garante maior previsibilidade financeira e operacional, além de atrair empresas com capacidade técnica e solidez financeira para assumir compromissos de longo prazo. No caso dos FPSOs do Sergipe Águas Profundas, os investimentos bilionários envolvem não apenas a construção das unidades, mas também sua operação por anos antes da transferência definitiva.
SBM Offshore e a confiança da Petrobrás
A SBM Offshore já possui um histórico consolidado de atuação no Brasil, com FPSOs operando em campos como Lula e Mero. A empresa é reconhecida pela entrega de projetos dentro do prazo e com alta eficiência operacional.
A escolha da SBM Offshore reforça a confiança da Petrobrás em parceiros com experiência comprovada, especialmente em projetos complexos e de grande escala. A empresa já opera outros FPSOs no Brasil, como o Cidade de Ilhabela e o Cidade de Maricá, ambos com desempenho acima da média.
Concorrência internacional reforça importância estratégica do projeto
A presença de empresas como Shapoorji e Modec na licitação demonstra o interesse global pelo mercado offshore brasileiro. A Bacia de Sergipe-Alagoas é considerada uma nova fronteira de exploração, com potencial para elevar significativamente a produção nacional de petróleo nos próximos anos.
A vitória da SBM Offshore reforça a liderança da empresa em tecnologia offshore, especialmente em ambientes desafiadores como águas profundas. A expertise da SBM Offshore em engenharia naval e operação de FPSOs é um diferencial competitivo relevante.
Impactos econômicos dos investimentos bilionários da SBM Offshore
Além dos ganhos técnicos e operacionais, o projeto Sergipe Águas Profundas deve gerar impactos positivos na economia local e nacional. Estima-se que a construção e operação dos FPSOs criem milhares de empregos diretos e indiretos, movimentando setores como metalurgia, logística, engenharia e serviços.
Os investimentos bilionários previstos para o projeto devem impulsionar o desenvolvimento regional, especialmente nos estados de Sergipe e Alagoas. A expectativa é que a produção dos FPSOs comece entre 2027 e 2028, com pico de operação previsto para 2030.
Em paralelo à licitação, o Tribunal de Contas da União (TCU) acompanha de perto o processo, garantindo transparência e legalidade. Em julho de 2024, o TCU apontou indícios de favorecimento em outra concorrência relacionada ao projeto, envolvendo a empresa Ocyan.
A atuação do TCU reforça a importância da governança em projetos de grande porte, assegurando que os recursos públicos sejam aplicados com responsabilidade e eficiência.
Perspectivas para o futuro da exploração offshore no Brasil
A liderança da SBM Offshore na disputa pelos contratos dos FPSOs do projeto Sergipe Águas Profundas representa um marco na indústria offshore brasileira. Com propostas competitivas, expertise técnica e compromisso com a excelência, a empresa se posiciona como parceira ideal da Petrobrás para enfrentar os desafios da exploração em águas profundas.
A adoção do modelo BOT e os investimentos bilionários envolvidos reforçam a relevância estratégica do projeto, que promete transformar a produção nacional de petróleo nos próximos anos. Para o Brasil, trata-se de uma oportunidade única de consolidar sua posição como potência energética global, com ganhos econômicos, sociais e tecnológicos duradouros.