Estado registrou R$ 55 milhões em negócios em 2024 e reúne 28 empresas certificadas pelo governo federal, consolidando sua posição no setor de defesa.
Santa Catarina tem surpreendido no cenário nacional ao conquistar a terceira posição em vendas diretas para as Forças Armadas, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. O volume movimentado em 2024 alcançou R$ 55 milhões em produtos e serviços destinados ao Ministério da Defesa, revelando um setor estratégico que ganha cada vez mais relevância na economia catarinense.
De acordo com o portal NSC Total, esse avanço é fruto da articulação entre indústria e governo, com destaque para a atuação do Conselho de Desenvolvimento da Indústria de Defesa (CONDEFESA), órgão da FIESC que aproxima empresas locais das demandas militares.
O resultado é a geração de oportunidades de negócios em áreas de alta tecnologia, inovação e produção diversificada.
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O papel do CONDEFESA e da FIESC
O crescimento da participação catarinense no setor de defesa não ocorreu por acaso. O CONDEFESA, ligado à FIESC, tem como objetivo fortalecer a relação entre empresas e Forças Armadas.
Por meio de seminários, feiras e encontros técnicos, o conselho ajuda a identificar demandas militares e conecta fornecedores regionais com projetos estratégicos.
Esse movimento cria um ambiente favorável para que novas empresas busquem a certificação junto ao governo federal, requisito essencial para participar das compras oficiais.
Hoje, Santa Catarina já conta com 28 companhias habilitadas, que atuam em diferentes ramos produtivos e mostram a diversidade da indústria local.
Produtos catarinenses que chegam ao Exército, Marinha e Aeronáutica
As vendas catarinenses para as Forças Armadas abrangem uma ampla gama de setores.
Químicos e plásticos, tecnologia da informação, têxteis, calçados, alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos estão entre os principais itens negociados.
Além disso, áreas de fármacos, equipamentos de saúde, metalurgia, indústria gráfica e automotiva reforçam o peso da economia do estado.
O portfólio não para por aí: empresas ligadas a madeira e móveis, celulose e papel também se beneficiam da aproximação com o setor militar.
Essa diversificação demonstra a capacidade catarinense de atender tanto demandas de produtos de uso cotidiano quanto projetos de inovação em tecnologia avançada.
Inovação e pesquisa em destaque
A inovação é um dos pilares desse avanço. Em Florianópolis, o Exército promoveu recentemente um seminário nacional de pesquisa, reunindo indústrias e centros de desenvolvimento tecnológico.
O encontro buscou aproximar a indústria das pesquisas em andamento, criando condições para transformar projetos em soluções práticas para o país.
Institutos como o SENAI de Inovação têm apresentado protótipos de robôs e nanossatélites, fortalecendo a imagem de Santa Catarina como polo de alta tecnologia.
Esses projetos ampliam as possibilidades de negócios e elevam o estado a um patamar de referência em inovação aplicada à defesa nacional.
A consolidação de Santa Catarina como terceira força nacional em vendas para as Forças Armadas mostra que o setor de defesa vai muito além do eixo Rio-São Paulo.
O estado une diversificação industrial, inovação e articulação institucional para ocupar um espaço estratégico no país.
Você concorda com essa mudança? Acha que essa nova posição pode transformar o mercado catarinense e gerar impactos para outras regiões do Brasil?
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