Após a crise o mercado se voltou para embarcações que apoiam as manobras de navios, chamados de rebocadores além de investir em reparos no setor naval
A construção naval, viu sua produção e número de funcionários diminuir 60% nos últimos 3 anos. Hoje este setor começa a apresentar retomada nos negócios em Santa Catarina, em 2014 os estaleiros de Navegantes e Itajaí chegaram a ter cerca de 10 mil trabalhadores diretos e indiretos e atualmente estão mudando o ponto de vista da produção e começam a contratar novamente.
Embarcações de apoio às plataformas petrolíferas na área do pré-sal, eram o forte da produção deste setor, porém nos últimos anos 75% dos trabalhadores foram demitidos, por conta da crise na Petrobras e a queda no valor do petróleo. Infelizmente esse efeito cascata, atingiu a maioria das 74 empresas do setor no litoral norte de Santa Catarina, que para sobreviver se viram obrigadas a aventurar-se em novos mares.
De acordo com Juliano de Freitas diretor financeiro da Detroit Brasil, esta situação é um ciclo natural após um período de construções, um reparo naval, a docagem de embarcações, quando se retira da água para realizar verificações periódicas de segurança e de manutenção. Esse é o mercado que estão explorando e tem representado uma parte importante dos trabalhos e receitas no estaleiro.
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Investindo não apenas nos reparos, o mercado se voltou para embarcações que dão apoio as manobras navais, conhecidos como rebocadores. Este mês um dos estaleiros do estado, concedeu o sétimo rebocador para uma multinacional, em um contrato de 220 milhões de reais.
Não podemos afirmar com total certeza que este mar voltou a dar peixes, mas a expectativa do setor é que só daqui a dois anos o mercado sinta os reflexos dessa retomada. Os números ainda não são positivos este ano, pois cerca de 600 funcionários foram demitidos na construção naval em Itajaí e Navegantes, conforme informações do sindicato que os representa.
A retomada nos negócios do setor naval também depende dos leilões de campos de exploração que ainda estão para acontecer, informa Leonardo Campos Freitas, assessor executivo do Sindicato da Construção Naval. Ele declarou também que quanto mais leilões a ANP (Agencia Nacional do Petróleo) realizar, mais empresas irão se interessar além da própria Petrobras, podendo gerar mais empregos para o setor.
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