A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe sua primeira usina de hidrogênio verde capaz de gerar 4,1 Nm3/h do combustível do futuro.
Já está em atividade a primeira usina de hidrogênio verde no Laboratório Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Sapiens Parque, em Florianópolis. O hidrogênio verde é visto como o combustível do futuro, devido à forma sustentável como acontece sua produção, oriundo de uma fonte de energia renovável, sendo um importante precursor da transição energética por ser versátil e não emitir gases de efeito estufa.
Santa Catarina é o único estado que possui marco para tratar da transição energética
O secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett, que esteve presente na inauguração, lembrou que o governador Jorginho Mello anunciou recentemente importantes investimentos na infraestrutura para a mobilidade elétrica e o hidrogênio verde é um item que atua na fronteira do conhecimento do setor elétrico.
Segundo Fett, Santa Catarina é o único estado que possui um marco legal especificamente para tratar da transição energética. Este assunto é prioridade para o governo, que está atuando para o desenvolvimento de um grande programa de transição energética a partir de experiências como a da usina de hidrogênio verde da UFSC, que contribuam para o avanço econômico, social e ambiental de Santa Catarina e do Brasil.
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As parcerias no setor de energia com outros países, principalmente da Alemanha, são essenciais no processo de transição energética. Segundo o professor Ricardo Ruther, coordenador do Laboratório que possui um histórico de pioneirismo na geração de energia solar, as parcerias com empresas completam o modelo de financiamento da pesquisa científica e tecnológica feita no laboratório e a formação de recursos humanos qualificados. A vitrine tecnológica e o desenvolvimento tecnológico e científico são as principais atividades feitas neste espaço.
Detalhes sobre a usina de hidrogênio verde da UFSC
A usina tem o potencial máximo de geração de 4,1 Nm3/h de hidrogênio verde e produção máxima de 1 kg/h de amônia. A produção diária da usina de hidrogênio verde da UFSC dependerá da irradiação solar e, consequentemente, da geração fotovoltaica de cada dia.
Tanto a amônia quanto o hidrogênio verde possuem um papel essencial na descarbonização da Amazônia, visto que são produzidos de forma sustentável, alinhados com as expectativas mundiais de produção e geração de energia.
O espaço inaugurado em Santa Catarina conta com laboratórios nos pavimentos inferiores, salas de aula e de pesquisadores no pavimentos superiores e estação solarimétrica no terraço, onde é possível medir os parâmetros solares.
Além disso, os painéis solares são o próprio telhado e revestimento das paredes, diferente dos outros dois blocos do laboratório da UFSC, onde foram instalados sobre o telhado. Há, inclusive, um mirante no topo do prédio para visualização dos equipamentos.
Usina de hidrogênio verde utiliza tecnologia pioneira
A cerimônia de inauguração contou com a presença de representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), da ministra conselheira e chefe sustentável, Petra Schmidt, e representantes da Deutsche Gesellschaft fur Internationale Zusammenarbeit (GIZ), empresa da Alemanha que implementa os projetos da Cooperação no Brasil. Fábio Wagner Pinto, presidente da Fapesc, e Tarcísio Rosa, presidente da Celesc, também participaram do ato.
O professor Ruther explica que o hidrogênio verde é aquele obtido com o uso de uma fonte renovável de energia, no processo de eletrólise da água que o separa do oxigênio naquela molécula. Segundo o professor, é possível usar o hidrogênio para fazer várias coisas, desde utilizá-lo em uma célula de combustível como transformá-lo em eletricidade. Os foguetes, por exemplo, são todos movidos a hidrogênio.