Mesmo com sanções, mais de 39 mil carros ocidentais chegaram à Rússia em 2025. Ranking revela avanço chinês e brechas nas restrições
Russos seguem comprando carros ocidentais apesar das sanções
As potências ocidentais impuseram sanções para isolar a Rússia. Elas buscavam reduzir o acesso da população a bens de prestígio. No entanto, o efeito se mostrou limitado.
Em 2025, os russos compraram mais de 39 mil carros ocidentais. A Diretoria de Segurança no Trânsito da Rússia (GIBDD) divulgou os números. Assim, as restrições não impediram o consumo.
Mercado dominado por chineses, mas com brechas
As montadoras ocidentais deixaram a Rússia. As marcas chinesas e russas ocuparam o espaço. A China ampliou sua participação de 7% em 2021 para 56% em 2025. Já as fabricantes nacionais responderam por 34% das vendas.
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Mesmo assim, carros ocidentais mantiveram cerca de 10% do mercado. Importações paralelas garantiram esse resultado. Portanto, comerciantes e consumidores exploraram rapidamente as brechas.
Ranking de carros em 2025
O ranking de carros vendidos mostra a força dos chineses e a resiliência dos ocidentais. A Lada liderou, mas Haval, Chery e Geely ocuparam posições de destaque.
- Lada (Rússia) – 162.791 unidades
- Haval (China) – 63.929
- Chery (China) – 55.250
- Geely (China) – 35.578
- Changan (China) – 30.017
- Solaris (Coreia) – 10.480
- Toyota (Japão) – 7.780
- BMW (Alemanha) – 5.278
- Mercedes (Alemanha) – 4.022
Dessa forma, mesmo sem produção local, marcas tradicionais continuaram presentes.
Solaris e as fábricas reaproveitadas
Uma estratégia peculiar foi adotada pela Solaris. A antiga fábrica da Hyundai, em São Petersburgo, foi adquirida pela empresa russa. Ali, veículos Hyundai e Kia passaram a ser montados sem licença.
Os modelos ganharam novos nomes, como Solaris HC (Hyundai Creta) e Solaris KR (Kia Rio). Assim, o consumo continuou, mesmo em cenário de sanções.
Importações paralelas sustentam mercado
O mecanismo mais usado foi a importação paralela. Carros foram comprados por pessoas físicas e empresas em países da Ásia Central. O Cazaquistão tornou-se centro logístico importante.
Dessa maneira, veículos de luxo, como BMW, Mercedes e Toyota, continuaram a chegar. Logo, as restrições mostraram-se pouco eficazes.
Sanções em xeque
Os números confirmaram a fragilidade das medidas. Como destacou o relatório do GIBDD:
“No primeiro semestre de 2025, 39.000 carros de marcas ocidentais foram vendidos na Rússia, apesar das sanções. Mais uma prova de como elas têm sido ineficazes.”
Portanto, o impacto foi parcial. As marcas chinesas venceram em participação. Contudo, os ocidentais não desapareceram.