Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
3 min de leitura
0 comentários
Com o projeto meOHmare, a Rolls-Royce cria o primeiro motor marítimo de alta velocidade movido 100% a metanol, prometendo propulsão limpa, menor emissão de poluentes e o fim da dependência do diesel nos mares
A Rolls-Royce anunciou um avanço histórico na indústria naval ao apresentar o primeiro motor marítimo de alta velocidade do mundo projetado para operar exclusivamente com metanol puro.
A empresa está substituindo o tradicional diesel por esse combustível alternativo, conhecido como “álcool de madeira”, em busca de um sistema de propulsão potencialmente neutro em carbono.
O desafio de abandonar o diesel
Atualmente, o transporte marítimo representa cerca de 90% de todo o tráfego comercial mundial, e quase a totalidade dessa frota utiliza motores a diesel.
-
Como uma batida na cabeça pode reativar vírus adormecidos e aumentar o risco de Alzheimer, segundo estudo de Tufts e Oxford
-
Um novo planeta misterioso acaba de entrar em cena: conheça o gêmeo da Terra
-
iOS 26.2 Beta chega nesta semana com novos testes e promete transformar o iPhone: veja o que esperar
-
Mistério resolvido após 500 milhões de anos: cientistas explicam a anomalia magnética que fez a Terra parecer girar fora de controle no período Ediacarano
Essa dependência faz com que o setor seja responsável por 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, 13% dos óxidos de enxofre e até 30% dos óxidos de nitrogênio.
Apesar dos impactos ambientais, o diesel ainda é amplamente utilizado porque combina baixo custo, alta densidade energética, disponibilidade global e baixo risco de incêndio.
Além disso, os motores a diesel se destacam por sua eficiência térmica, potência, confiabilidade e manutenção simples. Esses fatores criam uma barreira alta para qualquer combustível alternativo que busque competir com ele.
O projeto meOHmare e o metanol como solução
A Rolls-Royce aceitou esse desafio com o projeto meOHmare, desenvolvido em parceria com a Woodward L’Orange e o centro de pesquisa e tecnologia WTZ Roßlau.
O objetivo é criar um motor marítimo prático movido a metanol puro, com o primeiro protótipo previsto ainda para este ano. A empresa acredita que esse motor pode se tornar o núcleo de um ciclo de energia verdadeiramente neutro em carbono, no qual o metanol seria produzido a partir de fontes renováveis.
O metanol se destaca por oferecer emissões significativamente menores de óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio e partículas de fuligem.
Além disso, é biodegradável e de fácil armazenamento. Contudo, seu uso exige mudanças profundas no design do motor, já que o metanol não se inflama espontaneamente em altas temperaturas como o diesel.
Reformulação dos motores e inovação técnica
Para superar esses obstáculos, os engenheiros da Rolls-Royce precisaram reformular elementos fundamentais do sistema, incluindo o processo de combustão, os sistemas de turbocompressão e o controle do motor.
Um dos desafios mais complexos está na baixa capacidade de autolubrificação do metanol, que obriga a repensar os sistemas de injeção de ultra-alta pressão típicos dos motores a diesel.
Embora os detalhes do protótipo ainda não tenham sido divulgados, a empresa indica que o novo motor poderá derivar de uma plataforma de alta velocidade já existente, como a série mtu 4000, adaptada para funcionar de forma bicombustível durante a transição para a infraestrutura completa de metanol.
Um feito inédito no setor naval
“Este é um feito inédito no mundo”, afirmou Dr. Jörg Stratmann, CEO da Rolls-Royce Power Systems AG. “Até o momento, não existe nenhum outro motor de alta velocidade nesta classe de desempenho que funcione exclusivamente com metanol.
Estamos investindo especificamente em tecnologias futuras para oferecer aos nossos clientes maneiras eficientes de reduzir as emissões de CO₂ e expandir ainda mais nossa posição de liderança em sistemas de propulsão sustentáveis.”
Com o meOHmare, a Rolls-Royce reafirma seu compromisso com soluções de energia limpa e inovação, sinalizando um novo capítulo para o transporte marítimo global.
Seja o primeiro a reagir!