A Austrália aposta em robôs letais movidos a energia solar para eliminar até 6 milhões de gatos selvagens em cinco anos, tentando conter a extinção de espécies nativas e recuperar o equilíbrio ambiental
Cidades australianas começaram a implantar robôs letais como medida extrema para conter a proliferação de gatos selvagens. A iniciativa busca proteger a fauna nativa, gravemente afetada por esses felinos invasores.
Os dispositivos detectam os animais e aplicam um veneno mortal, ingerido durante a limpeza dos pelos, como forma de preservar espécies ameaçadas e restaurar o equilíbrio ecológico.
A ameaça dos gatos selvagens na Austrália
Os gatos selvagens, diferentes dos domésticos, são considerados uma espécie invasora e representam uma grande ameaça à vida selvagem australiana.
-
Megaterremoto move montanha gigante por quase 500 m na Indonésia e fenômeno ameaça cidade próxima
-
Robô humanoide trabalha 10 horas por dia há cinco meses na linha de produção da BMW, executando tarefas humanas e marcando o início de uma nova era industrial
-
Robô humanoide Figure 03 dobra roupas, limpa mesas e faz entregas após ser eleito uma das melhores invenções de 2025 pela Time
-
Cometa 3I/ATLAS: O gigante interestelar de 5 km que mudou de vermelho para um verde causado por cianeto, enquanto NASA entra em “shutdown” e deixa o mundo sem respostas
Desde que chegaram ao país, esses felinos têm causado sérios danos ambientais e contribuído para o desaparecimento de diversas espécies.
Estima-se que milhões de gatos selvagens matem, em média, 186 animais por ano cada um. Essa predação contínua resulta em um impacto devastador sobre répteis, aves e mamíferos locais.
Por isso, o governo australiano decidiu agir de forma drástica para conter o problema.
A meta é eliminar 6 milhões de gatos selvagens em cinco anos. Para isso, o país investiu € 4,6 milhões — cerca de AUD 7,6 milhões — na compra e implantação de 15 robôs letais.
Embora a medida gere polêmica entre ativistas, as autoridades argumentam que a erradicação é necessária para proteger o ecossistema.
Como funcionam os robôs que caçam gatos
Os robôs foram desenvolvidos pela empresa australiana Thylation e são movidos por energia solar. Eles utilizam sensores inteligentes capazes de identificar gatos selvagens pela forma do corpo e pelos padrões de movimento.
Essa precisão é essencial para garantir que apenas os alvos corretos sejam atingidos.
Ao detectar um gato selvagem, o robô dispara o gel tóxico Poison 1080. A substância é ingerida quando o animal se lambe, levando-o à morte em pouco tempo.
O sistema foi projetado para ser seletivo, evitando qualquer risco para espécies protegidas ou gatos domésticos.
Além disso, os algoritmos dos robôs são programados para distinguir com eficiência os diferentes tipos de animais, garantindo um método de controle eficaz e seguro para o restante da fauna.
Um impacto ambiental bilionário
A predação causada pelos gatos selvagens resulta em mais de 5 milhões de mortes de animais por dia. Aproximadamente 120 espécies nativas estão ameaçadas, incluindo o numbat e o wallaby-das-rochas.
Os prejuízos ambientais e econômicos somam quase 300 milhões de dólares australianos, valor que representa o custo de programas de conservação e a perda de biodiversidade.
Portanto, a implantação dos robôs letais é vista como uma tentativa de reduzir esse impacto e restaurar o equilíbrio natural do país.
Com informações de Gazeta do Povo.