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Nova geração do robô humanoide Figure 03 surpreende ao executar tarefas domésticas com autonomia, como dobrar roupas e organizar objetos, e consolida a corrida global por máquinas que imitam o comportamento humano.
O robô humanoide Figure 03 foi eleito uma das melhores invenções de 2025 pela revista Time, após demonstrar a capacidade de dobrar roupas, limpar mesas e fazer pequenas entregas de forma quase autônoma. Desenvolvido pela empresa americana Figure, o modelo foi lançado oficialmente nesta quinta-feira (9) e representa um dos avanços mais ambiciosos no campo da robótica doméstica e industrial.
A inovação reforça uma tendência: grandes companhias de tecnologia estão investindo na criação de humanoides multifuncionais, capazes de realizar tarefas cotidianas e aprender com o ambiente. Entre os investidores da Figure estão nomes como Nvidia, OpenAI, Microsoft e o bilionário Jeff Bezos, o que coloca o projeto no mesmo patamar de concorrentes como o Optimus, da Tesla, e o robô cão da chinesa Unitree.
Um robô humanoide com funções reais
O Figure 03 é a terceira geração da linha e o primeiro modelo projetado para produção em larga escala, segundo a empresa.
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Ele pode colocar roupas e sabão na máquina de lavar, separar objetos e manusear itens delicados, como ovos e cartas de baralho tarefas que exigem precisão de movimento e reconhecimento visual apurado.
Durante os testes acompanhados pela Time, o robô demonstrou desempenho promissor, mas ainda com falhas ocasionais, como derrubar peças de roupa ao tentar colocá-las na lavadora.
Mesmo assim, os engenheiros destacam o salto de eficiência em relação às versões anteriores, o que confirma o potencial da tecnologia.
Como o robô humanoide aprende a agir como um humano
O Figure 03 opera com base na rede neural Helix, um sistema de inteligência artificial criado pela própria Figure para simular a cognição e os reflexos humanos.
A estrutura é dividida em três partes: uma responsável pelo raciocínio lógico, outra pelo controle motor e uma terceira dedicada ao equilíbrio e à estabilidade do corpo.
Essa combinação permite que o robô interprete o ambiente, tome decisões e execute ações coordenadas, como caminhar, segurar objetos e responder a comandos de voz.
Para aprender a dobrar roupas, por exemplo, o sistema foi treinado com 80 horas de vídeos de pessoas reais executando a tarefa um volume pequeno, mas suficiente para formar um padrão comportamental básico.
Design aprimorado e nova geração de sensores
O modelo ficou mais leve, passando de 80 kg para 70 kg, mas manteve 1,68 m de altura e a capacidade de carregar até 20 kg.
Suas articulações foram redesenhadas para maior agilidade, e as mãos ganharam estrutura mais fina, permitindo manipular objetos pequenos.
Outro destaque é o recurso de “memória espacial”, que permite ao robô lembrar a posição de objetos e locais.
Ele também responde a comandos de voz e consegue repetir tarefas automaticamente com base na observação de movimentos humanos.
Essas melhorias foram pensadas para que o Figure 03 possa atuar em diferentes contextos — de tarefas domésticas a operações industriais.
Na BMW, por exemplo, a geração anterior do robô já trabalha 10 horas por dia em linha de montagem, auxiliando humanos em processos repetitivos.
O robô humanoide e o desafio da autonomia total
Segundo o fundador e CEO Brett Adcock, o objetivo da Figure é que, até 2026, o robô seja totalmente autônomo em residências, capaz de executar tarefas domésticas durante todo o dia.
“Queremos que o robô humanoide seja capaz de fazer a maioria das coisas em casa, de forma autônoma, o dia todo. Ainda não chegamos lá, mas estamos próximos”, afirmou o executivo à Time.
Adcock reconhece, porém, que o caminho até a perfeição é longo. O Figure 03 ainda depende de ajustes na rede neural para aprimorar sua coordenação e percepção de contexto.
Mesmo assim, a empresa acredita que o modelo abre um novo capítulo na interação entre humanos e máquinas, especialmente por seu potencial de aprendizado contínuo.
O impacto econômico e a aposta bilionária em humanoides
A Figure, fundada em 2022 no Vale do Silício, já conta com 360 funcionários e uma avaliação de mercado de US$ 39 bilhões, após um aporte de US$ 1 bilhão recebido em setembro.
A expectativa de Adcock é que em uma década, a maior empresa do mundo seja uma fabricante de robôs humanoides, com um mercado estimado em US$ 40 trilhões (cerca de R$ 215 trilhões).
A visão do empresário é ousada: ele acredita que cada casa e empresa terá ao menos um humanoide, atuando em áreas como saúde, construção e até missões espaciais. “Haverá bilhões de robôs na força de trabalho.
Eles estarão em hospitais e, no futuro, ajudarão a construir colônias em outros planetas”, afirmou.
O Figure 03 marca uma nova fase da robótica: máquinas que não apenas imitam, mas aprendem com o comportamento humano.
Ainda imperfeito, o robô humanoide mostra que a fronteira entre o auxílio e a autonomia está diminuindo rapidamente.
E você, confiaria um robô como o Figure 03 para cuidar da sua casa ou trabalhar ao seu lado? Acha que essa tecnologia trará mais conforto ou mais riscos? Deixe sua opinião nos comentários queremos saber até onde você deixaria um humanoide participar do seu dia a dia.
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