O rio Amazonas é o mais extenso do planeta segundo medições brasileiras e supera o Nilo, com quase 7 mil quilômetros de extensão. Estudos de satélite redefiniram sua nascente e reforçaram seu papel como maior rio em volume de água do mundo.
O rio Amazonas é considerado o mais longo do planeta segundo medições realizadas por pesquisadores brasileiros em 2008, com base em imagens de satélite e técnicas de geoprocessamento.
O levantamento apontou 6.992,06 quilômetros de extensão, superando o Nilo, tradicionalmente listado como o maior.
Ainda assim, entidades internacionais continuam a apresentar medições diferentes, o que mantém a divergência sobre o título.
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Estudo do Inpe redefiniu a medição

O resultado foi divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em parceria com o Instituto Geográfico Militar do Peru, a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o estudo, o curso do Amazonas começa na Montanha Apacheta, no Peru, e termina entre os estados do Pará e do Amapá, no Oceano Atlântico.
A inclusão de trechos que se estendem até os Andes peruanos, antes desconsiderados, fez com que a medição superasse a do Nilo.
De acordo com especialistas em geografia física, diferenças metodológicas — como a escolha da nascente e o ponto exato da foz — explicam as variações encontradas em medições históricas.
Comparação com o rio Nilo

O Nilo, localizado na África, continua sendo reconhecido pelo Guinness World Records como o rio mais longo do mundo, com 6.695 quilômetros de extensão.
Já a medição conduzida pelo Inpe indica uma vantagem de cerca de 140 quilômetros para o Amazonas.
O Nilo nasce na região dos Grandes Lagos Africanos, atravessa países como Uganda, Sudão e Egito, e deságua em um delta no Mar Mediterrâneo.
Seu principal afluente é o Kagera, na África Oriental.
Conforme geógrafos consultados pela Fundação Aquae, variações nos critérios de medição — como considerar ou não determinados afluentes — são comuns e influenciam o resultado final.
Largura e vazão do rio Amazonas
Além da extensão, o Amazonas é o rio com maior volume de água do planeta.

Estudos hidrológicos indicam vazão média de 209 mil a 210 mil metros cúbicos por segundo, o equivalente a aproximadamente 12,5 milhões de metros cúbicos por minuto.
Durante o período de cheia, o rio pode atingir até 50 quilômetros de largura em alguns trechos.
Na seca, a distância entre margens chega a cerca de 11 quilômetros, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil e de instituições de pesquisa em hidrologia.
Reconhecimento ambiental e importância ecológica
De acordo com a Unesco, o Complexo de Conservação da Amazônia Central — que inclui os parques nacionais de Jaú e Anavilhanas e as reservas de desenvolvimento sustentável de Amanã e Mamirauá — é reconhecido como Patrimônio Mundial Natural desde 2000.
O conjunto representa uma das maiores áreas protegidas de floresta tropical do mundo, com mais de 6 milhões de hectares e elevada biodiversidade.
Divergências científicas e metodológicas
Pesquisadores afirmam que a falta de consenso sobre a extensão do Amazonas e do Nilo decorre de diferenças de método.
A definição da nascente, da rota principal e da delimitação das margens na foz pode alterar o cálculo em dezenas de quilômetros.

Estudos recentes continuam revisando essas métricas com o uso de sensores orbitais e imagens de alta resolução.
Em alguns casos, o traçado do rio muda conforme o período de cheia ou o deslocamento natural de canais, o que reforça a complexidade de determinar medidas exatas.
Especialistas apontam que o estuário amazônico, formado por diversos braços e ilhas, como Marajó, torna o cálculo ainda mais desafiador.
Pesquisas internacionais publicadas desde 2020 mostram resultados que variam conforme a definição de “curso principal” adotada.



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