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Revolução energética: WEG e Orizon prometem primeira usina de energia a partir do lixo no Brasil

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 19/06/2024 às 17:21
WEG e Orizon lideram projeto inovador para transformar resíduos em energia elétrica, prometendo um futuro mais limpo e sustentável. (Imagem: reprodução)
WEG e Orizon lideram projeto inovador para transformar resíduos em energia elétrica, prometendo um futuro mais limpo e sustentável. (Imagem: reprodução)

O Brasil deve ter, nos próximos anos, uma usina capaz de gerar energia a partir de lixo. Isso, pelo menos, é o que prometem duas empresas brasileiras.

De acordo com um anúncio feito na terça-feira (18), a WEG fornecerá equipamentos essenciais para a usina de geração de energia a partir da recuperação energética do lixo, um projeto inovador da Orizon que entrará em operação em 2027.

Segundo a agência de notícias Reuters, o contrato, cujo valor permanece confidencial, estipula que a WEG fornecerá um conjunto turbogerador de 20 megawatts (MW).

Este conjunto, ainda segundo a fonte citada, inclui uma turbina a vapor de condensação com tecnologia de reação, redutor turbo e gerador síncrono da linha ST 41.

Além disso, a WEG fornecerá unidade hidráulica, painéis com sistemas de proteção e controle, além de outros serviços complementares.

A produção e instalação dos equipamentos serão realizadas nas unidades da WEG em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, e Sertãozinho, cidade localizada no interior de São Paulo. Esses equipamentos serão instalados na planta da Orizon pela empresa Interunion.

Transformando lixo em energia

A usina da Orizon foi contratada através de um leilão realizado pelo governo em 2021 e é classificada como uma Unidade de Recuperação Energética (URE).

A unidade será responsável pelo processamento de resíduos sólidos coletados nos municípios de Barueri, Carapicuíba e Santana do Parnaíba, todos localizados na região metropolitana de São Paulo.

Esses resíduos sólidos servirão como matéria-prima para as caldeiras da usina, que transformarão o lixo em energia elétrica. Ao todo, a unidade terá uma capacidade de 20 MW, suficiente para abastecer cerca de 320 mil pessoas anualmente.

Inicio das operações da usina

Em entrevista à agência de notícias Reuters, Milton Pilão, CEO da Orizon, destacou que a unidade entrará em operação em janeiro de 2027 e ajudará na destinação adequada dos resíduos, “especialmente em uma região densamente povoada”.

Por outro lado, Paulo Sinoti, diretor da WEG Energia, destacou o caráter pioneiro do projeto e reforçou o compromisso da WEG em contribuir para um mundo mais eficiente e sustentável.

Para especialistas, essa iniciativa não apenas promove a gestão adequada de resíduos em uma área com uma grande população, mas também representa um marco na geração de energia renovável no Brasil.

Neste sentido, compreende-se que o Brasil pode passar a ser considerado um dos países com maior expertise nas tecnologias de recuperação energética, reafirmando o compromisso das empresas e do próprio país com a sustentabilidade e inovação tecnológica.

Para a Orizon, a unidade desenvolvida pela empresa será um exemplo de como os resíduos podem ser transformados em uma fonte valiosa de energia.

Nessa esteira, a expectativa é que a tecnologia se torne uma alternativa viável e sustentável para a gestão de resíduos urbanos, reduzindo a dependência de aterros sanitários e promovendo a geração de energia limpa.

Projeto nacional

As duas empresas envolvidas na construção da usina são brasileiras. A primeira, a WEG, foi fundada em 1961 e hoje é uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo.

A companhia fornece aos seus clientes motores elétricos, geradores, transformadores e equipamentos de automação e controle, sendo conhecida por sua inovação tecnológica e compromisso com a sustentabilidade.

Já a Orizon Valorização de Resíduos atua na gestão e valorização de resíduos sólidos. Segundo a companhia, seu objetivo é transformar resíduos em recursos.

Por conta disso, a organização desenvolve soluções inovadoras para a destinação adequada de resíduos urbanos e industriais, investindo em tecnologias de ponta para promover a sustentabilidade e a economia circular.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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