O mercado de picapes no Brasil nunca esteve tão aquecido. Marcas disputam espaço em um segmento que ganhou status de queridinho entre consumidores urbanos e rurais, combinando robustez com tecnologia de ponta. Nesse cenário competitivo, a Renault aposta alto em um novo modelo que promete mudar o jogo: a Niagara.
A Renault prepara sua nova ofensiva no segmento das picapes intermediárias. Depois de revelar o SUV médio Boreal, que chega às lojas nos próximos meses, a marca francesa avança para lançar a Niagara, modelo que ficará posicionado acima da Oroch.
Derivada do conceito homônimo de 2023, a caminhonete tem estreia marcada para o segundo semestre de 2026, já como linha 2027, com foco direto em rivais como Fiat Toro, Ford Maverick, Ram Rampage e futuras concorrentes de Toyota e Hyundai.
Potência e câmbio
O grande destaque será a motorização. Todas as versões, tanto 4×2 quanto 4×4, contarão com o já conhecido motor 1.3 TCe de quatro cilindros e injeção direta, desenvolvido pela Horse.
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O propulsor entrega até 163 cv com etanol e 156 cv com gasolina, além de torque de 27,5 kgfm e 25,5 kgfm, respectivamente.
O câmbio escolhido é o automatizado de dupla embreagem DW23, inaugurado no Brasil pelo Renault Kardian e agora também presente na nova geração do Nissan Kicks.
Essa transmissão busca entregar respostas mais rápidas e eficiência, característica que pode se tornar um trunfo da Niagara frente às rivais a diesel.
Há previsão de versões manuais, mas apenas para mercados fora do Brasil.
Foco em enfrentar a Toro
Dentro da categoria, a Fiat Toro segue líder absoluta. Para enfrentá-la, a Renault aposta nas versões 4×4 da Niagara, mirando justamente as configurações a diesel da concorrente, que oferecem o mesmo sistema de tração.
Já nas variantes 4×2, a picape francesa terá vocação mais urbana e disputará espaço com modelos equivalentes de Ford, Ram e outras marcas que planejam estrear no segmento.
Design ousado
Visualmente, a Niagara trará muito do que já foi visto no Boreal. A dianteira terá faróis recortados integrados ao conjunto, luzes diurnas de LED posicionadas em áreas separadas do para-choque e ampla grade inferior em preto brilhante.
O capô elevado e o novo logotipo da Renault reforçarão a identidade renovada da marca.
Nas laterais, chamará atenção a solução de maçanetas traseiras embutidas nas colunas, recurso incomum em picapes, mas já aplicado no SUV irmão.
As caixas de roda destacadas e a linha de teto que cai em direção à caçamba conferem esportividade.
Na traseira, as lanternas horizontais interligadas por faixa iluminada fogem do padrão tradicional, enquanto a tampa de caçamba terá abertura simples, diferentemente da Toro.
Dimensões e porte
A própria Renault já confirmou que a Niagara terá mais de cinco metros de comprimento, porte próximo ao da Toro, que mede 4,95 m.
Esse tamanho reforça a proposta de disputar o coração da categoria intermediária, em uma faixa de consumidores que buscam espaço, robustez e estilo.
Produção e mercado
A Niagara será fabricada em Córdoba, na Argentina, onde unidades pré-série já estão sendo montadas para testes. Protótipos camuflados devem rodar nas ruas em breve.
A produção anual estimada é de 65 mil unidades, sendo 70% voltadas para exportação. O Brasil será um dos principais mercados, enquanto os 30% restantes atenderão ao público argentino.
Importante destacar que a veterana Oroch seguirá em linha no Brasil, produzida em São José dos Pinhais (PR), mas direcionada principalmente a frotas e vendas diretas, enquanto a Niagara assumirá o papel de opção mais sofisticada.
Futuro híbrido
Embora o foco inicial esteja nas versões flex, a Renault já confirmou que planeja uma configuração híbrida da Niagara.
Essa opção, que também poderá contar com tração 4×4, chegará em um segundo momento. A plataforma RGMP já está preparada para eletrificação, seja em formato de híbrido pleno (HEV) ou leve (MHEV 48V).
A escolha final ainda está em discussão, mas o objetivo é combinar eficiência e desempenho sem abrir mão da robustez.