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Relatório denuncia abusos na Foxconn: trabalhadores do iPhone 17 enfrentaram jornadas de até 75 horas semanais na “cidade do iPhone”

Publicado em 27/09/2025 às 13:51
Relatório denuncia abusos na Foxconn: trabalhadores do iPhone 17 na China enfrentaram 75 horas semanais, pressionando Apple sobre condições de fábrica.
Relatório denuncia abusos na Foxconn: trabalhadores do iPhone 17 na China enfrentaram 75 horas semanais, pressionando Apple sobre condições de fábrica.
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Documento denuncia sobrecarga, retenção salarial e excesso de temporários na “cidade do iPhone”.

Um relatório do China Labor Watch revelou que os trabalhadores do iPhone 17 enfrentaram jornadas de até 75 horas por semana na unidade da Foxconn em Zhengzhou, a chamada “cidade do iPhone”. O documento, divulgado pelo o globo, apontou violações como excesso de temporários, turnos noturnos obrigatórios e retenção de salários.

A fábrica, que chegou a empregar entre 150 mil e 200 mil pessoas, teria mais da metade dos funcionários contratados de forma temporária, ultrapassando cinco vezes o limite legal na China.

Além da carga horária acima do permitido pela legislação local e pelo padrão da Apple (60 horas), foram relatadas práticas de intimidação e vigilância contra quem questionava as condições de trabalho.

Longas jornadas e práticas questionáveis

O relatório descreve que os trabalhadores do iPhone 17 cumpriam, em média, de 60 a 75 horas semanais, bem acima do permitido. A estrutura salarial da Foxconn também foi alvo de críticas, já que parte do pagamento era retida para o mês seguinte.

Dessa forma, quem pedia demissão antes da data limite poderia perder horas extras e benefícios já trabalhados.

Outro ponto citado foi a obrigatoriedade de turnos noturnos, sem flexibilidade, o que aumenta a pressão física e emocional sobre os funcionários. A investigação ainda destacou relatos de ameaças e exposição de dados pessoais como formas de coibir manifestações.

Reação da Apple e auditorias internas

Diante da denúncia, a Apple afirmou estar comprometida com padrões elevados de direitos humanos e ética laboral, ressaltando que realiza auditorias terceirizadas periódicas. Em nota, a empresa informou que, só no último ano, foram feitas 1.500 auditorias e 74 mil entrevistas com funcionários de fornecedores, sendo que nove das principais violações estavam ligadas à falsificação de dados sobre horas trabalhadas.

Apesar da defesa, a situação evidencia as contradições entre os compromissos públicos da empresa e as condições encontradas em sua cadeia produtiva. O caso da Foxconn em Zhengzhou reacende o debate sobre a responsabilidade das gigantes de tecnologia em garantir padrões mínimos de dignidade.

Redução parcial das horas extras, mas abusos permanecem

Em comparação a 2019, houve uma pequena redução das horas extras, quando a média mensal chegava a 130 horas adicionais na alta temporada. No entanto, a atual carga de 75 horas semanais continua fora dos limites legais.

O relatório também destacou que não foram encontrados menores de idade na produção do iPhone 17, algo que já havia sido identificado em investigações anteriores.

Mesmo com avanços pontuais, o quadro revela uma rotina de sobrecarga e violações trabalhistas estruturais que persiste ao longo dos anos.

Diversificação da produção e impacto geopolítico

A Apple tem buscado reduzir sua dependência da China. Em 2025, a companhia ampliou a produção na Índia, numa tentativa de diversificação estratégica diante de tarifas comerciais e riscos de concentração fabril. Ainda assim, Zhengzhou segue como o epicentro da fabricação do iPhone, o que reforça a relevância da Foxconn no modelo global da empresa.

A denúncia mostra que, sem fiscalização efetiva, a pressão por prazos e volumes pode continuar alimentando práticas abusivas, independentemente do país onde as linhas de montagem estejam localizadas.

O relatório sobre os trabalhadores do iPhone 17 na Foxconn é um retrato da complexidade da cadeia de suprimentos da Apple: um produto premium, mas com custos humanos altíssimos nos bastidores. A discussão que fica é se as auditorias e promessas corporativas serão suficientes para mudar uma realidade enraizada em sobrecarga e precarização.

E você, acredita que consumidores devem cobrar mais transparência das gigantes da tecnologia? Ou que governos deveriam assumir o protagonismo nessa fiscalização? Deixe sua opinião nos comentários — sua visão ajuda a ampliar o debate sobre os limites da produção global.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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