A inovação tecnológica da Embrapa promete reestruturar a produção de grãos, impulsionando a rentabilidade e minimizando riscos na agricultura
Mergulhando no coração pulsante da inovação agrícola, uma nova tecnologia denominada Antecipe está fazendo ondas na indústria de grãos brasileira. Originada das profundezas de pesquisa da Embrapa Milho e Sorgo e encabeçada pelo renomado conselheiro do CCAS (Conselho Científico Agro Sustentável), Décio Karam, essa tecnologia promissora pretende alterar o cenário de plantio de milho, gerando resultados significativos, minimizando perigos nas lavouras e, por consequência, elevando a lucratividade agrícola.
Sistema antecipe: um salto quântico na produção de grãos
O Antecipe é um sistema pioneiro que possibilita a semeadura mecanizada do milho entre as linhas da soja pré-colheita. Após 13 anos de pesquisa intensiva, a equipe conseguiu gerar a expertise necessária para o triunfo dessa tecnologia, além de criar uma semeadora-adubadora altamente eficaz, capaz de se adaptar a esse novo modelo sem prejudicar as plantações de soja.
O Antecipe traz inúmeros benefícios para os produtores rurais. Karam aponta que, dentre esses, “a capacidade de antecipar a semeadura do milho em até 20 dias, minimizando riscos associados a condições climáticas desfavoráveis” é especialmente notável. Essa antecipação resulta em maior rendimento do milho em comparação ao plantio tardio, conforme comprovado por estudos realizados em várias regiões do país.
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Resultados evidentes: acelerando a produtividade
Experimentos executados em Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo evidenciaram os benefícios da tecnologia, com o Antecipe facilitando um aumento de até 46 sacas de milho por hectare. Ademais, a antecipação do plantio de milho na cultura da soja resultou em ganhos diários de produtividade, variando entre 1,5 a 2,3 sacas por hectare por dia de antecipação.
“É fundamental ressaltar que o Antecipe não pretende substituir a cultura tradicional do milho safrinha, mas sim atenuar os riscos associados ao plantio tardio. Essa tecnologia permite cultivar o milho em regiões onde o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) restringe a segunda safra, viabilizando a semeadura da soja de ciclo médio e, simultaneamente, a semeadura do milho na janela ideal”, esclarece Karam.
O Antecipe exige planejamento por parte dos produtores, demandando a identificação prévia dos talhões onde será aplicada a tecnologia, levando em conta o espaçamento entre as linhas da soja. A semeadora-adubadora desenvolvida e patenteada pela Embrapa é adequada aos espaçamentos existentes no mercado, preservando a largura das entrelinhas da soja. Para maior eficiência, são recomendadas cultivares de porte ereto, com altura de inserção de vagens mais alta e tratores com a altura adequada.
O Antecipe não interfere no manejo das culturas, incluindo a adubação, e a colheita da soja é realizada normalmente, com as plantas de milho sendo cortadas. Segundo Karam, adotar uma abordagem distinta é crucial ao implementar a tecnologia. Ele explica que o milho deve ser plantado antes da colheita da soja e, mesmo com o dano mecânico causado pela colheitadeira de soja, o milho continua a crescer.
Para mais informações sobre a tecnologia Antecipe e parcerias em seu desenvolvimento, visite a página do Sistema Antecipe no Portal Embrapa.