O Reino Unido está prestes a assinar um pacto bilionário com Trump, Nvidia, OpenAI e BlackRock, focado em IA, semicondutores e data centers, enquanto a União Europeia teme ficar isolada tecnologicamente.
O acordo bilionário que o Reino Unido está prestes a firmar com os Estados Unidos e algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo promete redefinir o mapa da inovação global. Segundo informações da Economia em Pauta, o pacto deve ser assinado durante a visita de Estado de Donald Trump a Londres na próxima semana e incluir investimentos maciços em inteligência artificial (IA), semicondutores e infraestrutura de data centers.
O movimento é visto como uma estratégia do governo britânico para se consolidar como hub tecnológico europeu, aproveitando a flexibilidade trazida pelo Brexit e o alinhamento direto com Washington.
Já a União Europeia acompanha o processo com preocupação, temendo que a fuga de investimentos aprofunde sua defasagem em relação a EUA e China.
-
Fazenda alerta: tarifas de 50% dos EUA pode tirar R$ bilhões e encolher PIB do Brasil em 0,2 ponto até 2026
-
Especialistas alertam: tarifa contra Brasil pode transformar hambúrguer em artigo de luxo para milhões de famílias americanas
-
Apple anuncia investimento de US$ 600 bilhões nos EUA para evitar tarifa de 100% de Trump sobre semicondutores importados
-
MEIs ganham prazo extra para pagar o DAS em setembro
O que está em jogo no acordo bilionário
De acordo com o Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido, o pacto terá como prioridade áreas estratégicas como IA, telecomunicações, semicondutores e computação quântica.
A secretária Liz Kendall, empossada em setembro, destacou que essas tecnologias “transformarão nossas vidas, do tratamento de doenças à modernização dos serviços públicos”.
O anúncio deve ser feito em grande estilo, com a presença de Trump e de CEOs de peso, incluindo Jensen Huang (Nvidia) e Sam Altman (OpenAI).
Ambos devem anunciar aportes bilionários em data centers britânicos, reforçando a aposta no país como plataforma global de computação em nuvem.
A americana CoreWeave Inc., especializada em infraestrutura para IA, também deve oficializar novos investimentos.
BlackRock e o peso do capital financeiro
O setor financeiro terá papel central nesse movimento. A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, deve anunciar investimentos de até £ 500 milhões (US$ 678 milhões) em infraestrutura de data centers.
Para analistas, a entrada de Larry Fink e sua equipe no pacto é um sinal de que o acordo vai além da retórica política, ganhando lastro no mercado financeiro internacional.
A presença da BlackRock ainda dá maior solidez ao projeto, pois cria pontes com fundos institucionais, investidores privados e até governos interessados em participar da futura expansão da infraestrutura digital britânica.
A resposta da União Europeia
Para Bruxelas, o pacto reforça um risco já conhecido: a dependência tecnológica em relação a parceiros externos.
A ausência de um programa europeu robusto para semicondutores e IA contrasta com o dinamismo britânico. Líderes do bloco temem que empresas e talentos migrem para Londres, agravando a desvantagem competitiva frente a EUA e China.
Especialistas lembram que a bússola de competitividade da UE já apontava a necessidade de investimentos massivos em tecnologia, mas a lentidão dos 27 países em alcançar consensos trava a execução prática.
Nesse cenário, o Reino Unido ganha vantagem por poder negociar diretamente com Washington sem as amarras da burocracia europeia.
Impacto geopolítico e tecnológico
O acordo bilionário representa mais que um gesto econômico. Ele simboliza a tentativa de Trump de consolidar uma rede de aliados tecnológicos em contraponto à China, enquanto o Reino Unido tenta se firmar como elo privilegiado nessa estratégia.
Se concretizado, o pacto pode reposicionar Londres como polo estratégico global em IA e semicondutores, atraindo novas cadeias produtivas e centros de pesquisa.
Por outro lado, tende a aprofundar a divisão tecnológica dentro do continente europeu, ampliando a distância entre um Reino Unido alinhado aos EUA e uma União Europeia que ainda busca definir seu papel na corrida digital.
E você, acredita que o acordo bilionário entre o Reino Unido, Trump e as gigantes da tecnologia fortalece a inovação ou aumenta a dependência política e econômica de Londres?
Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir sua visão sobre esse novo tabuleiro global.