Nova ponte Brasil-Paraguai, com entrega prevista para 2026, deve impulsionar a Rota Bioceânica e reduzir custos logísticos entre Mercosul e Ásia.
A Receita Federal estima que a ponte Brasil-Paraguai movimentará inicialmente 250 caminhões por dia, quando for inaugurada no segundo semestre de 2026. A estrutura ligará Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai, consolidando um novo eixo de comércio internacional.
Segundo o UOL, a ponte faz parte da Rota Bioceânica, um corredor rodoviário internacional de mais de 2.400 km que conecta o Atlântico ao Pacífico. A expectativa é de redução de até 30% nos custos logísticos e de 15 dias no transporte de mercadorias em comparação ao Canal do Panamá.
Uma obra estratégica para o Brasil e o Mercosul
A ponte Brasil-Paraguai terá 1.294 metros de extensão e 21 metros de largura, incluindo viadutos e um trecho estaiado com torres de 125 metros.
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Atualmente, as obras estão 75% concluídas, de acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
Além da ligação física, estão previstos complexos alfandegários integrados nos dois países, fundamentais para dar agilidade ao comércio exterior.
Para autoridades locais, Porto Murtinho será uma nova porta de entrada e saída para produtos brasileiros rumo ao Pacífico.
Impacto econômico da ponte Brasil-Paraguai
O fluxo estimado de 250 caminhões por dia representa apenas a fase inicial.
A Receita Federal projeta aumento gradativo desse movimento à medida que a Rota Bioceânica se consolide como alternativa logística para exportações e importações.
De acordo com o UOL, o novo corredor deve beneficiar principalmente setores ligados ao agronegócio e à indústria, que terão acesso mais rápido a mercados asiáticos.
Para prefeitos e empresários da região, a expectativa é de geração de empregos, atração de investimentos e fortalecimento das cadeias produtivas locais.
O que muda para exportadores e importadores
Com a conclusão da ponte Brasil-Paraguai e dos acessos rodoviários de cerca de 13 km no lado brasileiro, o transporte passará a ser mais competitivo.
Empresas poderão escoar cargas pelo Pacífico, evitando trajetos longos e caros até o Atlântico.
O UOL ressalta que a redução no tempo de transporte pode chegar a duas semanas, um ganho significativo para produtos perecíveis ou de alto valor agregado.
Esse diferencial logístico deve aumentar a competitividade do Brasil dentro do Mercosul e frente a outros países exportadores.
Expectativa para 2026
Autoridades brasileiras confirmaram que todas as obras, incluindo acessos e alfândegas, estarão prontas até o fim de 2026.
Com isso, a Rota Bioceânica deixará de ser apenas uma promessa e passará a ser uma alternativa concreta para o comércio internacional.
O sucesso da ponte Brasil-Paraguai dependerá da eficiência na integração aduaneira e da capacidade de atrair grandes volumes de cargas.
Ainda assim, a previsão da Receita Federal sinaliza confiança no potencial transformador da estrutura.
A ponte Brasil-Paraguai promete se tornar um marco logístico para a América do Sul, ampliando as rotas comerciais e reduzindo custos de exportação.
A expectativa de movimentar 250 caminhões por dia é apenas o início de um fluxo que pode crescer exponencialmente nos próximos anos.
Você acredita que a ponte Brasil-Paraguai vai realmente transformar o comércio brasileiro com o Pacífico? Ou os desafios burocráticos podem atrasar esse impacto? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.