Receita identifica bilhões em sonegação com inteligência artificial
A Receita Federal anunciou em 16 de setembro de 2025, durante o Seminário LIDE Segurança Pública em São Paulo, a detecção de R$ 11 bilhões em sonegação fiscal. O valor foi identificado com auxílio de plataformas de inteligência artificial.
A auditora Sônia Accioli fez o anúncio e destacou o uso crescente de tecnologia no combate a fraudes. Além disso, ela reforçou que a Receita fortalece a fiscalização digital com recursos de IA.
Segundo Accioli, a Receita já utiliza a inteligência artificial para identificar transações suspeitas com criptomoedas. Da mesma forma, os sistemas conseguem mapear redes complexas de empresas. Em alguns casos, a Receita até antecipa irregularidades antes que se tornem fraudes consolidadas.
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A auditora ainda ressaltou que a tecnologia não atua apenas de forma punitiva. Pelo contrário, a IA também estimula a conformidade voluntária e evita disputas judiciais, o que amplia a eficiência da fiscalização.
Inteligência artificial como aliada da fiscalização
O uso de inteligência artificial vem transformando a forma como irregularidades são combatidas. Assim, por meio de cruzamento de dados em larga escala, a Receita consegue:
- Rastrear operações digitais complexas com rapidez;
- Detectar movimentações suspeitas com criptomoedas de maneira ágil;
- Reconhecer redes empresariais irregulares de modo eficiente;
- Prevenir esquemas fraudulentos antes que se consolidem.
Com isso, a inteligência artificial aumenta a eficiência da fiscalização, reduz riscos de sonegação e fortalece o ambiente de conformidade tributária.
Ministério da Justiça cria Rede Ciber com R$ 50 milhões
No mesmo evento, o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, anunciou a criação da Rede Ciber. O sistema conecta todas as delegacias especializadas em crimes digitais no Brasil.
Para estruturar a iniciativa, o Ministério da Justiça destinou R$ 50 milhões. Esse investimento garante às unidades estaduais acesso a softwares de extração de dados, como o Cellebrite. Essa ferramenta já auxilia investigações digitais em diversos países.
Segundo Sarrubbo, “o crime avança quando não é esclarecido”. Ele afirmou também que a tecnologia se tornou essencial para dar respostas rápidas, integrar forças de segurança e impedir o financiamento de organizações criminosas no ambiente digital.
Avanços tecnológicos e desafios futuros
A integração da Receita Federal com sistemas de inteligência artificial e a criação da Rede Ciber mostram que o governo aposta na tecnologia como principal ferramenta. Assim, o foco está em combater a sonegação e enfrentar os crimes digitais.
Enquanto a Receita reforça sua atuação contra fraudes fiscais bilionárias, a Rede Ciber cria uma frente unificada para enfrentar a criminalidade digital. Esse tipo de crime, aliás, cresce em sofisticação a cada ano.
Por outro lado, especialistas alertam que o avanço tecnológico exige fiscalização contínua. Além disso, pedem transparência no uso das ferramentas e compromisso com os direitos individuais. Dessa forma, o governo consegue equilibrar eficiência e proteção ao cidadão.
Cronologia dos anúncios oficiais
- 16.set.2025 – Receita Federal anuncia a detecção de R$ 11 bilhões em sonegação com IA no Seminário LIDE Segurança Pública, em São Paulo.
- 16.set.2025 – Auditora Sônia Accioli detalha a integração da tecnologia na fiscalização.
- 16.set.2025 – Secretário Mário Sarrubbo divulga a criação da Rede Ciber.
- 16.set.2025 – Ministério da Justiça confirma investimento de R$ 50 milhões em softwares como o Cellebrite.
O que está em jogo no futuro próximo?
A combinação de inteligência artificial com redes integradas de combate a crimes digitais pode representar um divisor de águas para a fiscalização e a segurança no Brasil.
A questão que permanece é: será que a tecnologia conseguirá equilibrar a eficiência no combate à sonegação e aos crimes digitais com a necessidade de garantir transparência e direitos fundamentais?
O que você acha que deve ser prioridade: usar rapidamente a tecnologia para aumentar a arrecadação e combater crimes digitais, ou focar em uma aplicação gradual e controlada para preservar direitos e evitar excessos?